Leitores - 18 de agosto 2011

quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Nossa praça Hoje, passeando pela nossa Praça Getúlio Vargas, repetindo o mesmo gesto que fiz em 12/01/2011, e o faço sempre, pude reparar como a natureza é prodigiosa, é perfeita, nos dando exemplo de recuperação, de força. Ao observar aqueles jardins cheios de azaleias floridas, me emocionei, pois naquele fatídico dia 12/01 o que vi era a água e a lama que encobriam a praça. Estava tudo destruído, e a natureza agora me mostra, me dá o exemplo que o homem deveria seguir: reagir, dar a volta por cima, superar dificuldades... Agora, passeando pela praça que o paisagista francês AUGUSTE FRANÇOIS MARIE GLAZIOU idealizou com tanto carinho, vejo canteiros nus, outros repletos de flores, num contraste que as flores abafavam... Eu só vejo flores... Nossa praça está linda, deveria ser mais bem cuidada, é nossa referência, ela tem beleza, ela tem história, com certeza nosso cartão postal... Resolvi conversar com algumas pessoas que me pareciam frequentadores assíduos deste lugar, são idosos e aposentados que nutrem grande amor por Nova Friburgo. Eles, além de declararem o amor pela cidade, elogiaram os garis, os jardineiros, inclusive aquele que é o “SÃO PEDRO” da praça, o rapaz que molha, que irriga as plantinhas. Observem que elas estão sempre limpas e molhadas, e graças à dedicação deles, a praça sobrevive. Obrigado mesmo... Conversa vai, conversa vem – como é bom conversar com gente que quer o bem da cidade –, me falaram sobre algumas ideias que gostariam de vê-las em prática, como por exemplo, para que se fizessem um mutirão e cada amante da praça contribuiria com uma muda de planta. Achei genial... me incluo nesta... Que a prefeitura, que tem horto próprio, também se prevalecesse disso. Não custa nada... que os negociantes, empresários do entorno da praça, cada um adotasse um pedaço dela, e o mantivesse sempre bem cuidado, e se criasse entre eles uma competição de quem cuidasse melhor de sua parte... Acho que isso é válido até para negociantes e empresários de toda cidade, que nesta época de crise em que alguns perderam tudo o que tinham, e apesar disso mostram uma força incrível, uma capacidade enorme de recuperação. Parabéns para todos eles, corajosos e confiantes... É o que tinha de dizer para vocês, e por que não, VOZ DA SERRA, engajarmos nesta campanha de revitalização desta praça que tanto nos encanta e fascina. Jorge Plácido Ornelas de Souza Reciclando com arte Todos conhecem e questionam aquela política ”ultrapassada” que consiste em abandonar literalmente projetos idealizados pelo governo anterior. É uma política bastante semelhante àquela em que dezenas de pessoas são demitidas quando um ”novo” governo assume o tão sonhado poder. Pois bem, dito isso gostaria de ressaltar, com um pouco de atraso, a extinção do projeto RECICLANDO COM ARTE, que durante o governo anterior trabalhou para embelezar a nossa cidade, além de contribuir diretamente para a conservação ambiental. O projeto, como o próprio título já diz, reciclava materiais que, expostos à natureza, podiam causar inúmeros males, como por exemplo, o entupimento dos bueiros e a poluição do Rio Bengalas. E em tempos de tragédias causadas pelas fortes chuvas, considero este tema bastante importante. Todo esse material, principalmente as garrafas PET, era utilizado para ornamentar a cidade, sobretudo em períodos de festa, como carnaval, aniversário da cidade, natal, entre outros. A árvore de natal do Paissandu era toda confeccionada em garrafas PET, os enfeites ao longo da Avenida Galdino do Vale também. Mas aí o que aconteceu? Eleito prefeito, o senhor Heródoto Bento de Melo, um político extremamente moderno, acabou com o projeto porque simplesmente não era de autoria dele. Foi uma das primeiras iniciativas do digníssimo moderno prefeito Heródoto. Inadmissível? Que nada. Acabar com bons projetos que não sejam realizados pelo governo corrente é muito comum na cultura política tupiniquim. O RECICLANDO COM ARTE desapareceu e, é claro, a cidade nunca mais ficou bonita como era antes nas principais festas. Pelo contrário, no primeiro ano de mandato, o RECICLANDO COM ARTE foi substituído por restos de alegoria do carnaval de São Paulo. Bonecos imensos transformaram a frente da prefeitura em um cenário ”ridículo”. Enfim, o RECICLANDO COM ARTE sumiu, o trem não veio, o prefeito não é mais prefeito e nós, friburguenses, ficamos assim, órfãos de um governo menos subdesenvolvido. Ralph Alves Pereira de Almeida
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