Leitores - 21 a 23 de janeiro 2012

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Carnaval Concordo plenamente com a leitora Ilma Santos, sobre do carnaval em nossa cidade. Com todo respeito às famílias das vítimas da maior tragédia climática já ocorrida no Brasil, temos que ter forças para continuar a vida e seguir em frente. Tive perdas de amigos e minha família foi afetada materialmente pelo ocorrido, mas fiz dessa experiência um degrau para seguir em frente e aprendi a amar mais a cidade em que nasci. O carnaval é um evento cultural tradicional na cidade e de grande sucesso todos os anos, é gratuito, um evento para o povo, e ainda sim, gera renda para muitas pessoas. Muitas obras não foram feitas, casas populares nem começaram a ser construídas, famílias sem amparo e agora o carnaval não acontecer! Provavelmente, se o carnaval não acontecesse a verba não seria gasta para casas populares, nem pontes e nem para contenção de encostas. Por acaso, as pessoas que são contra o carnaval procuraram saber para onde foi a verba de 2010? Sandra Câmara Pezão no País das Maravilhas A depender deste Sr. estamos vivendo uma epopeia pós-11/01/11. Este Sr. esteve aqui há um ano atrás e disse a mesma coisa que disse agora. Queria saber se este Sr. e seu Capo sabem o que é ficar sem casa, sem parentes que até a véspera do acidente estavam ao seu lado, perder seus bens materiais ou seja perder as suas referências? Não conseguem ficar um dia longe do poder, fazem de tudo para tirar um proveito da desgraça alheia, criam empresas no ato das tragédias para pilharem mais o Estado, arrumam empresas que lhe oferecem vantagens para juntos faturarem. Por outro lado chamam servidores heróis, dedicados que se arriscam de vagabundos e bandidos. Pagam salários ínfimos aos professores, médicos, agentes de segurança (polícia, bombeiro), fazem discursos cheios de mentiras, de ilusões e cunho puramente eleitoreiro. Espero que na próxima eleição friburguenses não caiam no “canto da sereia”. Não creiam que teremos ônibus atômico, médicos aos montes, exames e cirurgias resolvidos do dia para a noite, transporte de massa de qualidade e preço compatível e etc. A última eleição e espero, a última tragédia, tenham nos feito aprender que somente nossas atitudes através da unidade popular é que poderá mudar essa realidade. Como dizia um amigo: “COM A MASSA TUDO, SEM A MASSA NADA. OU A GENTE AMASSA TUDO OU NÃO AMASSA NADA”. Alexandre Andrade Acorda, Nova Friburgo Um ano se passou e tudo o que aconteceu voltou à minha memória. Lembro-me dos gritos, dos choros, das sirenes cortando as ruas, dos rostos das pessoas em estado de choque, dos familiares procurando seus mortos na porta do colégio ou cavando escombros. Lembro-me da Presidenta (espero que seja assim) da Nossa República, cercada de seguranças visitando a Rua Cristina Ziede e prometendo tudo a nossa Cidade. Lembro-me muito bem e com muita tristeza do filho que ficou esperando, por uma semana, perambulando entre o Colégio N.S. das Dores e o cruzamento das ruas Augusto Spinelli e Marques Braga, aguardando a retirada dos corpos da mãe, da irmã e do cunhado dos escombros. Lembro com pesar também do pai que ficou o mesmo tempo na porta da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, esperando a retirada dos corpos do filho, da nora e dos netos. O que podíamos fazer por estas pessoas? Orar, pedir a Deus que lhes desse conforto, amparo e entendimento pelo que aconteceu. Lembro dos Bombeiros que vieram da Cidade do Rio de Janeiro, longe de suas famílias, sem a mínima condição de dignidade e respaldo para a função que vieram desempenhar. Com 2 ou 3 dias não tinham muda de roupa para trocar, alimentação adequada para aguentar a jornada de trabalho, nem um canto digno onde pudessem dormir. Lembro de tantas outras coisas, que se me dispusesse a contar, não terminaria tão cedo. Lembro dos voluntários que deram seu tempo, momentos de suas vidas à procura de esperança, à procura de conforto, à procura de caridade para com outros que não podiam nada fazer, uns por profunda tristeza, outros por total incapacidade de realizar qualquer tarefa e outros por total desapego a realidade dos fatos. Pois bem, após todas estas lembranças, me pergunto: onde estamos? Sobrou alguma coisa? Aprendemos alguma coisa? A solidariedade foi sincera, honesta e sem espera de retorno? Realmente o que fizemos pelos outros ou o que fizeram por nós? Respondo—Não. Não sabemos onde estamos, não sabemos mais que cidade é esta, ruas inteiras destruídas pela chuva, casas em destroços, prédios pela metade, cidade suja, tanto na sua geografia, como na sua vida política e no seu clima espiritual. Sobrou-nos alguma coisa? Sim. Sim, sobrou. Um monte de promessas não cumpridas, projetos inacabados, caos financeiro, civil, político e moral. Sobraram também a especulação imobiliária, pessoas