Leitores - 1 de março 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Telefonia Todos sabemos da tragédia que nos assolou naquela fatídica madrugada de 12/01/2011. Sabemos também que a área da telefonia foi uma das mais afetadas: casas ruíram destruindo instalações e telefones, redes telefônicas foram destruídas,centrais telefônicas periféricas (URAs) foram arrancadas pela força da água e deslizamentos - enfim, foi um caos. Para minimizar esta situação, a Oi Telemar forneceu telefones celulares a todos aqueles que foram atingidos, para que pudessem ter telefones funcionando. Mas, segundo soube, a grande maioria deles não funciona. Acho que pelo que conheço de telefonia, está havendo uma falha técnica, uma falta de informação e de conhecimento. As pessoas com quem conversei me falaram que o “SIGA-ME”, recurso que permite que seu telefone seja atendido em outro número que não seja o dele, no caso que você viaje ou se ausente por muito tempo, desde que seja corretamente programado, pode ser programado para sermos atendidos em qualquer outro telefone, fixo ou celular, de qualquer operadora. O que ocorre é o seguinte: esta programação do “SIGA-ME” deverá ser programada naquele telefone que está com defeito, no caso de nossa cidade, naqueles que foram destruídos pela avalanche. Caso eles não existam mais, pois foram destruídos, tentem entrar em contato com a Telemar, ”10331”, e peçam, exijam que esta programação seja feita na própria central telefônica, no terminal do número defeituoso - o técnico o acessará através de um protocolo e fará a programação. O que está acontecendo, me parece, é que esta programação está sendo feita no celular fornecido pela Oi, ou mesmo em qualquer celular do cliente. Assim não vai funcionar, este recurso tem que ser programado naquele telefone que está com defeito, no telefone fixo que não funciona, diretamente na central-mãe. Acredito que só assim vai funcionar. Pensem bem: de que adianta a empresa oferecer telefones celulares se não funcionam como se fosse o seu telefone antigo? Se ninguém sabe o número deste celular fornecido, de que adianta? Nada! E saibam que a Telemar não está fazendo nenhum favor; é uma obrigação dela! Tentem 10331. Abraços. Jorge Plácido Ornelas de Souza Direto da Rua Cristina Ziede É de estarrecer a falta de educação e sensibilidade de alguns seres (?) em relação ao que se passou e se passa em nossa rua! Acreditem que muitos desses vão ali, com crianças no colo e idosos, para achincalhar os escombros e moradores, num total desrespeito pelo ser humano. Acredito que seres assim não podem fazer parte da raça humana, nem mesmo participar com bondade da reconstrução de Nova Friburgo. Há mães (?) que trazem seus filhos pequenos para cavucar a terra em busca dos pertences dos nossos amigos mortos. Dia desses, havia até um investido de guia turístico, dando explicações aqui e ali. Alguns são tão canalhas que riem das casas que acabaram e dizem ser bem feito para os ricos moradores. A bem da verdade, todos nós aqui da Rua Cristina Ziede, assim como nossos pais, trabalharam duro para conseguir uma moradia e local de trabalho e religiosidade. Recentemente, um motorista que insiste em fazer da rua “Estacionamento Gratuito”, foi hostil quando perguntei se era morador e ainda teve a desfaçatez de se dizer satisfeito em ver o solar histórico dos Carriello totalmente dizimado. Isso não é comportamento de um ser humano, quanto mais de um morador de Nova Friburgo. Nem um animal age assim. Por outro lado, gostaria de registrar visitas maravilhosas de grandes seres humanos, pessoas sensíveis como o jornalista e grande amigo José Duarte, o nosso repórter Eloir Perdigão e também dos amigos Coronel Túlio, Eduardo de Vries, Gilberto Nader, José Nader, além de bombeiros, policiais militares, parentes, professores e colegas das vítimas. Todos querendo ajudar e consolar ... No meu caso, conto ainda com o apoio do meu primo Hélio Mário e Cida, que nos acolheram em sua casa no Cascatinha. Apesar de não ter durado mais de 5 segundos, a catástrofe nos fez perder mais de 30 amigos, moradores não só da Cristina Ziede, como das ruas Miranda Fortes, Juvenal Namen, Luiz Spinelli e Augusto Spinelli. O desmoronar dessas casas é algo que não dá para apagar da memória, pois neste momento fatal