Massimo — 09/12/2015

quarta-feira, 09 de dezembro de 2015

X da questão (1)

O presidente da Câmara Municipal, vereador Marcio Damazio, abriu as portas de seu gabinete para que pudessem se reunir, na tarde de ontem, 8, os secretários de Saúde, Rafael Tavares, e Finanças, Juvenal Condack, além de representações do Banco do Brasil, do Sebrae, e 13 vereadores, incluindo ele próprio.

O objetivo? Convencer o Legislativo a respeito dos benefícios de autorizar o município a assegurar o crédito de R$ 12 milhões junto ao Banco do Brasil através do subprograma BNDES Pmat, para investimento na gestão da Saúde.

X da questão (2)

O colunista acompanhou a reunião - ou, ao menos, as primeiras duas horas dela. E saiu de lá com a impressão de que o governo fez o dever de casa e levou bons argumentos para o encontro, defendendo, inclusive, que tal investimento poderia ser recuperado em apenas um ano, tanto no corte de desperdícios quanto no aumento de receita, através da redução do número de serviços prestados e não faturados.

Ainda assim, a aprovação do anteprojeto de lei não está garantida.

Mas, por quê?

X da questão (3)

A palavra chave tem de ser credibilidade.

Para alguns vereadores - e não dá para dizer que seja totalmente sem motivo - ouvir tais promessas às vésperas de um ano eleitoral, em meio a declarações de que o investimento é justamente necessário porque a administração é falha, muito falha, soa como passar um cheque em branco, deixando possíveis dívidas para administrações futuras.

X da questão (4)

Na opinião deste colunista, portanto, para que o governo consiga aprovar o projeto - que parece mesmo muito bom - não bastará apresentar bons argumentos, mas sobretudo convencer os parlamentares mais ressabiados de que a iniciativa é séria, bem amarrada, e não irá se prestar a qualquer finalidade que não esteja inicialmente prevista.

Possivelmente, neste sentido, a página 14 da cartilha do programa - justamente a que lista quais são os investimentos permitidos - venha a ser incorporada ao projeto.

A conferir.

Natal formal

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, Braulio Rezende, manifestou ao prefeito Rogério Cabral sua indignação com o aumento no número de camelôs nas ruas do Centro, especialmente nos fins de semana e ao redor das praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas.

De acordo com Braulio os ambulantes “fazem concorrência desleal ao comércio estabelecido e dão aspecto desordenado às calçadas da cidade”.

Falando sério

A situação muitas vezes seria mesmo cômica, se não fosse séria.

Não são raras as vezes, por exemplo, em que ao circular nas proximidades da Praça Dermeval Barbosa Moreira o pedestre é abordado por vendedores ambulantes que, cientes de sua condição irregular, anunciam em voz baixa seus produtos, quase como se quisessem ser vistos sem ser vistos, entende?

De fato, não é justo com quem paga seus impostos.

Remediar (1)

Moradores do Tingly procuraram o Massimo para relatar o que ocorreu com o campinho do bairro, lamentavelmente o único ponto de lazer da comunidade, próximo às 9h da manhã de segunda-feira, 7.

“Há muito tempo nós temos pedido ajuda à administração municipal, informando que a tubulação abaixo do campinho dava sinais claros de que iria ceder. Infelizmente nada foi feito, e o que estava escrito acabou acontecendo, prejudicando seriamente a casa de um morador, localizada abaixo do nível da rua. Por sorte ninguém estava jogando bola quando aconteceu o movimento de terra.”

Remediar (2)

“É verdade que rapidamente o local foi atendido, e os problemas estão aparentemente sendo resolvidos. Mas a pergunta que nós fazemos é: por que não fizeram isso antes? O bairro precisa de mais atenção. O campinho nunca teve a menor proteção, as crianças atravessam a estrada toda hora para pegar as bolas, e nós mesmos tínhamos que fazer a manutenção do lugar.”

Prevenir

A sabedoria popular diz que é sempre melhor prevenir do que remediar.

