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Radar — 09/10/2015
A possibilidade de o Brasil fechar acordo fitossanitário com a China para importação de maçã do país asiático provocou reação imediata de produtores nacionais da fruta. Ameaçados por eventual perda de mercado, eles mostram preocupação com a possível entrada de novas pragas em território brasileiro, um ano apenas após a erradicação da Cydia pomonella, que, por mais de 20 anos, atacou pomares da Região Sul, onde predomina a produção de maçãs. A análise é do assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Eduardo Brandão Costa, que ontem participou de audiência pública com representantes do setor na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados. Segundo Costa, o debate mobilizou entidades representativas do segmento, além de autoridades municipais, estaduais e federais. Todos estão preocupados com o futuro de uma cultura com forte influência na economia dos estados do Sul, nos quais gera 195 mil empregos diretos e indiretos.
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A maioria dos brasileiros considera abusivos os preços da energia elétrica no país. Pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostra que 88% da população avalia os preços como elevados. Do total, 57% consideram os custos de eletricidade muito altos. Conforme pesquisa, que ouviu 2.002 pessoas, 72% dos entrevistados gostariam de ter liberdade de escolha de empresas para fornecimento de eletricidade e 44% acreditam que o mercado livre reduziria o preço da energia. Além disso, 89% dos brasileiros têm vontade de gerar energia elétrica em casa.
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Enquanto o governo federal estuda medidas para aumentar a arrecadação e equilibrar o orçamento, o país soma mais de R$ 388 bilhões em impostos sonegados desde 1º de janeiro. É o que estima o Sonegômetro, placar eletrônico que contabiliza em tempo real o valor total dos tributos sonegados no Brasil. De acordo com a ferramenta, o valor estimado é suficiente para pagar mais de 19 milhões de salários anuais de professores do ensino fundamental (piso MEC), ou distribuir mais de 5 bilhões de benefícios do Bolsa Família ou comprar 4 milhões de ambulâncias equipadas. O Sonegômetro foi desenvolvido pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e vem sendo utilizado como um incentivo para difundir o debate sobre educação fiscal no país. A entidade tem promovido campanhas educativas em vários estados para conscientizar a população sobre temas como sonegação fiscal e custo Brasil. “A gente tenta, com essas inúmeras campanhas de educação fiscal do Sinprofaz, contribuir com a conscientização do cidadão, visando a uma justiça tributária mais efetiva, de modo a atender a justiça social também”, explica Achilles Frias, presidente do sindicato.
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A estimativa do valor sonegado corresponde a 26% do R$ 1,5 trilhão que os brasileiros pagaram em tributos desde o início do ano, segundo o Impostômetro, mantido pela Associação Comercial de São Paulo, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Para calcular o valor dos tributos sonegados, o Sonegômetro utiliza diferentes metodologias de estimativa, como as contas nacionais, controles diretos, pesquisas de orçamento domiciliar e pesquisas de comportamento do contribuinte.
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