Muitos moradores de áreas de risco ficaram temerosos no último fim de semana com a possibilidade de reviverem o pesadelo da tragédia de 2011. Na noite de sexta-feira, 15, e na manhã de sábado, 16, as sirenes de alerta-alarme foram acionadas orientando a população sobre a possibilidade de ocorrerem deslizamentos devido à quantidade de chuva, que embora de fraca intensidade era contínua, encharcou o solo, tornando-o mais propício a escorregamentos.
Segundo a Defesa Civil foram registrados mais de 160 milímetros de chuva nos últimos dias, uma intensidade muito além da prevista. O fenômeno ocorreu devido ao calor intenso que antecedeu as chuvas, facilitando um acúmulo de nuvens. A previsão é que o mau tempo prossiga, pelo menos, até amanhã, 20.
Ainda na tarde de sábado, 16, também foram enviadas mensagens nas sirenes informando a possibilidade de chuvas fortes na região. Nas redes sociais, as informações sobre o mau tempo e a possibilidade de deslizamentos foram a tônica das postagens — muitas delas com publicações de fotografias de deslizamentos e enchentes em outros municípios, o que contribuiu para deixar muitos moradores das áreas de risco bastante apreensivos.
O secretário municipal de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori, enfatizou ontem, 18, que a população deve confiar somente nas informações oficiais enviadas pelo próprio órgão através de mensagens via celular ou comunicados nos órgãos de imprensa locais e, no caso de dúvidas, buscar informações na própria Defesa Civil através do telefone de emergência 199 ou na prefeitura. Segundo ele, o uso das redes sociais é bem-vindo, sempre que utilizado corretamente.
As chuvas do fim de semana causaram estragos pelo município. Em São Lourenço, distrito de Campo do Coelho, um barranco de 30 metros de altura deslizou destruindo uma escola municipal e um posto de saúde. A avalanche espalhou destroços pela estrada atingindo uma casa na outra margem. Um casal se feriu no deslizamento e precisou ser socorrido. No distrito de Conselheiro Paulino, algumas casas foram interditadas e as famílias encaminhadas para casas de parentes e amigos.
No Parque Maria Tereza, houve deslizamentos e uma barreira interditou a estrada que liga Riograndina a Banquete, em Bom Jardim. A Defesa Civil registrou ainda mais de 40 quedas de muros e taludes. Em diversos bairros e no Centro, ruas ficaram alagadas. O leito dos rios subiram e, no Jardim Califórnia, o Rio Córrego Dantas transbordou.
Na Via Expressa, o tráfego foi interrompido no sábado devido ao excesso de lama na pista. No domingo, 17, a RJ-116 foi interditada no quilômetro 67, em Debossan, devido à queda de uma árvore.
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