A paralisação dos bancários começou há uma semana e, segundo o sindicato, ainda não tem previsão para acabar. Por causa disso, nesta terça-feira, 13, logo após o feriado prolongado, havia filas grandes nas lotéricas do centro da cidade e nos caixas eletrônicos das agências bancárias. De acordo com o Sindicato dos Bancários, em todo o país são 10.818 agências e centros administrativos em greve. Em Nova Friburgo, todas as 21 agências aderiram ao movimento.
Dentre as principais reivindicações da categoria está o reajuste salarial de 16%. No último dia 25 de setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegou a propor um aumento de apenas 5,5%, mas não foi aceito. “A oferta da Federação está 4% abaixo da inflação. Para se ter ideia, se aceitássemos o que foi proposto estaríamos perdendo o aumento que conquistamos no ano passado, não faz sentido”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e de outras 11 cidades da região, Max Bezerra, em matéria publicada no dia 7 deste mês.
De acordo com o sindicalista Eduardo Marchetti, desde a última rodada de propostas não houve avanços na negociação, por isso, ainda não há previsão para que a greve tenha fim. Ainda segundo ele, os clientes que não têm conseguido solucionar problemas nos caixas eletrônicos ou correspondentes bancários estão tendo atendimento emergencial. “Estamos aqui em frente às agências, todos os dias úteis, para orientar os clientes e realizar atendimentos de urgência”, disse Eduardo.
Além do reajuste salarial, os bancários reivindicam a maior participação nos lucros e resultados, mais contratações sem demissões, redução de juros e tarifas, ajuste nos vales-alimentação, refeição, cesta e auxílio-creche/babá e melhorias nas condições de trabalho e segurança. Os clientes que precisarem realizar transações bancárias neste período devem utilizar os serviços de autoatendimento dos caixas eletrônicos ou internet banking. Já para o pagamento de contas, os usuários deverão recorrer às casas lotéricas e estabelecimentos que funcionam como correspondentes bancários, como as Casas Bahia e o Correios.
No ano passado, a paralisação da categoria durou uma semana. Os sindicatos pleiteavam 12,5% de reajuste geral, mas concordaram com os 8,5% propostos pela Fenaban. Além disso, os bancários conquistaram um aumento de 9% no piso salarial, 12,2% no vale-refeição e avanços nas cláusulas sociais.
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