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Leitores - 28/06/2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
O que que é isso, ministro?
Ouvi recentemente num programa de rádio de grande audiência aqui na cidade, que o atual Ministro da Previdência Social, cujo nome nem me preocupo em lembrar, que o INSS, irá reduzir e até mesmo cortar muitas pensões de viúvas deixadas pelos maridos, sob o pretexto de que elas, as pensões, seriam a causa do "déficit" da previdência. Cá pra nós, ministro, acho que não existe tal "déficit", se existirem têm como causas as constantes fraudes e roubos, lembram do advogado Ilson Escóssia, Jorgina de Freitas, a quadrilha Anastácio? Estes merecem castigo e devolver tudo o que roubaram e com correção, por que não investem no aumento da segurança do sistema? Por que não se punem os altos funcionários do INSS, que facilitam estas vergonhosas fraudes? Como dizia o ministro Dilson Funaro, leva-se mais de 10 anos para se punir ou prender um funcionário federal! Ficam procurando desculpas fajutas para se justificarem "déficits" que para muitos não existem... ministro como o Sr. pode dizer uma besteira deste tamanho, ainda mais num país em que o homem com 40 anos é velho para trabalhar e com 60 anos é novo para se aposentar? Vergonhoso!... Pelo amor de Deus, que se faça um pente-fino nas pensões tudo bem, se injustas ou ilegais, se provado que houve má-fé do segurado que ele pague por isso, e pague por isso também aquele funcionário que "armou" este benefício... Melhore o sistema, aumente sua segurança, faça com que os fraudadores devolvam com correção tudo que roubaram, não merecemos ser surpreendidos com esta ameaça de redução de pensões... procure fazer com que as empresas saldem seus débitos com a providência... exija que os grandes times de futebol acertem seus débitos, segundo soube, eles devem milhões!
Não sacrifique ainda mais o aposentado, eles já sofrem bastante, em vez de permitir que políticos façam previdência privada, planos de saúde, obriguem que sejam filiados ao INSS, com isso, com certeza, tudo melhoraria!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Vontade política
A sustentabilidade ambiental tão encantada passa a princípio em fazer cumprir o que já está na Constituição Federal de 1988, no tocante a desapropriação de terras na zona rural e urbana que não atendam a finalidade social. Todavia, se passaram 24 anos e nada foi feito pelas "Prefeituras", que por sua vez também a União não chega a um consenso sobre qual o "Código Florestal" que atenda aos interesses partidários dos representantes da sociedade junto aos mandatários desse país.
Wander Frauches de Andrade
Lamentável lapso de memória
A edição do jornal A Voz da Serra de 23/06/2012, em sua página 9, traz uma brilhante entrevista com a nossa querida Thereza Albuquerque e Mello, realmente uma grande dama da memória friburguense.
Aliás, dias passados, nas mesmas páginas de A Voz da Serra o entrevistado era o nosso querido Nelson “Guguti” Bohrer, que vem fazendo, atualmente, um excelente trabalho na Fundação D. João VI, entidade sucessora do nosso Pró-memória.
Alguém já disse, “...pobre do povo que não tem memória”. E posso afirmar: Nova Friburgo tem nessa área, sem dúvida, um dos melhores trabalhos do nosso país. É digno de nosso orgulho.
E os documentos que formam um centro de preservação de memória devem antes tudo cuidar da memória do seu povo, de gente, pessoas que foram importantes na construção da história da comunidade.
E também nisso, os personagens de nossa história tem sido cultuados e elevados à importância de cada um, desde a chegada dos heroicos e enganados suíços a nossa terra.
Isto posto, pergunto? Existiria o Pró-Memória tecnicamente organizado, forte estruturalmente e respeitado cientificamente sem o trabalho da professora Maria Suzel Coutinho Soares da Cunha?
Dona Suzel foi a pedra angular da construção desse trabalho. Professora, socióloga, pesquisadora, era uma leoa na defesa de seus pontos de vista e de sua equipe de trabalho. Inteligentíssima. Cultura das mais vastas entre todas as pessoas que conheci. Ao mesmo tempo tímida, carinhosa, amiga. Outro dia me chamaram de “este é um filhote de Dona Suzel”. Confesso que nada podia me orgulhar mais.
