Radar — 29/12/2015

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Empresários do setor industrial encerram o ano mais desanimados do que em 2014. No entanto, em relação a novembro último, houve melhora no humor sobre as possibilidades de bons negócios no primeiro semestre do próximo ano. É o que revela pesquisa sobre o Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), que subiu 1,1 ponto em dezembro, passando de 74,8 para 75,9 pontos. Em relação a dezembro do ano passado, o resultado indica queda de 10,7%. A percepção do empresariado sobre os rumos da economia tem oscilado entre altas e baixas no segundo semestre. Em outubro último, havia apresentado elevação de 3,1 pontos, seguindo-se um recuo de 1,4 ponto em novembro.

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As empresas inativas têm que apresentar declaração à Receita Federal. As empresas que permaneceram inativas durante todo o ano-calendário 2015 devem entregar a Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica (DSPJ) Inativa 2016 entre os dias 2 de janeiro e 31 de março do próximo ano. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que permanecerem inativas durante o período de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2015 ficam dispensadas da apresentação da DSPJ Inativa 2016, devendo cumprir as obrigações previstas na legislação específica.

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Uma mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o número de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez. Serviços como o de TV por assinatura e telefonia fixa também tiveram sua primeira queda no número de usuários, motivada pela crise econômica. No entanto, os serviços de internet fixa e móvel, especialmente na tecnologia 4G, tiveram forte expansão no ano. O setor de telefonia celular, que vinha crescendo a cada mês, apresentou uma queda de 2,8% no número de linhas ativas neste ano. Em janeiro, havia 281,7 milhões de linhas ativas no país e, em outubro (número mais recente da Anatel), o número havia caído para 273,8 milhões. A tendência de queda na telefonia celular era esperada só para daqui a dois ou três anos pelos agentes do setor, mas começou a ocorrer em junho deste ano. Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de dez milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%.

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As vendas no período do Natal nos shopping centers brasileiros caíram 1% em 2015, já descontada a inflação, se comparadas com as do mesmo período do ano passado. O recuo é o maior registrado nos últimos dez anos. O levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) não informa os valores das vendas do período natalino, apenas a variação em relação a 2014. As vendas registradas durante todo o ano de 2015 nos centros comerciais, no entanto, superaram as de 2014 em 1,07%: totalizaram R$ 145 bilhões, ante R$ 143,47 bilhões no ano passado. Descontada a inflação, porém, as vendas foram de R$ 130,5 bilhões, uma queda de 2,82% no ano em relação a 2014, o maior recuo da última década. No entanto, considerado os valores deflacionados, as vendas de 2015, nos últimos dez anos, só não foram maiores que as de 2014 (R$ 134,29 bilhões).

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De acordo com a Alshop, os resultados foram influenciados pela dificuldade de obtenção de crédito, associado a período de aumento de juros; elevação do dólar, o que gerou aumento de preços em vários segmentos; a alta do desemprego, da inflação e a insegurança em relação às medidas econômicas adotadas. “Para 2016, de acordo com os dados que temos, as vendas no primeiro semestre deverão ser iguais às do primeiro semestre de 2015, o que será considerado um resultado bom”, informou a diretoria de relações institucionais de Alshop.

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Um grupo de governadores aliados do governo federal e da oposição reuniu-se ontem, 28, em Brasília, para elaborar uma agenda econômica comum contra o desequilíbrio orçamentário. O documento será entregue ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Treze governadores de cinco partidos haviam confirmado presença na reunião: os tucanos Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), os petistas Wellington Dias (PI), Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Fernando Pimentel (MG), os peemedebistas Luiz Fernando Pezão (RJ), Renan Filho (AL), Marcelo Miranda (TO) e Jackson Barreto (SE), Flávio Dino (MA), do PCdoB, além de Paulo Câmara (PE) e Rollemberg, ambos do PSB. Eles pretendem discutir a adoção de uma pauta conjunta para a retomada dos investimentos e a forma de pagamento das dívidas dos estados. Com dificuldade para fechar as contas, a maioria dos governadores têm adotado a mesma estratégia do governo federal: aumento de impostos e redução de investimentos. Quatro estados (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins) adiaram para 2016 o pagamento do 13º salário dos funcionários públicos.

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