A Avenida dos Ferroviários é conhecida por ligar Duas Pedras ao distrito Conselheiro Paulino. Algumas obras foram feitas, mas pelo visto ainda faltam manutenção e uma infraestrutura para o melhor acesso aos pontos da cidade.
Na Rua Manoel Cristiano Bussinger, onde está localizado a Rodoviária Norte, diversas linhas de ônibus como Jardinlândia, Santo André, Solares entre outros transitam de maneira apreensiva, por causa da rua estreita. Com isso, os problemas já podem ser vistos deste o inicio da principal via. São carros em cima de calçadas, lixos por toda parte e falta de sinalização adequada, que acaba prejudicando tanto os pedestres quanto motoristas.
Estas dificuldades se estendem até a localidade conhecida como Tauru, no loteamento Santa Inês. Mais carros pela calçada, buracos imensos pela rua e poças que banham moradores que passeiam ou os que ficam esperando ônibus no ponto. No caminho, um caixote de feira foi colocado em um dos buracos, uma maneira de alertar quem passa por ali. Para um morador que não quis se identificar, os buracos são mesmo a maior preocupação. “Eu te pergunto: de quem é rua? A rua é pública... A prefeitura deveria estar fazendo alguma coisa pra melhorar. Mas está tudo a mesma coisa.”
Casas abandonadas é um outro fator que cresceu muito desde a tragédia de 2011. Mais de três casas podem ser vistas em cada esquina, todas em condições de abandono total. Famílias tiveram que sair de suas casas e muitas outras perderam boa parte do que conseguiram, principalmente em Conselheiro e ao redor do Rio Bengalas.
Moradores que vivem próximo a um depósito abandonado dizem ter muita “dor de cabeça”. “Nos deparamos com ratos e bichos que saem da casa. Antigamente cavalos entravam pelos fundos. Isso aqui é uma vergonha!”, reclama. De acordo com o depoimento, há anos atrás o lugar era uma marcenaria que, por algum motivo, não conseguiu se manter, e acabou sendo abandonada. “Uma pessoa muito influente era dono desse lugar, mas ele não deixou nada de bom aqui, apenas mais um ponto de consumo de drogas e muita sujeira”, explica o morador.
A infraestrutura do alto do Tauru, um dos lugares mais atingidos na tragédia, desagrada quem vive no local. Mas para Lúcio, que é motorista, outro problema muito comum são os estacionamento inadequados. “Eu não tenho muito o que dizer a respeito do loteamento, porque esses matos crescem mesmo, estamos em época de chuva. Mas o que eu não gosto são essas carretas que param de uma maneira que fica muito ruim de passar. Eu não consigo passar com o meu carro. Ou as carretas estacionam de um lado ou de outro. O pior é que eles ficam dos dois lados, nos dois sentidos...isso é péssimo!”, reclama Lúcio.
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura. A informação obtida foi que a Defesa Civil Municipal vem atendendo todas as solicitações da localidade e repassando aos órgãos competentes. E os imóveis que estão abandonados estão marcados para demolição, mas dependem de negociação entre proprietário e Canteiro Social do Estado ou Inea. A secretaria acrescentou ainda que está em contato com o Canteiro Social e tão logo esteja de posse da listagem, a mesma será encaminhada à Secretaria de Obras para as devidas providências.
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