Leitores - 17 a 19 de setembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Adote uma família que vive em área de risco Sou moradora do bairro Tingly, onde nada foi feito assim como em muitos lugares de Nova Friburgo; cansada de tanto esperar por soluções e previdências para todos nós, sofredores das angústias causadas pelas fortes chuvas de janeiro, sugiro que por questão de justiça, todos aqueles que tinham o dever de fazer alguma coisa e não fizeram, seja no âmbito federal, estadual e municipal (executivo e legislativo), sejam obrigados a não se ausentar da cidade por todo o período de chuva que se aproxima, melhor ainda, que adotem uma família que vive em área de risco e passem a temporada com elas, ao invés de pegarem suas famílias, carrões e seus polpudos salários e curtirem suas férias na praia. Arianne Rodrigues Choque de ordem Acho que precisamos de um choque de ordem na Secretaria de Ordem Urbana (ou “Desordem Urbana”). Como autorizar a uma empresa de promoção de eventos a sair espalhando propaganda com galhardetes pendurados em postes, em cima de jardineiras públicas, pórtico na entrada da cidade, e 2 “monstrengos” em plena praça pública, atrapalhando o ir e vir das pessoas, anunciando um evento privado? Já pensou se todos os promotores de eventos resolverem fazer o mesmo? Até porque, acho que com esse precedente, todos deverão ter o mesmo direito, né não? Como ficaria a nossa já tão combalida cidade? É, secretário de Ordem Urbana... cadê a ordem??? César A. Jonas E as tragédias continuam Nada mudou. Tragédias como a de Santa Catarina só tendem a piorar ano após ano. E, na origem de todas elas, está a grande causadora de tudo: a corrupção. Estas tragédias naturais sempre têm origem na ganância material dos corruptos na construção de obras grandiosas com superfaturamentos milionários. Nas tragédias que aconteceram nas regiões serranas do Rio de Janeiro e em todos os outros lugares do Brasil, o dinheiro da reconstrução de casas, estradas e ajuda aos sobreviventes foi roubado. Nada foi feito. O povo está à mercê dos ladrões, sem saída. De um lado, os traficantes, do outro, os ladrões oficiais. Este é o retrato real do Brasil. Mas por todo o planeta a natureza se rebela. A ganância dos homens está recebendo uma resposta trágica e violenta. A tragédia no Japão nada mais foi do que a prova insofismável de que a natureza está muito acima de toda a tecnologia da humanidade. Aqui no Brasil as tragédias naturais passaram a ser diárias. As grandes chuvas que acontecem seguidamente no sul e sudeste, e todos os outros fenômenos climáticos que estão surgindo, não deveriam ser surpresa. De forma genérica, só se fala no aquecimento global que afeta todo o planeta. Jamais mencionam o fato concreto que é o reservatório de Itaipu, criado artificialmente em 1982, com uma área total de 1.300 km². No fundo do mesmo ficaram toda a fauna e flora local. O grandioso Salto de Sete Quedas ficou submerso. A formação deste lago não modificou apenas a geografia daquela área. Modificou todo o ecossistema da região. Não é preciso ter nenhum mestrado em ecologia para perceber que tamanha agressão à natureza não poderia ficar impune. Em 1980, quando estava em Foz do Iguaçu, um engenheiro ambiental alemão disse uma frase que nunca esqueci: “Daqui uns 30 anos vocês vão começar a pagar por este crime ecológico que é o Lago Artificial de Itaipu”. Outros lagos iguais ao de Itaipu vêm sendo criados por todo o Brasil ao longo do tempo. Os assassinos da natureza desmatam a região amazônica, para ganhar dinheiro com a venda da madeira, criando pastagens para a engorda do gado ou para a plantação de soja. As florestas das nossas regiões serranas são devastadas para darem lugar as favelas ou residências e hotéis de alto luxo. As praias que foram aterradas para a construção de casas, hotéis e grande