Porém, contar a história de Dona Suzel exigiria um livro e, se utilizasse todos os adjetivos que conheço para conceituá-la, ainda seria injusto. Até porque Dona Suzel era totalmente substantivo, isto é, ela não precisava de elogios.
Ao chegar à Prefeitura, por volta de 1985, convidada pelo então secretário de Educação Prof. Jorge José Abib—outro que teve papel relevante na criação do Pró-Memória—, lá estava a Thereza, como fiel guardiã de uma pequena sala úmida e entulhada de papéis. Dando início à organização desses papéis encontrou o que viemos a chamar as preciosas e raras “Cartas da Colônia”, inúmeras correspondências dos suíços que deram origem a nossa cidade, criando uma excelente equipe de trabalho e pesquisas, juntamente com Thereza.
Nesse processo, originou-se a organização em bases técnicas e científicas, o Pró-Memória. Inúmeras instituições foram contatadas e a partir daí recebemos ajuda dos técnicos da Fundação Ruy Barbosa e do CPDOC da Fundação Getulio Vargas, então dirigido pela Profa. Celina Vargas do Amaral Peixoto.
Posteriormente foram publicados os Cadernos de Cultura, com a precária impressão em mimeógrafo, muito embora sendo verdadeiros tesouros de memória de nossa cidade.
O Pref. Heródoto Bento de Mello, a quem se concede os louros desse trabalho, é um dos que foram convencidos pela Prof. Suzel da importância da estruturação e montagem do Pró-Memória de uma maneira técnica e profissional.
Devemos ressaltar que até então, o nome do Dr. Heródoto estava bastante estremecido junto às elites intelectuais das áreas de arte e memória, pois atribuía-se a ele a demolição do maior patrimônio cultural da cidade: o histórico Teatro Dona Eugenia.
Ao final desse governo Heródoto já era olhado como o administrador público que mais tinha entendido e realizado dentro da área de cultura, devendo ser ressaltado que a equipe do Departamento de Cultura foi contemplada com o Prêmio Estácio de Sá pelo governo do estado. Quem recebeu esse prêmio em nome da equipe, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, das mãos do então presidente da Petrobras Dr. Carlos Sant’anna, foi o próprio Dr. Heródoto atendendo a um gentil pedido de Dona Suzel. Ela também sabia ser, acima de tudo, justa e agradecida.
Dona Suzel também conseguiu convencer o Dr. Heródoto, que mesmo sem querer aceitou, da importância de manter o Departamento de Cultura longe de programas e de ações político-eleitorais. Durante todo o tempo que a Prof. Maria Suzel foi diretora do Departamento de Cultura, nunca foi utilizado marcas e/ou slogans políticos em seus trabalhos. Todos eram devidamente assinados com o Brasão Oficial da Prefeitura.
Essas despretensiosas notas foram inspiradas na lamentável ausência e no total esquecimento do nome de Dona Suzel nas entrevistas de Guguti e Thereza.
Espero que daqui a alguns anos, com novos dirigentes na Fundação D.João VI, os nomes de Guguti e Thereza também não sejam vítimas do esquecimento injusto, num lapso ou então numa ação stalinista de apagar da memória o nome de gente importante na nossa história, que é o caso da PROFESSORA MARIA SUZEL COUTINHO SOARES DA CUNHA, também minha grande mentora, pelo que agradeço diariamente a Deus.
Henrique Cordeiro Correia
Ecopontos
A propósito da matéria veiculada nesse jornal, no dia 19/06 página 5, gostaria de saber por que o número de Ecopontos, para reciclagem de lixo, está diminuindo. O existente na Praça da Bandeira, junto ao quartel da Polícia Militar, foi retirado para obras e nunca mais retornou. O existente próximo ao Sesc desapareceu. Em tempo de Rio+20, não deveria estar acontecendo o contrário?
