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Leitores - 8 de fevereiro 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Fonte do Suspiro
Muito tem se falado sobre a destruição da Fonte do Suspiro, até entendo, mas esta fonte já estava há muito destruída, simplesmente um depósito de lixo e urina de mendigos. Há quantos anos as placas de poesias sobre amor, saudade e ciúme foram retiradas e sabe-se lá onde estão! Muitos prédios e monumentos históricos foram destruídos ao longo dos anos: Casarão de Madame Santana, Solar de Dona Vitalina, Cine Marabá, e tantos outros, que deram lugar ao tão famoso progresso. A Praça do Suspiro foi há muito descaracterizada, é só pegar antigas fotos e constatar que o lugar não lembra em nada o belo recanto de outros tempos. Então, não é hora de ficar questionando sobre o por que da destruição da fonte, e sim, dar prioridade a lugares onde se perderam vidas e ainda hoje, quase um mês depois, a limpeza e ajuda não chegaram. Tudo tem seu tempo, outros monumentos virão e os antigos serão postos abaixo, assim é o progresso, necessário, mas, muitas vezes, a causa de tragédias como esta.
Adriana Boy
Carnaval da Solidariedade
Concordo com a leitora Mirian Bustamante: vamos ao Carnaval da Solidariedade! A vida continua e temos que estar preparados para ela.
Luiz Carlos Dias Lima
Cadê a fiscalização?
Já viram como tem construção no morro da Pedrinco? O morro, daqui a pouco, vai virar uma grande área de risco ou uma favela melhorada. Há alguns anos existia uma casa. Agora já são várias. Será que o meio ambiente e a Prefeitura estão fiscalizando isto?
Rosimeri Ouverney de Jesus
Desperdício de água
Desperdício de água potável é o que se vê na Alameda do Canal, na Alameda do Lago e até a chegada de Varginha. Evidente que, enquanto isso, nenhuma gota nas torneiras. Há quinze dias “jorra” água de uma casa (para a rua principal), na Alameda do Canal. E, apesar das reclamações, nada foi feito.
Não adianta a concessionária repassar um 0800 aos consumidores. As reclamações são feitas, mas ninguém conserta. Há que tomar providências!
Outra indignação dos moradores: onde desabou barreira, no dia seguinte passou uma máquina (abrindo espaço para passagem aos carros). Até hoje os pedestres não têm segurança para passar, pois o barro ainda está no local. Os pedestres espremem-se entre o barro e os carros. Isso é vergonhoso, pois o serviço de ”emergência” acaba sendo para sempre. Aliás, acaba sendo para que até a próxima chuva derrube tudo novamente.
A carta publicada de uma leitora comentando que existem máquinas paradas na Praça Marcílio Dias deveria ser levada a sério. E fica a minha pergunta: será que a referida praça finalmente mostrou para que serve? Uma praça tão grande, onde gastou-se milhões do contribuinte, tornou-se um grande estacionamento de máquina e caminhões?
Nós, moradores, estamos descrentes... Mas, como bons brasileiros, não desistimos nunca!
Ângela Assunção
Uma história para refletir
Parabéns a voz da Serra pela cobertura das enchentes! Gostaria de contar uma história para vocês, gostaria também que publicassem.
Havia um homem, que era de Deus, pregava sua palavra e era fiel e devoto a Ele, morava numa bela casa, em cujo quintal passava um rio, digamos, que seria o Rio Bengalas. Certo dia começou a chover muito e a água começou a invadir seu quintal. De repente, apareceu um barqueiro e ofereceu-se para tirar o homem dali, pois o perigo já havia se tornado real. O homem se recusou, disse que tinha muita fé em Deus e que Ele o salvaria. O tempo passou e a água já estava nos degraus da casa. Novamente veio o barqueiro e quis tirá-lo do local. Mais uma vez ele recusou, disse que tinha fé em Deus e que Ele o tiraria dali. O tempo foi passando e o homem estava com água pela cintura dentro de casa. Mais uma vez veio o barqueiro e ofereceu-se para levá-lo dali. Nada, tenho fé e acredito em Deus, Ele me salvará... O barqueiro foi embora. De repente tudo veio abaixo, a casa desabou,como aconteceu em nossa cidade, o homem morreu. Como era um homem bom, foi para o céu e, revoltado, procurou por Deus e desabafou:
- Senhor, por que me abandonou? Por que me deixou morrer? Eu, que sempre preguei Sua palavra, suas obras, tinha fé e acreditava no Senhor, e me deixou morrer? Por que? Por que?
Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, pôs a mão em sua cabeça e, sorrindo, disse:
- Engano seu, meu irmão, não o abandonei, não o deixei... Mandei um barqueiro com seu barco para pegá-lo,para socorrê-lo, mas irmão, você não quis, se recusou, o que fazer então?
Assim também aconteceu com Nova Friburgo, através da natureza, da qual Deus é gestor supremo e absoluto. Se algum de nós quiser reclamar de Deus pelo que aconteceu recentemente na cidade, a catástrofe que todos sabemos, querendo culpá-Lo de tanta morte, tanta tristeza, com certeza Ele porá a mão em nossa cabeça e nos dirá com aquela voz macia e suave: ”Nada disso, irmãos, há muito tempo venho tentando avisar vocês que o pior estaria por vir. Nos anos setenta tentei lhes avisar que algo não estava bem, não me ouviram. Nos anos noventa tentei lhes dar nova chance, continuava tudo errado, não me levaram a sério. Em 2007, desta vez com mais intensidade, tentei chamar-lhes atenção, não fui levado a sério. Agora, em 2011, fui mais agressivo ainda, na esperança que entendam minha mensagem. Por favor, corrijam os erros, respeitem nossos rios, respeitem nossas matas, conservem nossas encostas, ajudem os pobres a se sentirem seguros. Filhos, não quero tomar uma atitude mais séria e violenta que esta, lhes dou inteligência, coerência, bom senso, razão, para que vocês ajam com coração, para que respeitem a fragilidade do ser humano. Agora tive que atingir também os mais ricos, os mais poderosos, que também são meus filhos, para que os governantes entendam de vez que contra as forças da natureza não existe resistência. Que a memória dos que morreram seja respeitada, que a dor e o luto dos que ficaram sirva de exemplo. Não quero, não desejo que para vocês entenderem tudo o que vem acontecendo Eu precise mandar algo pior ainda. Que esta demonstração da incapacidade, impotência do ser humano seja entendida. Amem a natureza, que em Friburgo é linda é maravilhosa, é um presente que Lhes dei. Cuide dela com carinho, com respeito, demonstrem que Me amam cuidando desta dádiva que lhes presenteei. Amo vocês!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Carta ao governador
Caro governador Sérgio Cabral,
Venho por meio desta externar meu agradecimento e também meu lamento! Agradeço imensamente, em nome de meus conterrâneos, pela atenção carinhosa prestada a todos os friburguenses neste momento de pesar e de reconstrução; agradeço ao carinho e à acolhida laboriosa do sr. vice-governador, Pezão, que, por estes dias difíceis esteve particularmente presente entre nós.
Mas, diante de todas as calamidades que sofremos, lamento muito a insensibilidade da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro que, numa atitude autoritária, não se dispôs sequer a escutar seus diretores e coordenadores, impondo o retorno às aulas para o dia 7 de fevereiro, ignorando completamente a realidade de nossa região.
Gostaria ainda de manifestar minha confusão diante de tamanha incoerência do governo estadual que, ao meu ver, parece não estar falando a mesma língua, visto que os senhores, sabendo de nossa atual realidade, permitem que nossas crianças se arrisquem a estudar em escolas que estão em regiões de verdadeiro grau de periculosidade, com máquinas cavando buracos em ruas intransitáveis, devido à queda de barreiras, e a verdadeiras crateras abertas ao ar livre.
Peço humildemente que reconsidere a data prevista para o início deste ano letivo que, acredito, é muito esperado por todos nós, educandos e educadores, visto que a ninguém interessa o retardo do início das aulas, pois sabemos que certamente os maiores prejudicados seremos nós.
Atenciosamente,
Leandro Alves Soares – Professor
A Voz dos Leitores
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