essas pessoas morreram de uma forma cruel e violenta! Ontem mesmo estavam com a gente brincando e convivendo como uma grande família. Eu vi isso tudo! Nós, moradores das 19 casas preservadas da Cristina Ziede pedimos, através deste jornal, que isso não continue. A nossa rua foi poupada em sua grande parte. Queremos chorar nossos mortos em paz, com dignidade. As pessoas que nos visitam e consolam são bem vindas e nos abraçam com amizade e lágrimas nos olhos. Os inomináveis que fazem parte da banda podre podem, de preferência, mudar de cidade e não fazer da Rua Cristina Ziede seu estacionamento gratuito, como acontecia antes da tragédia. Outros deveriam parar de rir da desgraça alheia, porque como diz o ditado “quem ri do vizinho, o seu vem a caminho”. Gostaria de lembrar, também neste desabafo, a presença da nossa presidente, Dilma Rousseff, no dia seguinte ao desastre, na confluência de nossas ruas que de maneira superhumana veio nos ajudar e apoiar! Ela é gente! Nós, de Nova Friburgo, vamos ficar eternamente gratos a essa mulher de verdade! Quanto à reportagem publicada recentemente, a senhora fotografada de costas é minha filha, também moradora da Cristina Ziede e, como eu, aflita, triste, sofrida e não curiosa como se pode pensar. Todos os dias passamos várias vezes pelo início da rua (nosso único acesso), com mantimentos e roupas para seguir com nosso cotidiano. Também gostaria de lembrar o apoio incondicional do amigo Ismar, do Hotel Maringá (mais conhecido como Dona Mariquinha), que abriu as portas do seu estabelecimento para todos nós que naquela manhã procurávamos abrigo na Rua Monsenhor Miranda. Além dele, as nossas queridas irmãs Doroteias e a diretora Jean Beatriz estão sendo um esteio para todos nós friburguenses. Gostaria ainda de registrar a amizade e apoio de Jayme Segall e seu genro Samuel, do nosso querido Bruno, do Banco Itaú, da Rosângela, do Djalma e seu irmão, do Bispo Dom Edney, de alguns pastores e muitos outros. Não é por meia dúzia de três ou quatro, que nem porta nem janela nos abriram, que vamos amaldiçoar a raça humana. Esses, repito: são da banda podre! Além da grande barreira que levou nove casas, convivemos no final da rua com um fato muito grave: o fechamento de um acesso no final da rua, pela sitiante Adelina, proprietária da área conhecida como “Hotel Floresta”, que até alguns anos pertencia ao Dr. Paulo Proença. Fechar a saída de emergência é questionável, e pior ainda: o Córrego do Relógio passa por lá, a céu aberto, só sendo canalizado por uma grande galeria na Rua Monsenhor Miranda. Há grande movimento de tratores e empregados dentro do local, onde há cerca de 3 anos houve um grande desmatamento da floresta virgem para plantio de milho. Seria de bom alvitre que as autoridades constituídas verificassem esses fatos. Como moradora da Cristina Ziede há 55 anos, me coloco a disposição para mais esclarecimentos. Aloisia Maria Langer de Mattos A corrupção está no D.N.A Não é à toa que o Brasil é considerado um dos países com maiores índices de corrupção no mundo. A corrupção em nosso país já é praticada em nossos lares, com as nossas crianças em sua idade mais tenra: quando para se obter a obediência destas crianças elas são subornadas com presentes, doces etc... E com o passar dos anos estas práticas vão se tornando corriqueiras, “te dou uma viagem a algum lugar se você passar de ano”, “lhe compro isto ou aquilo, em troca do seu desempenho”. É raro termos crianças e adolescente que se desenvolvem, se empenham em busca de um objetivo sem serem induzidas. Se falam na busca de uma vacina para a prevenção e cura da Aids, da malária, e tantas outras doenças. Mais o grande mal que assola o nosso país e tantos outros é a Corrupção. A corrupção desvia para bolsos alheios verbas e recursos que seriam aplicados em pesquisas para a cura de várias doenças, ela impede que milhões de pessoas tenham os direitos elementares da vida. Todas as pessoas de bem deveriam fazer um patrulhamento diário dos seus atos, e cobrar e fiscalizar os atos ilícitos que venham a prejudicar toda a coletividade, doa a quem doer. Não podemos cobrar dos políticos, e tantas outras classes, aquilo que não praticamos no nosso dia-a-dia. Saudações. Luiz Carlos Quintieri
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