Leitores - 28 de abril.

sábado, 31 de julho de 2010
Abandono total Em agosto de 2008, fui submetido a uma cirurgia cardíaca, duas safenas e uma mamária. Como parte da recuperação, além da medicação diária, fui intimado pelo meu cardiologista a fazer caminhadas pelo menos três vezes por semana.Pois bem, então vamos caminhar. Me dispus a acordar mais cedo e ir para o Country Club, fiz isto durante um bom tempo. Ultimamente resolvi ir caminhar nas Avenidas Conte Bittencourt e Galdino do Valle e realizar tal intento. Acredito que devo voltar em breve para a mesa de cirurgia, pois é cada vez mais angustiante caminhar ao longo delas. Fezes de cachorro e de seres humanos estão espalhadas por toda parte. Tanto perto do meio-fio como junto à mureta de proteção, restos de comida, devidamente colocadas em marmitex, restos de roupas – calcinhas, meias, cuecas, etc. – até em preservativos usados você pode pisar. O rio que divide estas duas Avenidas já não é nenhuma beleza de se ver, ainda mais quando as suas poucas margens gramadas servem de domicilio para moradores de rua. Neste dia lindo, para uma caminhada, a temperatura agradável, aquele solzinho camarada , me deparo com um morador de rua devidamente acomodado na margem do rio, em frente ao Clube Xadrez. Chegava a roncar como um monarca após uma bela cavalgada pelos campos reais. Continuando a minha caminhada, quase fui atropelado por uma bicicleta. Mas a culpa é minha, eu não sabia que a ciclovia tinha sido aumentada. Ela agora não se limita somente a um faixa na Avenida Galdino do Valle, ela agora está na Comte Bittencourt também. A propósito, na extensão toda das calçadas. Quem mandou eu não saber . Desisti e resolvi voltar para a minha casa. O passeio estava ficando perigoso. Além de correr o risco de voltar para a mesa de cirurgia, poderia sofrer algum tipo de acidente ou contaminação incurável. Ao passar pela Praça Getulio Vargas, pois moro na Rua Monsenhor Miranda, tive que me desviar de um grupo de meninos, falo meninos, pois não deveriam ter mais do que 16 anos, totalmente embriagados. Até aí , tudo muito normal. Se levarmos em conta que a idade de dezesseis anos é a ideal para votarmos, eleger um presidente da República, um governador , um senador , um deputado e um prefeito; qual o mal em se tomar um pilequinho todo o final de semana. E finalmente, nesta epopeia urbana e serrana, me digam, qual é a sensação de se ver uma pessoa defecando no meio da Rua Monsenhor Miranda, quase em frente a um tradicional hotel da cidade e do outro lado da rua um restaurante? Pois é, é pura verdade, realidade, sem ficção nenhuma. Havia uma senhora, devidamente amparada por um poste de luz, fazendo suas necessidades fisiológicas bem ali, literalmente embaixo do meu nariz. De repente, não mais do que de repente, acordei bastante assustado e vi que tudo tinha sido um sonho, um péssimo sonho. Levantei da cama, tomei meu café da manhã, embarquei em um avião e voltei para o meu país, meu estado, minha cidade que é considerada a Suíça Brasileira. Fernando Ramos Teixeira As ruas e Nova Friburgo Excelente ideia deste jornal de reviver os nomes de tão ilustres pessoas que tanto contribuíram para nossa história. Entretanto, tais personagens, infelizmente, não são dignos de terem seus nomes conservados nas placas que os identificam. Apelo ao sr. Prefeito que se digne mandar consertar as placas indicadoras de tão ilustres nomes. Sergio Pereira
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