Radar — 13/11/2015

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O pagamento do décimo terceiro salário deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 173 bilhões até dezembro de 2015, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2014, foram R$ 158 bilhões. O valor representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Dieese, aproximadamente 84,4 milhões de brasileiros devem receber o décimo terceiro salário este ano, o que irá significar renda extra de R$ 1.924.

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A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou projeto que extingue a cobrança de “roaming” em ligações de celular. O valor, pago pelo consumidor quando ele está fora da área para a qual o aparelho foi habilitado, também é chamado de tarifa de deslocamento. O relator da proposta, senador Walter Pinheiro (PT-BA), defendeu a iniciativa como uma forma de baratear as tarifas telefônicas. “Aqui no Brasil, o minuto do celular é um dos mais caros do mundo, principalmente para a camada da população que mais utiliza o celular", afirmou.

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O balanço dos últimos 12 meses mostra que o Brasil avançou em alguns pontos e retrocedeu em muitos aspectos da agenda da indústria. A avaliação foi feita pelo diretor de Políticas e Estratégias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, na quarta-feira.  “Foi um ano difícil para a indústria e um ano terrível para a indústria de transformação”, destacou Fernandes durante o 10° Encontro Nacional da Indústria (ENAI). Ele apresentou uma avaliação do andamento das propostas feitas na Carta da Indústria de 2014, assinada pelos empresários que participaram do ENAI no ano passado. A carta apresentava a visão da indústria na questão tributária, nas relações do trabalho, na infraestrutura, nas políticas fiscal e comercial.

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A Presidência da República encaminhou para avaliação do Congresso Nacional quatro acordos para o troca de informações tributárias celebrados com Uruguai, Jersey, Guernsey e Ilhas Cayman, e um protocolo para ampliar e atualizar o intercâmbio de dados previsto no acordo para evitar a dupla tributação com a Índia.  Isso vai ajudar o Brasil a evitar a evasão fiscal, ou seja, forma de driblar de pagamento de tributos ou taxas. Depois de ratificados, esses acordos permitirão ao Brasil obter informações sobre ativos financeiros mantidos e rendimentos auferidos nesses países, para averiguar o cumprimento das obrigações tributárias por contribuintes brasileiros.

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O indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE) caiu 5% em relação a julho passado, mantendo-se em nível inferior à média histórica pelo 10º. trimestre consecutivo. O ICE Mundial também recuou no trimestre (-7%), ficando abaixo da média pela primeira vez desde outubro de 2012. Na América Latina, a queda no clima econômico foi determinada pela piora das expectativas, já que a avaliação da situação atual da economia ficou estável em relação a julho. Ao nível mundial, houve queda dos dois indicadores.

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A sondagem de outubro consultou os especialistas acerca dos principais fatores que vêm limitando o crescimento econômico do país. A tabela mostra, em ordem decrescente de importância, os problemas citados como relevantes: falta de competitividade internacional foi o problema mais citado (10 países), seguido de falta de confiança na política do governo (7 países), falta de mão de obra qualificada (6 países), inflação (5 países), déficit público (5 países), falta de capital (3 países), demanda insuficiente (2 países), desemprego (2 países), barreiras às exportações (2 países) e dívida externa (2 países). O país com o maior número de fatores limitativos ao crescimento é a Venezuela, seguida da Argentina, Equador, Brasil, Chile,  Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia  e México.

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