Leitores - 27 de janeiro 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Secretaria de Obras Durante alguns dias, várias foram as justificativas para a catástrofe que aconteceu em nossa amada cidade. Falamos de ocupação irregular, falta de planejamento, entre várias outras coisas. Mas um ponto que não foi tocado, que era para ser um dos focos principais da questão, são as obras realizadas pela Prefeitura. Se é feito um loteamento irregular, por que neste existe rua calçada, iluminação pública e água? Bastava simplesmente o governo municipal não calçar uma rua, para desmotivar as pessoas a morarem naquela localidade. Mas, quando não existe calçamento, a primeira coisa que os moradores de um loteamento irregular faz é ir para a televisão reclamar do poder público, e este acaba cedendo às pressões daquela população. A pasta de Obras do município, ao meu entender, deveria ser comandada por uma pessoa técnica, (um engenheiro civil, arquiteto, urbanista), e não uma pessoa que sequer sentou numa cadeira de curso superior. Não serve o presente para desmerecer qualquer um, principalmente o titular da pasta, mas não podemos mais ficar à mercê de nomeações puramente políticas para colocar Friburgo novamente entre as cidades mais belas do país. Um pequeno exemplo de que o titular da pasta não pode mais comandá-la é o asfaltamento realizado em Olaria no ano de 2009. Em menos de um ano a via já ficou completamente esburacada e, em alguns trechos, pior do que estava antes. Aposto que um engenheiro civil não deixaria que isso acontecesse. Foi mais do que provado que precisamos tomar medidas enérgicas para evitar o desordenamento da nossa cidade, e uma pessoa com intenções eleitorais não pode ser escolhida para tomar essas atitudes. Medidas enérgicas para estes acarretam perda de votos, e isso nenhum político quer. Atenciosamente, Fausto Zastetas Sim, nós podemos Sou natural de Nova Friburgo, cidade que escolhi para residir e firmar família. Observo com tristeza o desânimo que se abate sobre a população municipal por conta da calamidade que nos sobreveio. Entendo que o momento seja de luto, mas o luto não pode dar lugar à letargia. Penso que devemos voltar a nos apaixonar pela nossa cidade e, para tanto, sugiro atitudes simples, como voltarmos a cantar o Hino municipal, usarmos camisetas com a frase ”Eu amo Nova Friburgo”, e parafrasearmos o então candidato à presidência dos Estados Unidos, ”sim, nós podemos”. Precisamos curar a estima dos friburguenses, para que a cidade seja uma nova Nova Friburgo. Helber Antonio Coelho Nogueira Carnaval não! Que cidade é essa que não respeita seus mortos? Mal enterraram suas vítimas (397 até o momento) e com centenas de desaparecidos (187), como pode-se pensar em carnaval? Como pular carnaval numa quadra de escola de samba que serviu de amparo aos feridos e cadáveres entulhados, à espera de identificação? Ser solidário não é doar apenas roupas e comida, é respeitar também a dor do coração do próximo. Ter carnaval é não respeitar cada um dos friburguenses, suas dores e seus gritos de socorro, que ainda ecoam em nossos travesseiros, todas as noites. Virgínia Lopes de Melo Vistoria urgente Depois da catástrofe, tudo assusta. No entanto, as autoridades devem prestar atenção ao prédio existente na Av. Conselheiro Julius Arp, quase em frente à antiga Fábrica Torrington. Lá funcionava, anos atrás, uma padaria. Porém, agora se encontra abandonada. Como a parede está aberta, dá para notar o perigo que é aquilo. Nos fundos, um plástico preto tenta conter o barranco; dentro do prédio só existem as colunas, totalmente nuas, faltam paredes etc.. Seria bom a Defesa Civil fazer uma vistoria no local. Antes que o pior aconteça. Marcelo Thurler Triste demais Tragédia é pouco para dizer o que houve em nossa cidade. É triste demais ver nossa cidade tão bela totalmente acabada. Mas, vamos nos reerguer, não podemos culpar este ou aquele governo, a culpa é de todos, as ocupações são antigas e depois da casa arrombada é difícil colocar cadeado. O momento é de união. Agradeço a todos os funcionários da Comlurb que vieram limpar Nova Friburgo, pessoas que abraçaram nossa cidade como sua, as Forças Armadas, os voluntários, as doações e doadores. Nunca antes vi mobilização igual e tão rápida. Amigos e parentes se foram, serão insubstituíveis, bombeiros que deram a vida para salvar cidadãos, verdadeiros heróis, vemos em cada semblante o cansaço, mas nunca a rendição, são guerreiros. Vamos construir uma NOVA Friburgo, temos a oportunidade de fazer tudo diferente, não vamos cair nos mesmos erros das encostas. Deus nos deu uma segunda chance, não vamos desperdiçar. Não nos deixemos cair nas mãos de politicagem, nem de politiqueiros de quinta, vamos realmente amar Friburgo. Adriana Boy A cidade não acabou Depois do