Leitores - 26 de julho 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Imperatriz de Olaria É com muito prazer que venho até este jornal agradecer ao Sr. Vagner, Sr.Robson e toda a equipe da escola de samba Imperatriz de Olaria a imensa atenção que nos foi dada. Muito obrigada pela ajuda e atenção! Profª. Luciana Antunes da Silva (Escola Messias - 3º Ano) Valão Me perdoe a intimidade, mas vocês estão todos os dias dentro da minha casa, trazendo as notícias que precisamos. Por isso venho sugerir um tema para reportagem, que está nos preocupando muito. Moro na Vila Amélia, em frente ao Sesi, em uma deliciosa vila, e a nossa preocupação é que até agora os órgãos públicos não fizeram nenhuma obra de reparo na beira-rio ou, como falamos, no valão! Nossa saída foi fazer as comportas, portas de ferro, com o intuito de segurar a água e essa é a nossa dúvida: essas comportas realmente impedem da água entrar? Cada um fala uma coisa e eu estou desesperada, o medo é absurdo! Por favor nos informe sobre a segurança dessas comportas com algum especialista. Desde já fico agradecida. Zuzy Cabral Gonçalves Dilma x Lula, um choque de estilos Até quando Dilma aguenta? Não votei nela, mas confesso que estou espantado com a forma pela qual a presidente está lidando com toda esta corrupção que tomou conta do Ministério dos Transportes. Alguns dizem que ela está jogando para a arquibancada. Não creio. Mas se tiver enganando a platéia, não vai durar muito tempo, por uma simples razão: Dilma não é igual ao Lula que foi criado no meio de pelegos e empresários oportunistas, onde aprendeu a costurar “acordos” nas esquinas ou dentro de botecos. O que tem que ser dito é que toda esta roubalheira cresceu como uma bola de neve no governo Lula. E o pior é que ele sempre disse em alto e bom som que nunca soube de nada. Em 2010, antes das eleições eu escrevi um comentário dizendo que se a Dilma fosse eleita o seu destino inevitável seria brigar com o Lula. Esta visita a simpática e querida mãe de Caetano Veloso, foi a maneira que o Lula escolheu para dizer a todos que ele está vivo, e vai voltar com força total. A grande verdade é que o Lula, nos oito anos de governo, deve ter feito um acordo com os oportunistas do Congresso Nacional, mais ou menos assim: livre trânsito para as negociatas nos ministérios em troca da aprovação de todos os seus projetos rotulados como “sociais”. Enquanto tudo isso acontece, a oposição continua escondida, enganando alguns poucos com coisinhas pequenas. Se os oposicionistas não se aprofundarem no que realmente está acontecendo na vida política do país, e pode acontecer, estejam certos de que em 2014, no Estádio do Corintians lá em São Paulo, o Lula estará sendo ovacionado pelo povo como o canditato à presidência com 80% das intenções de voto. Wilson Gordon Parker Movimento Absurdo Cidadãos de Nova Friburgo, unidos jamais seremos vencidos! Chega! Não podemos mais permitir que sejamos “massa de manobra” de partidos políticos e dos interesses de poucos, que não querem cuidar da nossa cidade, principalmente das pessoas que vivem aqui. Estou indignado e muito preocupado! Cidadãos friburguenses, cidadãos brasileiros, precisamos ir às ruas e fazer valer o poder democrático de fiscalizar, de intervir na gestão pública e, se for necessário, impedir que esses gestores utilizem nossa cidade para saltar nos seus pleitos politiqueiros. Não é só no voto que a gente faz democracia. Podemos protestar, lutar e reivindicar os nossos direitos, pois os deveres nos são impostos através de “impostos”. E os políticos, secretários e cargos de confiança não podem ser cobrados? Não podem ser indagados? Não podem ser questionados? Vivemos num estado democrático e nós somos o poder soberano; nós - o povo - detemos o maior valor democrático. Estou aqui como um cidadão, sem nenhum vínculo partidário, visto que sou do partido do povo, das pessoas que pagam seus impostos, que lutam para sustentar suas famílias, criando seus filhos e sendo cidadãos dignos. Chega! Nossa cidade está sendo sucateada! O que você quer fazer, cidadão? Nossa voz não pode ser calada! Robson Rodrigues Cidadão brasileiro e friburguense participante do Movimento Absurdo A cerca Nós, moradores do Parque Imperial, D.João VI, Varginha e adjacências, temos muito que agradecer à Secretaria de Obras Públicas. Existe em nossa via principal, bem em frente ao número 104, uma