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Leitores - 29/03/2012
sexta-feira, 06 de abril de 2012
De quem são as calçadas?
As calçadas, assim como as ruas, são de todos. Aliás, justamente por serem de todos é que acabam não sendo de ninguém. É que esta história de dizer que é de todos acaba servido de justificativa para se eximir da responsabilidade de cuidar do pobre do calçamento. É fácil passar para o outro o problema, mais fácil ainda é colocar o problema na conta do governo. Bravejar que a calçada é do povo soa muito bem, mas defender que cabe ao proprietário do imóvel o seu cuidado soa mal. À medida que a cidade cresceu, fomos espremidos e obrigados a viver mais próximos. Quando morávamos distantes, não precisávamos pensar em respeitar o espaço alheio. Dividir a calçada com o outro é, por excelência, um dos aspectos da vida urbana. Do latim urbs, que quer dizer cidade, originaram-se as palavras urbano e urbanidade; a primeira quer dizer tudo aquilo próprio à vida na cidade e a segunda quer dizer agir de forma civilizada, ser educado. Assim, para se viver na cidade é básico que se haja civilidade e por que não dizer cordialidade e gentileza. Zelar pela parte da calçada que margeia seu imóvel, ainda que não só você a utilize, é um exercício de civilidade. Cuidar da sua calçada, caprichar o jardim, manter o passeio em um bonito estado de conservação é digno de um cidadão urbano. Ter o mesmo capricho, que temos com a nossa casa, pela cidade é o pressuposto para avançarmos na solução de outros problemas da cidade. Nem precisava o Código de Posturas da cidade dizer que os proprietários ou inquilinos são obrigados a conservar em perfeito estado de asseio seus quintais, pátios, prédios e terrenos e que também são responsáveis pela limpeza do passeio e sarjeta fronteiriços a sua residência. À Prefeitura competem as ruas e as praças, bem como a padronização urbana. Hoje vemos calçadas depredadas, esburacadas, sujas e malcuidadas. Também vemos a falta de um modelo de calçada para a cidade: numa mesma rua podem ser vistos vários tipos de pavimentos, sem qualquer estilo de continuidade. Por esses descasos, ambos erram: tanto o dono do imóvel quanto a Prefeitura. Ou a calçada está em mau estado de conservação, porque não há fiscalização de postura, ou a calçada está ao gosto do dono do imóvel, porque não há regulamentação de padrão. Para onde foi a noção de passeio público? Para onde foi o bom senso? Pobre das nossas calçadas que poderiam contornar, mais caprichadas, as ruas e as praças da nossa cidade.
Eduardo Serrão
Amado mestre, Chico
Falar da genialidade de Chico Anysio nunca será demais. Que estava muito à frente de seu tempo, também. Quando criou a pequena cidade de Chico City, com todos os grandes problemas, ele já mostrava personagens caricatos, daqueles que vivem conosco até hoje. Justo Veríssimo, por exemplo, pode ser comparado a muitos dos 513 deputados e 81 senadores—que, em Brasília, defendem primeiro seus interesses, tudo isso quase à revelia de um povo que ele “quer mais que se exploda”. Mas pode ser qualquer outro político made in Brazil. Do Oiapoque ao Chuí. O salário dos professores, oh!, este nem se fala. Walfrido Canavieira, o retrato de um autêntico prefeito corrupto, sempre apontou as constantes mazelas cometidas—e permitidas—contra uma população muitas vezes corrupta. O mesmo acontece em Sucupira, cidade dominada pelo não menos corrupto Odorico Paraguaçú. E não menos talentoso, Paulo Gracindo. Dentro e fora das licitações, claro. Haroldo, o “hétero”, agora poderia ser diagnosticado como mais um caso de transtorno de personalidade. De gênero ou não. Tim Tones, o pastor evangélico, capaz das maiores proezas quando o assunto é ludibriar inocentes, pode ser visto diariamente em quase todos os canais de TV. E quando se trata de enganar a boa fé alheia, nada melhor do que um Velho Zuza, um babalorixá “painho” ou um vidente “Divino”. Exaltar as mais de 200 criações de Chico, sua maestria como humorista e ator dramático, é tão fácil quanto surgir outro Santos Dumont, Pelé e até Deus, que também dizem ser brasileiro. Só a Globo não quis admitir esta realidade nos últimos anos. Afinal, para quem sofre de soberba, ninguém é tão bom...
João Direnna - Quissamã – RJ
Parque Maria Tereza
Eu gostaria que autoridades resolvessem os problemas existentes no Parque Maria Tereza, pois existem várias pedras para cair na rua principal do bairro Parque Maria Tereza.
Dilcearau Jonery Barros
Claro
Queria reclamar da Claro, que está deixando na mão todo mundo em Lumiar. Desde sexta sem sinal, impossibilitando de usar celular e internet, um absurdo por ser um serviço pago.
O que houve? Você liga e nada é explicado!
Rita de Cássia Costa Silvério de Souza Mozer
Sem água
Nós da Rua Navidade Candinda da Silva estamos sem água há mais de uma semana. Nós ligamos para a companhia de água e eles não dão uma resposta concreta. E nós temos crianças pequenas. Gostaríamos de saber quando eles vão estabelecer a água.
Leiziane Carvalho de Mello
A Voz dos Leitores
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