evento natural que nos feriu profundamente devemos acreditar no seguinte: a cidade não acabou! Mesmo aqueles que padeceram não foram em vão e creio que não gostariam que nós, que ficamos de pé, desistíssemos. Acredito que a nossa Nova Friburgo deverá ser reconstruída por nós em nome daqueles que amamos e foram embora. Assim, quando andarmos pela rua e encontrarmos nossos irmãos, deveremos levantar nossas cabeças e acreditar, pois a cidade está ferida, mas viva. Por isso, sugiro que utilizemos o nosso hino e a nossa bandeira como forma de criarmos um sentimento capaz de levantar a nossa estima e dar condições de reerguermos a novíssima Nova Friburgo. Vamos juntos. Irmanados. Somos capazes. Creiam nisso! ”Salve brenhas do Morro Queimado, que os suíços ousaram varar” Leonardo Braz Penna A importância da ajuda Envio este e-mail para A Voz da Serra exclusivamente para ressaltar a importância da ajuda recebida de todo o Brasil, mas, especialmente, da cidade do Rio de Janeiro, que foi muito solidária ao povo de Nova Friburgo. O envio da Comlurb foi de essencial acuidade, pois o que observamos através dos trabalhos prestados por seus funcionários foi um verdadeiro milagre, já que esses bravos homens não se furtaram em momento algum do árduo trabalho, já que encontraram a cidade totalmente destruí-da e coberta por lixo e destroços. Em pouco tempo, deixaram a cidade praticamente sem aquele ar de tragédia, já que refizeram, na medida do possível, a imagem deixada pela maior catástrofe climática ocorrida no país. Dessa forma, agradeço a todos os que participaram desse movimento em benefício e solidariedade ao nosso povo, e que estavam, apesar do clima pesado e do trabalho cansativo, sempre bem dispostos e com um sorriso de esperança em suas faces. São, realmente, homens valorosos, que devem ter seu reconhecimento e gratidão para sempre guardados na memória de todos que aqui habitam. Também destaco o importante trabalho realizado pelas polícias Militar, Civil, Federal e Florestal, vindas de outras localidades, que se juntaram a todos aqueles que cooperaram com esse importante início de reconstrução de toda uma cidade. A cada esquina um carro da polícia fazia a segurança de nossa cidade, mantendo a ordem e segurança, evitando a onda de saques, que só não ocorreu em grandes proporções por intervenção direta dos bravos agentes policiais. Muito obrigada! Ao Bope, minha sincera gratidão, pois foram incansáveis em seu mister, mostrando que a imagem deixada pelo filme Tropa de Elite não reproduz, de forma alguma, os verdadeiros heróis que são, incansáveis e prestativos, dignos e solidários. Os homens do Bope têm um grande coração. A eles também presto minhas homenagens, meu agradecimento e minha admiração. Se levam o símbolo da faca na caveira em suas fardas, nos seus corações carregam o amor e a compaixão. Muito obrigada! Aos bombeiros que vieram de outras cidades também presto minhas homenagens, pois são heróis valorosos e sem os quais muitas vidas teriam se perdido, além daquelas que se foram. Não nos esqueçamos que eles também perderam companheiros de trabalho em um desabamento, quando se encontravam em missão de resgate. Que Deus os guarde. Vi muita ajuda de fora da cidade e agradeço a todos. Com certeza estarão sempre em nossa memória e serão lembrados com muito carinho, principalmente por estarem conosco em um momento tão difícil. Trabalharam incansavelmente, sempre com carinho e solidariedade, entendendo nossa necessidade e que a ajuda por eles prestada era imprescindível para o início dessa reconstrução. Ao governo da cidade do Rio de Janeiro agradeço por enviar seus homens, seus equipamentos e toda a ajuda possível. Sem ela seria quase impossível nos reerguermos novamente. Muitas outras cidades também nos deram apoio fundamental, como Rio das Ostras, por exemplo, que enviou seus carros e agentes da Força Tarefa de Rio das Ostras. Aos agentes da Marinha do Brasil agradeço também, pois foram bravos, atuaram com toda sua capacidade e perícia, tanto no salvamento de vítimas quanto no hospital de campanha montado por seus bravos homens, bem como na segurança e ordem em nossa cidade. Todos, sem qualquer exceção, já me desculpando por aqueles que aqui deixei de citar, foram, e ainda continuam sendo, de importância capital e indispensável, pois se Nova Friburgo hoje já começa a se reerguer, sem dúvida alguma esses valorosos homens, e toda a atuação por eles prestada, fazem parte dessa história de solidariedade, coragem, carinho e amor, mostrando que ainda existem seres humanos capazes de dar as mãos e formar uma só corrente, resistente a qualquer catástrofe impiedosa que se abata sobre a humanidade. A todos, minha eterna gratidão, carinho e admiração. Patrícia de Souza Lopes
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