Seis vacinas estão em falta ou com estoque baixo em‭ Nova ‬Friburgo

Falta de repasse do governo federal teria causado o problema
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Vacinação contra gripe em Conselheiro Paulino. Maio de 2015 (Foto: Amanda Tinoco)
Vacinação contra gripe em Conselheiro Paulino. Maio de 2015 (Foto: Amanda Tinoco)

Os estoques das unidades de saúde pública estão sem algumas vacinas importantes para a proteção de doenças em crianças e adultos,‭ ‬em Nova Friburgo.‭ ‬A Coordenação de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde informou‭ ‬ontem,‭ ‬21,‭ ‬que há quatro meses falta vacina contra a‭ ‬hepatite A na rede do município.‭ ‬Outras cinco imunizações estão em falta ou com a quantidade de doses insuficientes para um mês.‭ ‬A causa do problema seria a falta de repasses do Ministério da Saúde.

As unidades de saúde‭ ‬também‭ ‬estão sem a vacina DTP,‭ ‬também conhecida como Tríplice Bacteriana,‭ ‬usada para imunização de crianças contra difteria,‭ ‬tétano e coqueluche.‭ ‬No entanto,‭ ‬segundo a Coordenação de Imunização,‭ ‬ela está sendo substituída pela vacina pentavalente,‭ ‬que ainda está disponível na rede.

Falta também a vacina contra a‭ ‬hepatite B,‭ ‬que o bebê deve tomar a primeira dose ao nascer e também quando completar dois e seis meses de vida.‭ ‬Desde outubro,‭ ‬não há vacina contra a‭ ‬hepatite A em postos de saúde de Nova Friburgo.‭ ‬O estoque está sem a Tetraviral‭ (‬sarampo,‭ ‬rubéola e caxumba‭) ‬e a Varicela Monovalente‭ (‬catapora‭) ‬também.

Ontem,‭ ‬21,‭ ‬o município recebeu somente‭ ‬um terço‭ ‬da quantidade necessária para o mês de fevereiro da vacina Dupla Adulto,‭ ‬que protege contra a difteria e o tétano.‭ ‬A primeira parte da vacinação é feita em três doses,‭ ‬com intervalo de dois meses.‭ ‬Geralmente,‭ ‬essas três doses são tomadas na infância. Depois delas,‭ ‬o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. Mas,‭ ‬devido à quantidade insuficiente da vacina,‭ ‬está sendo priorizado,‭ ‬em Nova Friburgo,‭ ‬a aplicação em gestantes,‭ ‬nos postos de saúde,‭ ‬e,‭ ‬em casos de acidente,‭ ‬no Hospital Municipal Raul Sertã.

O município também não recebeu a quantidade suficiente da vacina antirrábica,‭ ‬e ainda falta o soro,‭ ‬que juntos são necessários para a proteção de quem‭ ‬foi mordido por animais que podem‭ ‬transmitir a raiva‭ ‬-‭ ‬como cachorros,‭ ‬gatos,‭ ‬morcegos e macacos.‭ ‬A pessoa atacada pelo animal tem que tomar o soro na hora e não pode esperar mais de uma semana para a primeira dose de vacina contra a doença.‭ ‬A raiva mata em quase‭ ‬100%‭ ‬dos casos.‭ ‬O paciente tem febre,‭ ‬dores musculares,‭ ‬irritabilidade,‭ ‬dificuldades para comer e espasmos musculares.‭

A VOZ DA SERRA‭ ‬solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre a falta‭  ‬de vacinas na cidade,‭ ‬mas o órgão não respondeu o e-mail até o fechamento desta edição.

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