Radar — 23/12/2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A Dívida Pública Federal (DPF) teve, em novembro de 2015, aumento de 2,66%, em comparação ao mês anterior. A dívida subiu de R$ 2,646 trilhões para R$ 2,716 trilhões. Os dados foram divulgados ontem, 22, pelo Tesouro Nacional. O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta (com destinação específica). No mês passado, as emissões da DPF corresponderam a R$ 54,82 bilhões, enquanto os resgates foram

R$ 12,37 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 42,45 bilhões. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, o governo estima a dívida pública federal,em 2015 entre R$ 2,650 trilhões e R$ 2,8 trilhões.

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O Indicador Expectativa do Consumidor subiu, desde o início do ano, 3,8 pontos percentuais, chegando a 11% em dezembro, com alta de 0,9 ponto percentual em relação a novembro e atingindo novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005. Em janeiro, a expectativa de inflação era 7,4%. Divulgado ontem, 22, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador mostra inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes. Na avaliação de economistas, a alta é reflexo do resultado do IPCA de 2015, a inflação oficial do país fechou o ano com elevação de 10,71%, o resultado mais elevado desde os 11,99% de dezembro de 2012.

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A proposta de reforma da Previdência, que introduz uma idade mínima para a aposentadoria, será enviada ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre do próximo ano, informou o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em discurso durante a transmissão de cargo. Ele reiterou que está comprometido com o ajuste fiscal e prometeu discutir a criação, no médio prazo, de um teto para as despesas públicas. “Nos últimos meses, já vimos trabalhando na construção de uma reforma da Previdência, nosso principal gasto primário. Estamos com os problemas mapeados. Esperamos enviar proposta ainda no primeiro semestre”, declarou o ministro.

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No discurso de despedida, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy disse que trabalhou para restabelecer ideias e práticas de transparência e de controle fiscal que haviam sido enfraquecidas e, por vezes, abandonadas nos últimos anos. “Trabalhamos [eu e minha equipe] para aumentar a transparência e valorizar a impessoalidade que deve guiar o poder público”. Ao fazer um rápido balanço da gestão, Levy citou a reestruturação do Conselho de Administração de Recursos Federais (Carf), após investigação da Operação Zelotes da Polícia Federal, e os trabalhos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para aumentar a eficácia na cobrança da dívida ativa da União.

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A alta do dólar e a queda da atividade econômica devem levar à redução do déficit das contas externas do Brasil. O Banco Central (BC) espera que o saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e as transferências de renda do país com o mundo, caia de US$ 62 bilhões ou 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, para US$ 41 bilhões (2,66% do PIB), em 2016. Com a alta do dólar e a menor renda, os brasileiros também estão viajando menos menos ao exterior. De janeiro a novembro, os gastos de brasileiros em viagens fora do país ficaram em US$ 16,112 bilhões contra US$ 23,411 bilhões, registrados em igual período de 2014.

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Em meio a protestos e tumultos nas galerias, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou anteontem, 21, em duas votações, a lei orçamentária do estado para 2016. O orçamento total previsto para o próximo ano é de aproximadamente R$ 80 bilhões. Estudantes e servidores protestavam contra a previsão de corte de 16% das verbas para as universidades estaduais.

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Em 2016, o Rio de Janeiro vai ser a capital da produção rural. Entre os dias 20 e 22 de maio, o Jockey Club da Gávea será transformado em uma propriedade agrícola e vai mostrar toda a diversidade e a qualidade da produção agropecuária e da agroindústria fluminense. O Rio Rural 2016 – iniciativa da Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), com o apoio da Secretaria de Agricultura e do Banco do Brasil – visa promover o setor junto aos consumidores urbanos e empresas de atacado e varejo. De acordo com o secretário de Agricultura, Christino Áureo, quase 60% dos municípios do Rio de Janeiro não têm suas economias baseadas no petróleo, turismo e não estão na Região Metropolitana. Suas vocações estão associadas diretamente à capacidade produtiva do setor primário, segmento que vem se desenvolvendo no estado com a agregação de tecnologia e produção de qualidade.

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