comércio, começam a ser devastadas pela revolta dos oceanos. Todas essas ações criminosas são embaladas impunemente pela pior tragédia do Brasil: a corrupção. Wilson Gordon Parker Vão-se os anéis... Parece que estão enganando, tanto, a presidente Dilma Rousseff com a ideia de uma grande faxina que ela, se fazendo de rogada, já incorporou isto a sua rotina (e, talvez, personalidade) de demitir ministros da maneira mais natural achando que vai eliminar o problema. E que os brasileiros e os movimentos anticorrupção vão ficar satisfeitos. Ou que a mídia vai se calar. Agora foi a vez de Pedro Novais, do Turismo, porque a governanta era paga com verba de seu gabinete de deputado federal. Pensar em ingenuidade está fora de qualquer propósito, pois ninguém vence uma eleição, por mais descrente ou bem-intencionado que seja o eleitor quanto à política. Está cada vez mais evidente, nestes poucos meses, que Dilma “herdou” um governo—do qual fez parte—atolado de desvios e de práticas clientelistas, mensalões e outros compromissos visando ao ganho fácil e ao continuísmo e isto está abalando todas as estruturas do Planalto. A orientação para eliminar apenas quem for pego com a mão na botija, mantendo intacta a estrutura partidária a dar-lhe sustentação, deixa claro outro provérbio, o de jogar a sujeira para baixo do tapete. Mas a preocupação nesta hora é quanto a bolha que protege nossa economia vai durar, quais têm sido os estragos dentro do próprio governo e até onde vai a influência do PT e do PMDB em suas decisões? Fica a esperança de ver uma presidente, que o país reconhece como sendo forte e corajosa, colocar outra prática em ação, a de proibir censuras, impedir interferências e não acobertar nenhum tipo de crime. João Direnna - Jornalista e psicólogo (joao_direnna@hotmail.com) Tapa-buraco ou tapa-boca?! Como usuário da subida das Braunes e motociclista, vinha nos últimos meses fazendo trilha para percorrer tais ruas. Na fuga dos buracos à minha frente e carros e caminhões que esquivavam-se para a contramão fugindo das panelas que se abriam dia a dia, era uma aventura nada divertida percorrer essa subida que outrora fazia de mim feliz por ter deixado a cidade do Rio de Janeiro. Como contribuinte, pago imposto de renda, imposto sobre itens de consumo, ISS sobre a empresa que possuo, entre outros tantos, além de IPVA e IPTU, e quando vejo uma operação tapa-buraco, não consigo tapar minha boca! Por que não rola um tapa-imposto. Deveria pagar de imposto o mesmo percentual do serviço meia-boca que está sendo realizado. Se asfaltaram 10% do que deveriam, deveria pagar 10% do meu IPTU, IPVA e ISS. Não quero me conformar com calombos, são calombos, porque os buracos cederam aos seus opostos, agora temos calombos sobre o asfalto, onde antes caíamos agora subimos! Não quero acreditar que nosso futuro é viver a meia-boca! Não trabalho meia-boca, não pago meia-boca, não ensino meia-boca, não educo meu filho para ser meia-boca... por que esse asfalto meia-boca?! Para que eu não possa reclamar dos buracos!? Reclamo sim... está cheio de buracos na subida das Braunes, com um calcamento que é uma mescla de asfalto fino, paralelepípedo aparente, calombos recentes e buracos antigos. Uma subida de calçadas disformes peneiradas de degraus que impedem carinhos de bebês e cadeirantes de se movimentarem, cheias de rampas de garagem que invadem a pista principal, lotada de carros estacionados nas calçadas, por que não há poder público para fazer nada, nem a sua parte nem exigir que os outros façam. Vivemos na barbárie que depende da educação do próximo para limitar o que pode ser feito e sei que há muito o que fazer e entre estas estão, não calar e não comemorar os calombos. De meia-boca e de tapa-buraco estamos cheios. 2012, tem eleições, amém! Roberto Loureiro  
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