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Leitores - 1 de abril 2011
domingo, 31 de julho de 2011
SÉRGIO MADUREIRA!
Gostaria de prestar minhas homenagens — em nome do povo friburguense e através do A VOZ DA SERRA — ao Sérgio Madureira, que nos deixou aos 56 anos, ainda jovem; com certeza ainda poderia fazer muito mais do que fez por Nova Friburgo. Faleceu esta tarde em São Paulo, no hospital em que estava internado, sucumbindo ao AVC que o atingiu há alguns meses. Com certeza já está presente na cidade desde que morreu.
O Sérgio era um grande profissional, excelente diretor e produtor, com vários anos de Rede Globo; na certa nos deixa um exemplo de amor a Nova Friburgo. Chegou a ocupar o cargo de secretário de Turismo, mas deixou-o por não ter o apoio necessário para fazer tudo o que desejava. Levou o nome de nossa cidade para todos os cantos do mundo, quando criou o “Ame Nova Friburgo”. Não por sua vontade, mas pela intransigência de alguns, este movimento não foi longe, mas tenha certeza, Sérgio, ser-lhe-emos eternamente gratos. Descanse em paz, que você possa olhar nossa cidade lá de cima, e se puder zele por ela e ilumine o turismo.
Quando tinha oportunidade, conversava muito com o Sérgio e sentia nele uma vontade enorme de mudar nossa cidade; uma vontade de fazê-la uma cidade feliz. Acho que perdemos muito quando ele deixou a secretaria de Turismo, perdemos a chance de divulgação da cidade, pelo veículo que ele tinha nas mãos, e acho, sinceramente, que isso o abateu muito.
“Descanse em paz, meu amigo. Que aí em cima você possa produzir bons programas. Fique com Deus. Minhas eternas e justas homenagens”.
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Oi!
Gostaria de deixar registrada a minha indignação com a empresa Oi. Após inúmeras tentativas e protocolos não atendidos, liguei para a Anatel e só assim tive meu telefone religado. Mas tendo um porém: moro no Cascatinha, onde nada foi afetado, e o rapaz que fez a manutenção disse que minha linha estava bloqueada no armário central. Vai a dica para aqueles que podem estar passando pelo mesmo problema, e também já perderam a paciência com esta empresa que não respeita o consumidor.
Luana Pinheiro
Faol
Nós, moradores do Sítio São Luiz, no Cônego, sofremos constantemente com os atrasos e adiantamento nas linhas de ônibus que atendem a nossa comunidade.
Na sexta feira passada cheguei à rodoviária às 17h32 para embarque no horário das 17h40. Fiquei até às 18h20 esperando. Chegou o ônibus às 17h50, e o motorista informou que só sairia às 18h20.
Depois fiquei sabendo por um morador que o horário das 17h40 adiantou e saiu às 17h30. É um total desrespeito com o usuário.
A desculpa pelo atraso é sempre a mesma: TRÂNSITO. Mas o engraçado é que o nosso ônibus até nos finais de semana atrasa.
Não sei até quando vamos aturar o total desrespeito da Faol para com os seus usuários.
Fábio Toledo
Sítio São Luiz Cônego
Nova Friburgo está perdida
”A troca de informações entre o poder público e a sociedade que ainda sofre com os desdobramentos da enxurrada resultou em um entendimento compartilhado por ambos: Nova Friburgo precisa de obras emergenciais”. Foi preciso uma visita aos principais pontos devastados em Nova Friburgo para que nossos governantes chegassem a essa conclusão? De fato, Nova Friburgo está perdida. A esperança na reconstrução, que já era pequena, acabou agora. Vamos ficar convivendo com este mar de lama para sempre — nas ruas e nos gabinetes públicos.
Marcelo Thurler Machado
Emprego
As vagas de emprego de Nova Friburgo só estão disponíveis para maiores de 18 anos. Eu tenho 16 e não consigo achar o primeiro trabalho.