Assim, se os órgãos responsáveis tiverem interesse em evitar alguns prejuízos anunciados (afinal, nesses casos não daria para chamar de acidente), seguem algumas dicas e reivindicações de baixo custo.

Reivindicações (1)

Além de ser restaurado, o campinho precisa urgentemente de uma tela de proteção em relação à estrada.

Não dá para esperar que um jovem seja atropelado para que esta medida seja tomada.

Reivindicações (2)

Diversos animais circulam pela estrada. Além do prejuízo ambiental que suas mortes acarretam (o colunista, não faz muito tempo, viu um tatu atravessar a pista ali), essa situação também pode causar acidentes.

Quanto será que custa a construção de uma travessia segura para os irmãos de quatro patas?

E a população, por que não protege melhor suas galinhas, por exemplo?

Reivindicações (3)

A fiação elétrica está em contato com os galhos de uma árvore às margens da estrada, em frente ao número 402. E, quando chove, voam muitas faíscas deste ponto de atrito.

“Quando telefonamos para a concessionária de energia eles fazem a poda, mas dizem que não podem dar uma solução definitiva por ser uma responsabilidade do Ibama. E quando ligamos para o Ibama eles alegam que precisam que a concessionária faça o corte da energia, para que eles próprios possam cortar a árvore. Nunca conseguimos falar com os dois órgãos ao mesmo tempo.”

Aliás...

Cá entre nós, quem está no lugar errado é a fiação, não a árvore.

O certo, de verdade, seria esta fiação estar debaixo da terra.

Mas, por alguma razão, parece quem Nova Friburgo, de uns bons anos para cá, tornou-se crime pensar grande e sonhar alto...

Barrigão (1)

Apelidado por ter os pés grandes, nosso governador tem se comportado ultimamente como outro personagem, curiosamente também conhecido pela fartura de parte de sua anatomia: O Sr. Barriga, do seriado Chaves.

Sim, aquele mesmo, que estava sempre cobrando o aluguel.

Barrigão (2)

Com os cofres do Palácio Guanabara tão vazios quanto a cabeça de quem defende a volta da ditadura, resta ao governador estender a mão e cobrar a quem lhe deve.

E, pelo visto, não são poucos não.

De acordo com nota divulgada pelo núcleo de imprensa do Palácio Guanabara, empresas devem R$ 28 bilhões ao estado.

Barrigão (3)

“Em reunião na última sexta-feira, 4, com representantes do setor empresarial na Associação Comercial do Rio de Janeiro, o governador Luiz Fernando Pezão revelou que chega a R$ 28 bilhões os débitos declarados e não pagos, além de autos de infração, das empresas com o estado nos últimos quatro anos. De acordo com o governador, a inadimplência provocou a queda na arrecadação estadual.”

Barrigão (4)

“Pezão fez um apelo para que os contribuintes inadimplentes regularizem sua situação com o fisco estadual, destacando que sancionou, esta semana, uma lei que facilita a quitação para débitos abaixo de R$ 10 milhões. As condições oferecidas são atraentes: para pagamentos à vista, haverá desconto de 100% de juros e multas. Aqueles que optarem pela quitação a prazo poderão parcelar em até 60 meses, com 80% de descontos em juros e multas.”

Barrigão (5)

O governador disse ainda que já foram aprovadas 12 leis para facilitar para o empresário a recolher esses impostos, e que a crise do estado está sendo provocada pela intensa desaceleração da economia brasileira, a queda no preço do barril do petróleo (de US$ 115 para US$ 42) e a redução dos royalties.

Barrigão (6)

A título de exemplo, a arrecadação de ICMS em 2015 será R$ 6 bilhões abaixo do previsto.

Somente no mês de outubro, houve uma queda de 16% na arrecadação.

Outras informações para quem quiser aproveitar a oportunidade de quitar as dívidas com o estado podem ser obtidas no site da Secretaria de Estado de Fazenda: http://www.fazenda.rj.gov.br/

 

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