Radar — 09/01/2016

sexta-feira, 08 de janeiro de 2016

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o último mês de 2015 com variação de 0,96%, resultado 0,05 ponto percentual acima da taxa de novembro (1,01%). Com o número de dezembro, o IPCA de 2015 encerrou os 12 meses do ano com alta acumulada de 10,67%, resultado 4,16 ponto percentual acima do teto da meta inflacionária fixada pelo Banco Central, de 6,5%. A taxa de 2015 é a maior desde 2002, quando atingiu 12,53%. Os dados relativos ao IPCA foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a desaceleração de novembro para dezembro, a taxa do último mês de 2015 foi a mais alta para o mês de dezembro desde os 2,1% de dezembro de 2002. Em dezembro de 2014, ela chegou a 0,78%.

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A produção da indústria eletroeletrônica no país caiu 20,6% em 2015 em comparação ao ano anterior. Houve redução de 29,7% nas atividades da indústria eletrônica e de 11,4%, na elétrica. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), levam em conta o acumulado de janeiro até novembro. A expectativa da entidade é que, no ano fechado, até dezembro, a queda seja de 20%.

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As micro e pequenas empresas que precisarem financiar o pagamento de tributos podem contratar empréstimos do Banco do Brasil até o fim de março. A instituição reabriu a linha de crédito para as empresas do segmento, que também financia a compra de matérias primas e oportunidades de negócios. De acordo com o BB, a reabertura da linha atende à demanda dos empresários, principalmente comerciantes, que precisam de recursos para quitar os tributos incidentes no início do ano. O financiamento tem 24 parcelas, sendo que a primeira prestação pode começar a ser paga somente três meses após a contratação. A linha tem juros equivalentes à Taxa Referencial (TR) mais 2,51% ao mês. Para ter acesso ao empréstimo, a empresa precisa ser correntista do BB e ter cadastro e limite de crédito analisados.

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O agravamento da crise financeira no estado do Rio de Janeiro levou a Secretaria Estadual de Agricultura a dar continuidade ao esforço de redução de despesas iniciado no ano passado, informou o secretário da pasta, Christino Áureo. Há intenção de alugar imóveis que não estejam sendo utilizados e mesmo vendê-los à iniciativa privada. Christino Áureo ressaltou que, em função das atividades de fomento, pesquisa e inspeção, a secretaria tem imóveis espalhados por todo o estado e pretende otimizar ao máximo esses espaços. “No município onde tenhamos representação da secretaria, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RJ) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Pesagro), a ideia é juntar tudo em um único imóvel.” Os demais imóveis que não estiverem em uso serão oferecidos para o setor privado, visando a geração de receitas.

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Já está em vigor o decreto que estabelece incentivos para a participação de micro e pequenas empresas, microempreendedores individuais, agricultores familiares e cooperativas de consumo nas compras públicas. A legislação, que passou a valer Na última quarta-feira, 6, prevê prioridade para o setor nas compras feitas por órgãos e autarquias da administração federal direta e indireta. O decreto determina exclusividade para micro e pequenos empresários em contratações de até R$ 80 mil. Além disso, permite a criação de um lote específico para as empresas pequenas dentro de licitações de valor maior.

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Pela 15ª vez seguida, os juros aumentaram em dezembro de 2015, atingindo os maiores índices médios desde o início de 2009. Para as pessoas físicas, a taxa subiu 1,75% no mês e 2,54% em 12 meses com o índice passando de 7,43% e 136,32% ao ano, em novembro, para 7,56% ao mês e 139,78% ao ano, em dezembro. A pesquisa - feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) - mostra avanços em todas as seis modalidades de crédito: comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras.

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 O maior aumento foi verificado no cartão de crédito. Quem rolou a dívida com o cartão de crédito pagou juros de 14,35% ao mês e 399,84% ao ano. O segundo custo mais caro foi o cheque especial com alta de 1,89%. O correntista pagou uma correção média de 10,76% ao mês e de 240,88% ao ano. O índice é o maior desde setembro de 1999. Já no empréstimo pessoal junto aos bancos o custo subiu 1,38% com a taxa de 4,4% ao mês e 67,65% ao ano, a maior desde setembro de 2011.

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