Bancários ameaçam entrar em greve

Reajuste salarial de 16% é uma das principais reivindicações da categoria; proposta da Fenaban deve ser apresentada sexta-feira
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
por Karine Knust
Cartazes informativos sobre reivindicações e alerta de possível greve foram afixados nas entradas dos bancos (Foto: Lúcio Cesar Pereira)
Cartazes informativos sobre reivindicações e alerta de possível greve foram afixados nas entradas dos bancos (Foto: Lúcio Cesar Pereira)

“Exploração não tem perdão.” Esta frase de destaque está estampada em cartazes afixados em frente às agências bancárias do município e é o tema da campanha nacional dos bancários este ano. Além de chamar a atenção de quem passa, o informativo também acaba servindo de alerta à população que utiliza os serviços dos bancos constantemente: uma nova greve da categoria pode vir por aí. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16%; melhores condições de trabalho para atendimento ao público; fim das demissões e terceirizações e novas contratações; combate ao assédio moral e as metas e maior participação nos lucros.

Quatro rodadas de negociações com os temas segurança, saúde, condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração já aconteceram em São Paulo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas, até então, nada foi resolvido. “Os banqueiros negaram todas as reivindicações dos bancários. Por isso, reafirmamos que quem procura a greve são os banqueiros!”, dizia um trecho de um dos cartazes.

De acordo com Luiz Gabriel Almeida Velloso, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e outras 11 cidades da região, na próxima sexta-feira, 25, uma nova reunião poderá definir os rumos da campanha. “A federação se comprometeu a apresentar as propostas nesta sexta. A partir desta apresentação vamos convocar uma assembleia para avaliar se recusaremos ou aprovaremos a oferta”, explicou Luiz Gabriel.

Em setembro do ano passado, os bancos de todo o país iniciaram uma paralisação após alegarem que a proposta apresentada pela Fenaban na ocasião não correspondia ao pleito dos trabalhadores da categoria. Para o reajuste salarial, por exemplo, foi oferecido 7,5% de aumento, enquanto a reivindicação era 12,5%. Em Nova Friburgo, foram cerca de 350 funcionários em greve, somando-se o contingente de todas as agências. A greve durou cerca de uma semana, já que a categoria optou por aceitar a última proposta feita pela federação: 8,5% de reajuste geral, 9% no piso salarial, 12,2% no vale-refeição entre outros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Greve | bancários | friburgo
Publicidade