Alan Carvalho Correa
Tragicômica quartelada
Vale a pena lembrar e nunca esquecer. Há muitos anos atrás, no dia 31 de Março de 1964, aconteceu em nossa terra uma tragicômica quartelada, que iria colocar o Brasil nas mãos dos militares, permitindo que eles fizessem o que bem entendessem com o País e todo o seu povo. Desde o início dos anos 50, quando houve a eleição democrática de Getúlio Vargas, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes, que as elites brasileiras tentavam implantar no País um governo que as favorecesse. Com o suicídio de Vargas em agosto de 1954, depois de muita confusão, tivemos a conturbada posse do vice-presidente Café Filho na presidência. Logo após, o povo elegeu Juscelino Kubitchek, que iria fazer 50 anos em 5, e havia derrotado o candidato das elites, o general Juarez Távora. Tentaram derrubar o Juscelino do poder, iniciando uma quartelada na selvas amazônicas, em Jacareacanga e Aragarças, lá pelo lado do Pará. Mas o negócio era muito louco e não deu certo. Por fim, em 1960, as nossas elites conseguiram eleger o seu representante para a presidência do País, um aloprado chamado Jânio Quadros, o homem que iria “varrer” a corrupção do Brasil. Por motivos ocultos, e segundo o mesmo, “pressionado por forças ocultas”, o referido personagem resolveu largar a presidência seis meses depois de eleito. Antes de entrar no navio que iria levá-lo para um exílio etílico na terra do whiskey, o ainda presidente Jânio Quadros lucidamente assinou uns decretos que favoreciam as multinacionais. Como o vice-presidente eleito era o João Goulart, que personificava as classes trabalhadoras, não pôde ser empossado, porque os militares não queriam, foi adotado o regime parlamentarista no Brasil. Tempos depois, com o País voltando ao presidencialismo, João Goulart tomou posse. Mesmo sendo um grande proprietário de terras, ele assumiu um compromisso com as forças progressistas da nossa sociedade, de levar avante todas as reformas de base. No entanto, a sua visão política era muito limitada, e, ao invés de isolar os conservadores dentro de suas próprias contradições, o que fez foi unir todos eles contra si. João Goulart foi um dos políticos mais frágeis que o Brasil já teve; conciliador sem nunca conseguir conciliar nada, fraco nas articulações políticas e um reformista que não soube conduzir a reforma. Ele lutou pela reforma agrária e urbana, pela nacionalização do sistema bancário, não executou nenhuma política de achatamento salarial, e fez com que o Congresso Nacional aprovasse a lei que limitava a remessa de lucros para o exterior. Mas tudo isto foi feito atabalhoadamente, e ao invés de unir as forças políticas em torno de si, conseguiu distanciá-las. O capitalismo nacional, que estava surgindo, se uniu ao capitalismo internacional. Pelo temor que Goulart provocava, os empresários do campo se uniram aos da cidade. E para completar o festival de incompetência, rompeu com a hieraquia militar, comparecendo a um comício no Rio de Janeiro, patrocinado pelos sargentos. Depois disto tudo, em 31 de março de 1964, aconteceu a quartelada — um golpe militar arquitetado e tramado pelas elites brasileiras e gerenciada pelo embaixador americano Lincoln Gordon. Como era unanimidade entre os militares, não foi necessário que se disparasse qualquer tiro, mas aconteceram alguns lances cômicos e rocambolescos. No Rio de Janeiro, o filho de uma tradicional família de milicos, capitão na época, saiu da Vila Militar, cruzou a cidade a bordo de um potente tanque usado na Segunda Guerra mundial pelos USA, e foi estacioná-lo no palácio Guanabara, residência do governador golpista Carlos Lacerda, para defendê-lo de uma possível invasão que os fuzileiros navais, supostamente aliados de Goulart, iriam fazer, desembarcando na praia de Botafogo, vindos da cidade de Niterói. Na praia de Copacabana, Posto Seis, o coronel do exército, conhecido por Montanha, depois de tomar alguns chopes no bar que fica ao lado do Forte Copacabana, acompanhado de alguns outros bêbados, resolveu invadir a fortaleza militar. Adentrando de peito aberto pela guarita, mostrou a sua carteira, tomou o fuzil do sentinela, e determinou que a partir daquele momento o forte estava sob seu comando. Os oficiais do forte estavam tomando banho, pois tinham acabado de jogar o habitual e cansativo vôlei de praia. Ao mesmo tempo, partia de Minas Gerais, em ritmo de piquenique cívico, um grande comboio militar, comandado por alguns generais, que estavam a serviço do banqueiro Magalhães Pinto, governador do estado. Dias depois, eles iriam se confraternizar num grande churrasco na cidade de Petrópolis, com as tropas do 1º exército, sediadas no Rio de Janeiro, supostamente leais ao presidente. O grande “amigo” de João Goulart, General Amauri Kruel, tinha o comando do 2º exército. Ali estava o ponto mais importante do mapa militar brasileiro. Mas depois de algumas conversinhas de bastidores, o referido general mudou de casaca, e colocou a sua tropa a serviço do embaixador Lincoln Gordon. No sul, o histerismo inútil de Brizola sempre foi de grande valia para a queda do presidente constituído. Naquela época, o grande caudilho ainda não tinha se dado conta que já tinha passado o tempo em que o sujeito saia lá do sul e vinha amarrar o cavalo em algum monumento aqui no sudeste. Assim sendo, atolados nos seus erros de avaliação política, Goulart, Brizola, Arraes — e todos os outros que defendiam as reformas de base na sociedade brasileira — foram obrigados a deixar o país, e entregá-lo nas mãos dos militares, que iriam dar início a era da tortura, da corrupção sem limites, do endividamento externo e interno, e da obra mais satânica da quartelada de 1964, que foi a despolitização de toda uma geração, transformando os nossos jovens em brasileiros sem nenhuma emoção política. Toda esta podridão moral e cívica, e esta impunidade crônica que beneficia os ladrões de colarinho branco que vemos hoje em dia neste País, devemos em grande parte a esta tragicômica quartelada de 31 de março de 1964.
Wilson Gordon Parker
Ações políticas têm que ter resultados
Os moradores de todos os bairros atingidos pela catástrofe, principalmente os mais afetados, já estão cansados de serem ouvidos. Eles sabem muito bem o que as suas comunidades necessitam e as autoridades também. Não adianta irem para a televisão, rádio e jornal, e dizerem que vão fazer isto ou aquilo, enquanto os bairros de Duas Pedras, Córrego Dantas, Jardinlândia e tantos outros continuam quase na mesma situação do início do ano.
Os senhores vereadores tratem de cumprir o seu papel para qual foram eleitos, deixem suas diferenças partidárias de lado, e se unam em busca de um objetivo comum, que é a reconstrução da nossa cidade. Batam as portas do Senhor governador, vão a Brasília atrás dos senhores deputados e senadores que representam o nosso Estado, e só saiam de lá com soluções concretas. Porque de conversa fiada a nossa população já esta cheia e perdendo a paciência.
Saudações...
Luiz Carlos Quintieri

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