Os recentes aumentos na conta de luz com os acréscimos da bandeira vermelha, associados a crise financeira, as temperaturas mais amenas devido ao inverno e a queda no poder aquisitivo do trabalhador fizeram o consumo de energia elétrica cair no país. Em Nova Friburgo, a retração também foi observada. Comparando os últimos 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015) ao mesmo período anterior (setembro de 2013 a agosto de 2014), a redução foi de 1,5% no consumo de energia no município.
Segundo a empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, a Energisa, “a redução pode ser atribuída ao setor industrial, cuja queda está mais atrelada ao cenário econômico desfavorável do que ao reajuste da tarifa de energia”. Ainda conforme a empresa, porém, “a classe que mais sentiu o impacto das revisões ordinária e extraordinária foi a residencial, na qual a queda no consumo fica mais acentuada a partir de abril de 2015”. (Confira a tabela).
Entre os dados disponibilizados pela concessionária para A VOZ DA SERRA, o que mais chama atenção, entretanto, é a disparidade entre os meses de julho de 2014 e julho de 2015. Quando comparados, a redução no consumo de energia na cidade chega a -6,5%.
Retração nacional
Não foi só em Nova Friburgo que o mês de julho registrou queda no consumo de energia. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, no mesmo mês, a queda em todo o país foi de 2,9% em comparação ao mesmo mês em 2014.
No acumulado de 12 meses, encerrado em julho, a queda no consumo foi de 0,2%, enquanto somente entre janeiro e julho deste ano a redução do consumo de energia foi de 1,4%.
De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica da EPE, o consumo residencial chegou a 10.123 gigawatts hora (GWh) em julho, 5% a menos do que o observado no ano passado. Conforme o documento, esta foi “a maior (queda) já registrada nos últimos dez anos”.
Entre as regiões brasileiras, o Sudeste, que representa metade do consumo residencial do país, apresentou queda de 7%. Todos os estados tiveram redução de consumo, sendo o Rio de Janeiro o mais afetado (-11%). Nas regiões Norte e Sul, o consumo residencial também teve queda significativa, com índices de -8,2% e -5%, respectivamente.
Sobre o setor industrial, este totalizou 14.058 GWh, uma retração de 3,4% considerando o mesmo período do ano passado.
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