imensa e perigosa cratera, que já completou seis meses desde que foi criada, em 12 de janeiro. Como vocês podem ver na foto, ela é imensa e vai até o meio da estrada, por isso é perigosa, observem na foto...Não se animem, o buraco não foi tapado, a cratera ainda existe. O que temos que agradecer à Secretaria de Obras Públicas é a colocação de uma linda placa comemorativa, em vermelho e amarelo, alertando do perigo que todos nós sabemos existir desde janeiro, mas agora, só seis meses depois, lembraram de nos avisar. Como são atenciosos! Mas, o que marcou presença mesmo foi a construção de uma cerca atirantada de plástico amarelo e preto, uma obra de arte, que causa inveja a qualquer artesão, pois é uma verdadeira obra de arte, uma obra prima, bem artesanal, com um efeito visual muito bonito como podem ver na foto. Obrigado mesmo, não sei o que seria de nós, pobres mortais, sem esta secretaria. De fato, o entorno desta cratera ficou um luxo, muito bonito. Só agora entendemos a demora desta obra: deve ter custado uma fortuna! Valeu a pena esperar, agora temos uma atração turística! Pela grandiosidade desta cerca artesanal, muito obrigado, ela é muito bonita, que obra! Jorge Plácido Ornelas de Souza O Estado assaltado Dia desses escrevi a este periódico referência ao artigo de Wanderson Oliveira sobre o título “Não aguento mais!”. Pois bem, li matéria na Carta Capital desta semana, realizada com o ex-juiz e hoje desembargador Fausto De Sanctis, onde este homem faz mais uma vez a defesa de suas sentenças, com justiça, no interesse da sociedade e do Estado, pautado na clara afirmação de que ambos, sociedade e Estado, não podem mais hipocritamente aceitar o assalto ao Estado realizado por verdadeiras quadrilhas, que se utilizam desde a informação privilegiada até ameaça a testemunhas e suborno de autoridades. É neste sentido que devemos apoiar a ação da PF e do MPF em Nova Friburgo a se confirmarem as denúncias contra a FMS e a PMNF (e não seus servidores), no caso dos contratos e compras ilícitas. A sociedade de Friburgo não pode confundir os laços pessoais entre os envolvidos. Devemos ter em mente que não podemos mais conviver com esses fatos, que na verdade atinge a todos, mas, principalmente, aos que menos têm nesta sociedade excludente, desigual, desumana etc.. Olhar para frente sempre, mas, de vez em quando, ao menos olhar para o lado faz bem! Alexandre Andrade À população de Nova Friburgo Entendemos que a maioria dos senhores, que não estão ligados diretamente à área da Educação, não têm a obrigação de saberem os pormenores que levaram à deflagração da greve que há mais de um mês atinge as escolas da rede estadual. Só peço aos senhores paciência para lerem as considerações a seguir. Desde o início do ano letivo de 2011, os representantes da categoria têm tentado apresentar ao Sr. Secretário de Educação, Wilson Risolia, as nossas reivindicações, mas a estratégia dele foi sempre a de nos ignorar. Aliás, o desprezo pela nossa categoria tem sido manifestada desde a sua posse, quando declarou que os professores ganhavam bem pelo que trabalhavam. “Maravilhoso” começo de gestão, que deu o “pontapé” inicial na relação mais conturbada que já vimos entre um secretário da pasta e os professores na história deste nosso Estado do Rio de Janeiro. Como nunca havia colocado os pés antes numa escola estadual, desconhecia, e ainda desconhece, que cada professor tem em média 240 alunos. Imagine o quanto isso representa de trabalho extraclasse, salientando-se que raríssimas são as escolas estaduais que têm orientadores pedagógicos e educacionais. Neste início de ano letivo a SEEDUC nos brindou com um famigerado Plano de Metas, sem qualquer participação da comunidade escolar, tentando implementar na rede estadual de educação a lógica de produtividade da iniciativa privada. A visão é de se organizar a escola como uma fábrica, os professores como máquinas e os alunos como mercadorias. Assim, a remuneração dos professores está diretamente atrelada ao alcance das tais metas, reajuste salarial nem pensar. Então, para o professor ter direito a um “14º salário” as metas são as seguintes, fruto da “genialidade” da equipe da SEEDUC: Ótimo desempenho dos alunos na prova padronizada do Saerj (português e matemática), sem qualquer consideração às peculiaridades de cada escola, sendo submetidos a esta prova também os alunos com necessidades