O INÍCIO DOS trabalhos legislativos de 2016 na Câmara Municipal foi o sinal para a largada da campanha eleitoral que, embora só comece oficialmente no segundo semestre, já está valendo. O calendário eleitoral marcará uma nova fase na política friburguense, pois a cidade vive a fase de recomposição financeira devido à crise econômica nacional e os candidatos deverão obrigatoriamente, incluí-la em suas propostas ao eleitor.
DEPOIS DO feriado momesco, faltarão apenas sete meses e meio para as eleições municipais. E aí será hora de jogar foco numa das faces mais dramáticas da atual crise brasileira: o estrangulamento dos municípios brasileiros. Inclusive essa realidade angustiante levou diversos prefeitos a cancelar os eventos do carnaval. Os municípios atravessam a maior crise das últimas décadas. Muitas prefeituras se encontram com salários atrasados. Manter o pagamento de fornecedores essenciais em dia é um luxo. O nível de investimentos é próximo de zero.
SABEMOS QUE o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias entre os países emergentes, aproximadamente 37% do seu Produto Interno Bruto. Mas os recursos ficam concentrados nas mãos do governo federal, que abocanha 60% do total dos tributos. Aos municípios restam apenas 15%. E o pior: as demandas sociais explodem é no âmbito municipal.
A POLÍTICA, longe de ser mais que uma simples torcida por este ou aquele, é feita com base nas pretensões e na capacidade de realização de seus candidatos. A propaganda eleitoral sozinha não faz milagres. Para que ganhe a força necessária, é preciso que os pretendentes apresentem conteúdo e é com base neste argumento que ela deslancha. Não é feita de ficção nem de mentiras. É construída pela capacidade de realização de cada um.
PARA DAR mais transparência ao processo eleitoral os tribunais derrubaram qualquer censura que até há algum tempo vinha atormentando os veículos de comunicação e os candidatos com proibições e multas descabidas, que fugiam à constitucionalidade das medidas. Os veículos são livres para noticiar os acontecimentos políticos dos candidatos sem que isto se pareça com a famosa “propaganda extemporânea” a eles atribuída pela justiça eleitoral.
O CIDADÃO já está percebendo a mudança no comportamento político com os possíveis candidatos em ação. Sem poder deslanchar a campanha eleitoral em sua plenitude, os pretendentes irão usar os recursos disponíveis para a época pré- eleitoral, principalmente com a troca de partidos, a formação de alianças e arregimentação de correligionários, além do uso das redes sociais para a divulgação de suas ideias e propostas.
QUALQUER que seja o resultado das urnas, a cidade continuará sua trajetória de reconstrução, lutando pelo progresso, almejando emprego e renda, saúde, moradia e educação. E para atender a estas exigências, os políticos só têm uma coisa a fazer – trabalhar. O voto será a conseqüência dos atos que fizeram para a comunidade. Uma resposta no mínimo sensata e coerente da população.
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