Foi apresentada, na última sexta-feira, 25, uma nova proposta para tentar impedir uma possível greve dos bancários. Esta já foi a quinta rodada de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, mas de acordo com Luiz Gabriel Almeida Velloso, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e outras 11 cidades da região, tudo indica que haverá paralisação.
“Teremos uma assembleia geral na quinta-feira, 1º de outubro, mas já estamos com indicativo de greve. A proposta feita pela Fenaban está abaixo da inflação e não chega nem a metade do que reivindicamos”, explica Luiz Gabriel. Nesta quinta reunião, a Fenaban propôs reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500. No entanto, a percentagem proposta ainda é bem abaixo da principal reivindicação feita pela categoria: o reajuste salarial de 16%.
No início da semana passada, cartazes com o slogan “Exploração não tem perdão” chamaram a atenção de quem passou em frente a alguma das agências bancárias da cidade. A frase é tema da campanha nacional dos bancários e também serve de alerta para uma possível greve da categoria. Além do reajuste salarial, os trabalhadores continuam reivindicando melhores condições de trabalho para atendimento ao público; fim das demissões e terceirizações e novas contratações; combate ao assédio moral e as metas e maior participação nos lucros.
Caso a greve realmente aconteça, para realizar transações bancárias os clientes dos bancos deverão utilizar os serviços de autoatendimento dos caixas eletrônicos ou o internet banking. Já para o pagamento de contas, os usuários deverão recorrer às casas lotéricas e estabelecimentos que funcionam como correspondentes bancários, como as Casas Bahia e o Correios. De acordo com o Sindicato dos Bancários, o município possui 20 agências. Ainda segundo o órgão, sendo autorizada, a greve deve começar já na próxima segunda-feira, 6.
Em setembro do ano passado, os bancos de todo o país iniciaram uma paralisação após alegarem que a proposta apresentada pela Fenaban, na ocasião, não correspondia ao pleito dos trabalhadores da categoria. Para o reajuste salarial, por exemplo, foi oferecido 7,5% de aumento, enquanto a reivindicação era 12,5%. Em Nova Friburgo, foram cerca de 350 funcionários em greve, somando-se o contingente de todas as agências. A greve durou cerca de uma semana, já que a categoria optou por aceitar a última proposta feita pela federação: 8,5% de reajuste geral, 9% no piso salarial, 12,2% no vale-refeição, entre outros.
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