No verão tornam-se mais frequentes algumas doenças de pele. No entanto, ao contrário do que se pensa, não são doenças de verão, apenas se manifestam com mais intensidade durante este período do ano. Entre essas doenças, as mais comuns são micoses, a pitiríase versicolor (pano branco), candidíase vaginal, herpes, dengue e leptospirose. Também são comuns os casos de desidratação, insolação e queimaduras de sol em 1º e 2º graus.
Consultada por A VOZ DA SERRA, a clínica geral Marise Eiras, que atende no Day Hospital, explica que essas doenças apenas se aproveitam das condições oferecidas pela estação. Por exemplo: as micoses não passam de fungos que se aproveitam da umidade e do calor (tênis, roupas úmidas etc) para se manifestar, principalmente na virilha e nas dobras do corpo. O mesmo ocorre com o pano branco, que, embora associado à exposição excessiva ao sol, na verdade apenas se intensifica visualmente com o bronzeamento. “A pitiríase atua como uma espécie de protetor solar, destacando-se exatamente por fazer com que a parte afetada não se bronzeie”, diz Marise a respeito do desconforto estético que tal doença pode gerar.
No caso da candidíase, que predomina nas dobras e genitália feminina, formando lesões vermelhas e prurido, eventualmente com crostas ou secreção esbranquiçada, o que há é um fungo oportunista que é facilitado pelo uso prolongado de roupas úmidas, como o maiô, por exemplo. Com o herpes ocorre o mesmo, quando a pessoa já tem o vírus (também oportunista), mas ele se encontra inerte, sendo reativado por conta de estresse, tanto emocional, quanto local – exposição da pele sem protetor solar.
Todas essas doenças devem ser tratadas, podendo ser utilizada medicação tópica ou sistêmica segundo o tipo e extensão das lesões, com cura em poucas semanas. Algumas medidas importantes em sua prevenção são: evitar períodos prolongados com roupas úmidas, fazer a higiene adequada e constante das dobras do corpo e não compartilhar roupas e toalhas.
Estes são alguns exemplos das doenças de pele mais frequentes nessa estação do ano. É importante preveni-las através dos cuidados citados, para que elas não se prolonguem e tragam transtornos posteriores.
Marise Eiras também alerta para outras doenças muito comuns nessa época, como a dengue e a leptospirose. A primeira, diretamente ligada ao ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, está relacionada ao calor e à época das chuvas, também responsáveis pela disseminação da leptospirose, devido à exposição a água de enchentes, podendo penetrar pela pele ou ingestão.
Além dessas, outras doenças estão vinculadas diretamente à exposição solar, como a insolação e a desidratação. Ainda é válido lembrar que a própria queimadura solar, com vermelhidão, bolhas e descamação da pele, pode tomar áreas extensas, causando desconforto, ardência, dor e eventualmente feridas na pele, podendo chegar a queimaduras de 1º e 2º graus, exigindo maior atenção e tratamento adequado.
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