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Radar — 14/10/2015
Dados divulgados na semana passada pelo Ibope revelam que, desde março de 1999, os brasileiros não estão tão descontentes com a vida. O Índice de Satisfação com a Vida caiu 1,8% em setembro na comparação com junho e alcança 93,9 pontos, o nível mais baixo dos últimos 16 anos, quando o indicador começou a ser calculado. O índice é 9,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2014. A maior queda do índice ocorre entre as pessoas cuja renda familiar é menor. Entre os que recebem até um salário mínimo, a satisfação com a vida cai 13,5%. Já na parcela da população que ganha mais de cinco salários mínimos, o indicador recua 3,9% em setembro frente a igual mês do ano passado.
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O Índice do Medo do Desemprego também apurado pelo Ibope teve nova alta em setembro. Sobe 1,7% em relação a junho e aumenta 37,5% na comparação com setembro de 2014. O medo do desemprego, que fica em 105,9 pontos, é o maior desde setembro de 1999. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
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O grupo Volkswagen, envolvido na manipulação dos testes de emissões poluentes, anunciou ontem que vai reduzir em 1 bilhão de euros por ano os investimentos previstos para a marca Volkswagen. Em comunicado, o novo responsável da marca Volkswagen, Herbert Diess, anunciou que o programa de poupança em curso será executado de forma mais rápida. O grupo Volkswagen, por meio do presidente executivo do grupo, Mathias Muller, tinha informado na semana passada que os investimentos previstos de 86 bilhões de euros até 2020 seriam analisados e alguns, congelados ou adiados. Herbert Diess adiantou ainda nesta terça-feira uma nova reorientação estratégica da marca, com uma aposta clara nos veículos elétricos e uma nova estratégia para os motores a diesel, o foco do escândalo. "A marca Volkswagen vai se reposicionar para o futuro, tornando-se mais eficiente, oferecendo à gama de produtos novas tecnologias, acelerando o programa de eficiência", acrescentou.
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A inflação que mede o consumo de famílias formadas majoritariamente por pessoas com mais de 60 anos registrou desaceleração de um trimestre para outro. A constatação é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou ontem o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i). O indicador registrou, no terceiro trimestre de 2015, variação de 1,23%, o que elevou o IPC-3i acumulado nos últimos 12 meses para 10,21%. Apesar da alta, a FGV apurou que na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2015, a taxa do IPC-3i registrou decréscimo de 1,23 ponto percentual, ao passar de 2,46% para 1,23%. Segundo os dados apurados pela FGV, sete das oito classes de despesa que compõem o índice registraram variação menor.
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A Serasa Experian, o maior banco de dados de crédito do país, vai suspender a divulgação de informações (indicadores econômicos e pesquisas) que usam como base o cadastro de devedores da empresa e são usadas pelo mercado para estabelecer políticas de crédito e tomar decisões de negócios. A suspensão dos indicadores é por tempo indeterminado e ocorre em razão da lei paulista que obriga o envio de carta com aviso de recebimento (AR) para a pessoa com dívida em atraso, antes de incluir seu nome em cadastros de inadimplentes. Por dia, 500 mil empresas, de todos os portes e segmentos, fazem 6 milhões de consultas ao cadastro da Serasa para obter informações de empresas e consumidores.
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