Até o fim de janeiro todas as residências de Nova Friburgo serão vistoriadas por uma força-tarefa, integrada por agentes de endemias e voluntários para o combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, este último apontado como causador de microcefalia em bebês. A meta ambiciosa foi anunciada durante a primeira reunião do gabinete de crise, formado por representantes das secretarias municipais de Saúde e Defesa Civil.
A ação da Prefeitura de Nova Friburgo segue o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, do Ministério da Saúde, e a campanha “Dez minutos salvam vidas”, instituída pelo governo estadual. O objetivo é intensificar o combate aos focos do mosquito no período com maior incidência, que ocorre nos meses de março, abril e maio.
“Vamos contar com a ajuda de 30 agentes da Vigilância Sanitária, 60 agentes da Defesa Civil, além do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Tiro de Guerra e outras instituições”, detalhou o secretário de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori. Além dele, participaram do encontro o subsecretário Robson Teixeira, o gerente Hamilton Tuller e a subsecretária de Vigilância em Saúde, Fabíola Braz Penna.
Segundo o plano municipal, serão realizadas ações integradas para intensificar a campanha nacional de combate ao mosquito de dezembro de 2015 a junho de 2016 na cidade.
Todos os domicílios em instalações públicas e privadas urbanas deverão ser inspecionados até 31 de janeiro. Serão realizadas também vistorias mensais nos imóveis até fevereiro, e inspeções bimestrais, de março a junho, pela equipe que compõe a força-tarefa.
Casos de zika sobem 26,5% no estado
Na última terça-feira, 29, o Ministério da Saúde divulgou, novo boletim epidemiológico que destacou o aumento de 26,5% no número de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus no estado do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, a quantidade de notificações subiu de 82 para 103 casos em relação ao último balanço feito na semana passada. A quantidade de municípios fluminenses com registros da doença também aumentou de 18 para 19 cidades. Nenhum caso foi registrado em Nova Friburgo.
Até o último sábado, 26, foram registrados no país 2.975 casos de microcefalia associados ao zika vírus em 656 municípios de 20 estados. O número corresponde a um aumento de cerca de 7% em relação ao último informe divulgado pelo Ministério da Saúde. Além disso, 40 mortes supostamente ligadas à doença estão sob investigação.
Os bebês diagnosticados com malformação no cérebro nascem com a cabeça menor e, em alguns casos, apresentam retardo mental. Os sintomas do zika vírus são manchas vermelhas na pele, febre, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e na cabeça. Em alguns casos, entretanto, a doença é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sinais típicos.
O Ministério da Saúde orienta que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, além de se protegerem da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes. Também faz parte destas orientações o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.
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