O NÚMERO de atendimentos do Corpo de Bombeiros em Nova Friburgo está aumentando progressivamente. Hoje, uma média de 15 saídas diárias é apontada pela guarnição. Dentre os atendimentos, certamente estão aqueles para atender chamados de fogo na mata. E já foram mais de 100 apenas neste mês de outubro. Isto sem considerar a crise hídrica no Sudeste, inclusive na cidade, com consequências preocupantes para a economia, como vimos na reportagem publicada na edição deste jornal no último fim de semana,
TRADICIONALMENTE a primavera acumula a seca que persiste na região por meses. É a época que, somada à rotina da cidade e do trânsito, aumenta significativamente o serviço dos bombeiros. Incêndios são praticados muitas vezes de forma criminosa, com finalidades diversas, e transtornam a vida das comunidades. Na cidade e no campo, as fumaças fazem parte do cenário friburguense.
AS QUEIMADAS ocorridas deixaram muitos ensinamentos sob as cinzas das matas atingidas e a falta de atenção das autoridades à importante questão ambiental do município é um deles. Por motivos diversos, o município não possui uma estrutura que atenda não apenas a cidade, mas de proteção florestal para vigiar o imenso cinturão verde que nos cerca. A Mata Atlântica é um patrimônio natural público e precisa da proteção do Estado para sobreviver.
A GESTÃO ambiental não se resume a atividades burocráticas. Requer o envolvimento com a imensa teia de entidades e colaboradores que formam o suporte das políticas ambientais. Nova Friburgo não depende simplesmente da fiscalização pública para agir.
A CADA MANDATO os governantes aprimoram a gestão ambiental, integrada com a iniciativa privada e a sociedade em geral, gerando mais práticas de preservação. O patrimônio verde de Nova Friburgo, além de sua importância para o ecossistema, significa também uma fonte de renda para o turismo e tem influência em nossa economia.
OS PRETENDENTES a cargos eletivos em 2016 podem, e devem, assumir compromissos com a gestão dos recursos naturais, de forma a torná-los relevantes para o desenvolvimento do município. Por enquanto, infelizmente, o assunto só ganha relevância quando a seca predomina, as queimadas devastam as matas ou as chuvas destroem casas e tiram vidas. É preciso proteger o cidadão, sem se descuidar dessa enorme riqueza ao nosso alcance.
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