vis se aproveitando do momento de fragilidade dos outros, além de muita falta de vergonha na cara de uns e outros. Aprendemos alguma coisa? Não. A solidariedade foi sincera? Talvez de alguns. Fizemos algo por nós ou pelos outros? Sim. Fizemos músicas, soltamos balões na Praça do Suspiro, escutamos discursos pífios além de não pagarmos aluguéis sociais, melhorias em hospitais, falta de escolas em condições para os alunos a frequentarem, bueiros entupidos, serviços públicos superfaturados, vans que vão à lua, voltam e mostram seus velocímetros para serem ressarcidos em seu combustível. E o mais importante, aprendemos a enterrar nossos mortos, em pequenos lotes de corpos em covas rasas, e assistirmos ao luto eterno e o provisório permanente. Acorda, Friburgo, acorda essa gente que realmente sofreu e sofre por tudo o que já passaram, acordem para a fé, a esperança, a caridade e principalmente para a realização daquilo que o comum necessita. Fernando Ramos Teixeira Sarney ganha o “algemas de ouro”O presidente do Senado, José Sarney, foi o vencedor do concurso “Algemas de Ouro”, proposto pelo Movimento Anticorrupção 31 de Julho para lidar de maneira divertida com a impunidade no cenário político brasileiro. Ele obteve quase sete mil votos, que representam 59,5%, e não deve ter gostado nem um pouco da colocação, acima de José Dirceu e Jaqueline Roriz, que ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, e vão levar as Algemas de Prata e Bronze. Completavam, ainda, a “nominata da eleição”, os seis ministros que deixaram o governo da presidente Dilma Rousseff sob suspeitas de irregularidades: Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi. O “prêmio” será entregue amanhã (19), em meio ao baile de carnaval com o sugestivo nome de Pega Ladrão. Ele não vai inibir os malfeitos do poder, tampouco a corrupção que já se tornou uma marca da maioria das instituições brasileiras, incorporada no cotidiano das pessoas que a veem em quase tudo. Mas é uma forma de chamar atenção para a importância de se aderir a movimentos populares como estes, desde que apartidários e sem outro fim que não seja tornar melhor a vida de todos. João Direnna - Quissamã - RJ joao_direnna@hotmail.com www.dirennajornalista.blogspot.com Família Sanglard Meu nome é José Geraldo Paixão, sou funcionário do Departamento de Cultura da Prefeitura de Alto Jequitibá, MG, e utilizo esse espaço para dizer aos amigos da Família Sanglard, que nossa humilde escola de samba irá, em seu enredo, comemorar os 150 anos da chegada dos primeiros colonizadores de nossa cidade, no ano de 1862. Foram eles os irmãos Eugênio e Leon Sanglard, patriarcas de uma das mais conhecidas e prósperas famílias de todo o Estado de Minas Gerais. Aproveito e convido a todos para que nos visitem no reinado de Momo. Um grande e fraternal abraço do José Geraldo Paixão Trânsito Alguns amigos e comerciantes nas imediações da Praça do Paissandu têm a mesma opinião que tenho, sobre a inversão de mãos no trânsito das ruas Comandante Ribeiro de Barros e Leuenroth, feitas pela nossa autarquia de trânsito já há alguns meses. A nosso ver totalmente absurda, desnecessária já que em nenhum momento melhorou o trânsito naquele local, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso ou coerência saberia dos péssimos resultados, com esta resolução tornou-se um perigo acessar a Av. Alberto Braune, através da Ribeiro de Barros, se você vem de Olaria, obviamente tem que cruzar a rotatória, além do mais é incoerente que a Rua do Arco espaçosa, larga, ampla, sirva só para o trânsito de veículos pequenos e leves, enquanto a Leuenroth, rua estreita, sirva para fluxos de todo tipo de veículos, inclusive ônibus, um absurdo... Parece-me que em nossa cidade existe tipo um código de honra, um certo compromisso, de que o atual diretor da Autran não interfira nas alterações feitas por diretores anteriores, para não denegrir sua imagem... Gente, já que não deu certo esta mudança, é evidente, claro pra todo mundo que não deu certo, pra que persistir no erro, errar é humano... mas persistir ou insistir no erro... é burrice! Por que não voltar à condição anterior, para melhor fluidez do tráfego? É uma questão de bom senso... Outra situação que comentamos muito, é por que que uma das praças mais bonitas, mais bem cuidadas de nossa cidade, não obedece a seu principal objetivo... ser uma praça, uma praça onde crianças e idosos pudessem se divertir, passar horas de lazer... Nesta praça cercada por uma rotatória, de fluxo de trânsito intenso, por que não tem seu acesso permitido por uma passarela? E por que não cercar esta praça, como se fez na Praça Tiradentes no Rio de Janeiro? Cercas que protegeriam seus frequentadores deste trânsito infernal de nossa cidade, dando-lhes mais segurança... Jorge Plácido Ornelas de Souza
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