especiais, cuja inclusão no ensino regular é garantido por lei, e também os alunos que não tiveram aulas destas matérias por carência de professores; índices de gravidez, envolvimento com drogas, participação dos maiores de 16 anos nas eleições, distorção idade-série (e os alunos especiais ?) e outros absurdos que nada têm a ver com o processo pedagógico, este sim de responsabilidade, dentre outros profissionais, do professor. Isso sem falar no professor que acometido de alguma doença e cometer o abuso de tirar licença-médica, sofrerá como punição a exclusão da virtual gratificação. Desde o início do ano letivo temos tido a preocupação de colocar, tanto alunos como seus responsáveis, a par de todos estes pontos da política educacional do Estado. Portanto, não nos surpreende o grande apoio que temos recebido ao nosso movimento, mesmo conscientes do prejuízo momentâneo que estão sofrendo, mas participando conosco de uma luta que tem por objetivo traçar um rumo responsável para a Educação no nosso Estado do Rio de Janeiro para os próximos anos. O discurso da falta de verbas para reajustar os salários dos professores, não encontra eco entre pais e alunos, que constatam com os seus próprios olhos os ares-condicionados e computadores alugados por valores unitários maiores do que o salário de um professor, cujo salário líquido de ingresso é de R$ 681,00, enquanto o aluguel de um ar-condicionado é de R$ 800,00. Na nossa Nova Friburgo,, cidade que mais sofreu com a tragédia da região serrana, temos um índice de 70% de paralisação. Acredito que muito contribuiu para esta adesão a atitude completamente insensível da equipe da SEEDUC na época. Numa reunião com os diretores, os mesmos argumentaram pela necessidade de adiamento do início do ano letivo devido à perda de profissionais e alunos, mortos na tragédia, além de que inúmeras escolas haviam sido atingidas por deslizamentos e pelas águas, tendo suas estruturas afetadas. Isso sem mencionar que o nosso maravilhoso Instituto de Educação de Nova Friburgo, serviu de IML, abrigando mais de 400 corpos. Resposta dos técnicos: não queremos saber de sentimentalismos, o retorno se dará de qualquer jeito no dia 07 de fevereiro. Estas pessoas estão à frente da Educação em nosso Estado. Não há segredo para uma educação de qualidade: profissionais qualificados e bem remunerados, estrutura e materiais pedagógicos adequados. Computadores são instrumentos a serem utilizados pelo profissional, não o substituem. A fórmula é conhecida, mas será que há interesse real numa educação pública de qualidade? Temo que não, pois quem ira querer pagar escolas particulares e quantos políticos querem o povo educado e crítico da situação do país. Chegamos a um ponto crucial. Os professores não darão um passo atrás no movimento, mesmo que isso comprometa, inexoravelmente, todo o nosso ano letivo. Basta de colocar a culpa das mazelas nos profissionais que trabalham com salários indignos e são constantemente desrespeitados por “paraquedistas”, que jamais pisaram numa sala de aula da rede pública de ensino. No dia 17/07/2011 o secretário-economista se utilizou do Jornal O Dia On Line para, mais uma vez, de forma unilateral, sem qualquer diálogo com a categoria, anunciar o aumento da carga-horária dos professores, e não do valor da hora-aula. Aumento de salário acompanhado de aumento de carga-horária significa somente agravar a crise provocada pela superexploração da mão de obra barata em que se converteram os professores da rede estadual de ensino. Neste momento, em que deveria haver desarmamento dos espíritos para chegarmos a um consenso, ele novamente opta em provocar e mesmo afrontar a categoria. Lembremo-nos que ele também utilizou o mesmo meio de comunicação para declarar que estava lendo o livro “A Arte da Guerra” para conhecer melhor os inimigos. Quais ? Os professores. Finalizando, está nas mãos do Governo do Estado o fim da greve. Já foi reconhecido por membros do governo que há recursos para conceder o aumento pleiteado pelos professores. Condicionar as negociações à suspensão da greve apenas arrastará o movimento por mais tempo, porque nem passa pelas nossas cabeças esta possibilidade, não há relação de confiança para isso. Ora, por que não negociar agora ? Quem recebeu a carta assinada pelo então candidato Sérgio Cabral, ainda no seu primeiro mandato, prometendo a recuperação salarial