Na quarta-feira, 12, A VOZ DA SERRA publicou reportagem sobre a poda dos brotos que nasceram nas dezenas de troncos cortados dos eucaliptos da Praça Getúlio Vargas, realizada por uma equipe da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, responsável pela limpeza e manejo da praça, para reduzir o tamanho dos arbustos. A ação provocou a reação de um ativista do movimento Abraço às Árvores - SOS Praça Getúlio Vargas, que questionou a legalidade do serviço, pois um Termo de Ajustamento de Conduta acordado entre o Ministério Público Federal e a Prefeitura de Nova Friburgo determinou que qualquer intervenção nas árvores deve ser realizada somente em situações emergenciais e com acompanhamento de um técnico.
Em nota, a Prefeitura informou após o fechamento da reportagem que se tratou de um equívoco de um funcionário: “Havia uma equipe fazendo a limpeza da Praça Getúlio Vargas quando um dos funcionários, por engano, podou os brotos de um toco. No entanto, ao ser informada, a secretaria imediatamente suspendeu o trabalho, já que, como citado, a poda somente será feita em casos emergenciais”.
O Ministério Público também emitiu nota sobre o ocorrido, afirmando que não houve irregularidade na ação: "Em vistoria realizada por técnico do MPF/Nova Friburgo nesta sexta-feira, 13, não foi identificada irregularidade em podas realizadas em brotos de árvores na Praça Getúlio Vargas. O TAC firmado entre MPF e o Município autoriza a realização de podas, desde que atendidas normas técnicas e de segurança de trabalho, de acordo com a natureza do serviço. No caso de eucaliptos já cortados, o projeto de requalificação elaborado pelo IPHAN e o TAC preveem sua substituição integral por árvores novas. O MPF informa, também, que tem reunião agendada com a Prefeitura e o IPHAN para a próxima semana. Estão na pauta da reunião o cronograma para início das obras de restauração integral da Praça Getúlio Vargas e o cumprimento de medidas compensatórias previstas no TAC, cujo retardamento pode gerar multas aos gestores municipais. Para o MPF, o estado atual de deterioração da Praça é inaceitável porque viola o patrimônio histórico-artístico nacional. Somente com a restauração completa do espaço público o tombamento federal será respeitado."
Deixe o seu comentário