Prefeito anuncia maior fiscalização às retroescavadeiras

terça-feira, 03 de fevereiro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Em seu pronunciamento na última quinta-feira, 29, no lançamento da campanha de ordem urbana que será liderada pelo coronel Hudson de Aguiar Miranda, o prefeito Heródoto Bento de Mello disse que a proposta trata-se de um programa de comportamento: “Nós temos que colocar à mão do povo aquilo que o povo também pode fazer. Temos que concitar a todos, porque arrumar a cidade é importante, a partir desse nosso comportamento”.

Falando sobre o problema do lixo nas principais ruas da cidade, o prefeito disse que é preciso que todos colaborem, não colocando os detritos fora do horário da coleta. “A gente passa na Alberto Braune, a qualquer hora do dia, tem sacolas e caixas jogadas”, lamentou Heródoto, que mencionou ainda a questão do estacionamento no centro da cidade, que tem que ser respeitado. “Vamos fazer o estacionamento pago, não vamos permitir estacionar em fila dupla. Temos que ter ordem de verdade na cidade.” Ele falou ainda da possibilidade, inclusive, de conceder desconto de Imposto sobre Serviços (ISS) para a instalação de novas áreas particulares de estacionamento.

Heródoto ainda falou que outra coisa importante a organizar é com relação aos cartazes, mencionando os grandes painéis publicitários que utilizam as empenas dos prédios, avisando que será determinado um prazo para retirada e, posteriormente, passará a ser cobrado por centímetro quadrado. O prefeito ainda exemplificou com o caso de São Paulo, onde essa forma de publicidade foi praticamente banida e disse que não será permitida. Para Heródoto, os enormes painéis escondem a arquitetura da cidade.

Com relação à Defesa Civil, o prefeito aproveitou para anunciar um decreto em que passa a exigir licença da obra ou qualquer outro serviço em que a máquina retroescavadeira será utilizada para que ela possa circular. “A retroescavadeira é uma verdadeira AR15, porque mata gente em todo canto”, disse o prefeito, ao explicar que “as citadas máquinas são utilizadas indiscriminadamente para cortes de barrancos, o que coloca em risco a vida das pessoas”, justificou o prefeito, acrescentando que cada serviço desses deverá ser controlado pela Coordenação da Defesa Civil.

A ORDEM E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Voltando a destacar os dois valores físicos do município – a Natureza e a própria cidade –, além dos valores éticos, o povo e a história, aos quais vêm se referindo, o prefeito lembrou de sua defesa do município ser um parque, fazendo uma analogia, que neste aspecto também a ordem é importante. “Temos que atuar para preservar a natureza que temos à nossa volta. Não se poderá lotear, mas teremos que destinar as áreas em que poderão ter construções para os próximos 50 anos. Nisto também a norma e o comportamento têm que ser respeitados”.

“Temos que fazer isso para que nossa cidade mude de cara. O meio ambiente exige cuidados especiais. Isso é necessário numa cidade como Nova Friburgo, que é um parque. A ordem é preciso e não custa dinheiro. Com ordem vamos chegar à posição que queremos, de desenvolver nossa cidade como centro cultural e turístico. Não podemos abandonar nossas indústrias, mas o caminho que temos para resgatar a economia da cidade é o turismo. Uma das ideias é dizer que somos um parque”, defendeu o prefeito.

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