da categoria é “gato escaldado” e não vai se arriscar na água fria. Agradeço a paciência, mas os senhores talvez, agora, possam entender melhor a posição dos professores e a nossa dificuldade em manter um diálogo com os secretários de Educação e Planejamento, pois para eles a vida está resumida a números e estatísticas, que têm o condão de fazer desaparecerem os seres humanos, que se submetem a spray de pimenta nos olhos e a ficarem acampados no meio da rua em condições humilhantes porque acreditam numa causa: educação pública gratuita e de qualidade para a população trabalhadora do Estado do Rio de Janeiro. Rita Louback de Souza Radioamadores Sempre partiu do pressuposto de que os problemas dos moradores e das comunidades carentes são problemas de toda a sociedade. Um desses problemas diz respeito à ocupação de áreas de risco. Ainda que, sob esta alegação, comunidades inteiras sofram ameaças de remoção, mesmo que não corram riscos imediatos, acontecimentos recentes nos mostram que catástrofes naturais não escolhem necessariamente as áreas que os engenheiros consideram “de risco”. O que aconteceu na Região Serrana no começo deste ano, quando áreas consideradas seguras foram arrastadas pela enxurrada, é a maior prova desta afirmação. Ora, se mesmo as áreas que não são consideradas de risco estão sujeitas a catástrofes e as próprias catástrofes são imprevisíveis, o que a população deve fazer para evitar o pior? A resposta é simples: preparar-se. Plano emergencial de áreas ameaçadas - O objetivo deste é minimizar, por meio de exercícios constantes e do trabalho conjunto da sociedade e dos órgãos públicos, os efeitos decorrentes de desastres naturais inevitáveis. Nessas circunstâncias, quando o caos se instala, a prioridade inicial é garantir as comunicações e a livre circulação das equipes de resgate. Em outros termos, trata-se de suprir o quanto antes a necessidade de comunicação e de locomoção. Esta tarefa, no entanto, não é tão simples. Em uma região repleta de morros, encostas, serras, rios e lagoas fica muito difícil qualquer tipo de locomoção em situações extremas, como em enchentes e desabamentos, por exemplo. Apenas pessoas com treinamento e equipamentos apropriados conseguem transitar com segurança nessas ocasiões. A comunicação, por outro lado, que, aliada à tecnologia, deveria em princípio estar menos sujeita a interrupções do que a locomoção, também encontra muita dificuldade em situações de calamidade. Isso ocorre por várias razões. A principal delas diz respeito ao próprio estatuto das telecomunicações em nosso país. Praticamente todas as soluções para intercomunicação pessoal que surgiram nas últimas décadas são controladas por empresas privadas, muitas das quais de capital eminentemente estrangeiro. Até mesmo os órgãos públicos se utilizam largamente das soluções oferecidas por estas empresas. Em vista da importância estratégica das telecomunicações e também dos altos preços cobrados por estas empresas, o mínimo que poderíamos esperar é que elas estejam preparadas para emergências, possuindo sistemas redundantes e equipes preparadas para restabelecer as comunicações em caso de emergência. Infelizmente, nem sempre isso ocorre. Na tragédia do início do ano, a maioria das formas de telecomunicações, como telefonia fixa, celular e nextel, saíram do ar. As empresas não possuíam sistemas redundantes e demoraram dias para restabelecer as comunicações, deixando assim a população e as próprias forças públicas sem nenhum tipo de contato. A situação só não foi pior porque a própria população entrou em ação, contando, para isso, com a ajuda de verdadeiros especialistas em telecomunicações: os radioamadores. Radioamadores são pessoas habilitadas pela Anatel a operarem rádios transceptores em determinadas frequências. Sem esperar nada em troca, motivados apenas pelo compromisso com a população, essas pessoas colocaram seus equipamentos, habilidades e as próprias vidas a serviço do bem comum, salvando vidas, orientando, levando socorro e alento. Essas pessoas, que nem sempre são lembradas como deveriam, jamais se furtaram a oferecer ajuda quando era necessário. Na tragédia de Nova Friburgo, por exemplo, diversos radioamadores entraram imediatamente em ação, antes mesmo da chegada dos órgãos públicos. Contem conosco! RADIOAMADORES E PX DE NOVA FRIBURGO-RJ
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