O que se observa é que, quando bem localizados, a população faz bastante uso deste meio de reciclagem, pois muitos estão sempre superlotados (vide o existente na Alameda Mariana Salusse, no fim da rua Farinha Filho). Em contrapartida são pouco usados os de má localização, por dificuldade de estacionamento ou por estarem em área pouco residencial, como por exemplo: Pça. Dermeval Barbosa Moreira e Pça. Getúlio Vargas. Além de aumentar a quantidade dos Ecopontos, os responsáveis deveriam reavaliar a localização dos mesmos.
Carlos Augusto G Ribeiro
Fazer o quê?
Moro em Nova Friburgo, adoro a cidade, mas vamos e venhamos, aqui não se tem o que fazer. Ou se caminha pela Alberto Braune, vendo as vitrines, ou se vai a um cineminha. Pois não é que resolveram fazer uma competição de Motocross e a Festa da Cerejeira no mesmo dia e, praticamente, no mesmo local? Resultado: estrada Terê-Fri engarrafadíssima, a partir de Conquista. E não houve um planejamento por parte dos organizadores da competição. Não havia estacionamento para as centenas de carros de quem foi assistir. Os mesmos ficaram estacionados no acostamento da estrada, de ambos os lados, e a Polícia Militar só multando. Um policial dirigindo o carro e o outro, a pé, com a prancheta na mão, anotando. Tudo bem que não pode estacionar no acostamento, mas onde deixar o carro? Será que era para levar nas costas para o local?
Angela Paes
Thereza Albuquerque e Mello
A Sra. Thereza Albuquerque e Mello é um orgulho para todos nós Friburguenses. É grandioso e admirável o trabalho que faz pela nossa querida Friburgo. Ela é um exemplo de vida e de cidadania. É digna das homenagens de todos nós friburguenses. Parabéns à Grande Dama da Cultura Friburguense.
Ernesto A. Andrade
Niterói
Bicicletada
A Bicicletada é uma iniciativa civil de promoção dos meios de transporte não motorizados que acontece no mundo todo. Inspirados pelo movimento mundial de Massa Crítica, não há líderes, nem hierarquia. A qualquer momento, sobre qualquer assunto, todos os participantes podem e devem opinar para buscarmos um consenso. Nosso primeiro encontro foi nesta quarta, dia 27 de junho, a partir das 17h30, com concentração no chafariz da Praça Getúlio Vargas. A Bicicletada não é apenas um passeio, é uma celebração do transporte sustentável e um espaço para reivindicarmos nossos direitos, trocarmos experiências e ideias. A Bicicletada serve para divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste veículo e tornar mais ecológicos e sustentáveis os sistemas de transporte de pessoas, principalmente no meio urbano. Não pedalamos sobre a calçada, não seguimos na contramão e sempre respeitamos a faixa de pedestres. Buscamos respeito e pedalamos com respeito. Dentre a pluralidade de motes, está o lema "um carro a menos", usado principalmente para tentar obter um maior respeito dos veículos motorizados que trafegam nas ruas saturadas da cidade. A ideia é deixar claro que a bicicleta é apenas mais um componente da mobilidade urbana e que merece o devido respeito. Assim, façamos nossa parte. Nova Friburgo já teve muitas bicicletas em suas ruas e avenidas. A bicicleta seria hoje uma bela imagem de qualidade de vida que Friburgo poderia voltar a oferecer. Já pensou "a cidade da bicicleta"?
Eduardo Serrão
Dermeval Barboza Moreira Neto
Leio, como um dever e uma necessidade, todos os dias, A Voz da Serra, haja vista que a distância não é razão para a cessação dos sentimentos que nos une a nossa terra e este Noticioso é a sua maior expressão. Gostaria de manifestar, neste momento, a minha total solidariedade com a carta assinada pelo honrado Dermeval Barboza Moreira Neto, e, mesmo não tendo procuração para tal, assino embaixo o referido documento. Conte sempre comigo, em qualquer circunstância, querido amigo Dermeval.
Carlos Braga
Flórida, EUA

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