Todas as placas usadas pelo movimento que questiona a privatização do estacionamento rotativo foram retiradas por agentes da Subsecretaria de Posturas, na tarde desta terça-feira, 15, das calçadas da Avenida Alberto Braune, no centro de Nova Friburgo. Há pelo menos duas semanas, assessores do deputado estadual Wanderson Nogueira recolhem assinaturas para barrar o decreto do prefeito Rogério Cabral que passará para a iniciativa privada a exploração de mais de três mil vagas para carros e motocicletas na ruas da cidade.
Em nota na sua página no Facebook, o deputado repudiou a retirada da placas. “5 de setembro, dia da democracia! A data não poderia ser mais simbólica para ressaltarmos aqui uma ação arbitrária realizada pela prefeitura de Nova Friburgo na tarde de hoje. Eu, como deputado estadual, legislador e representante das pessoas, não irei me calar diante de repressão alguma e, peço que você cidadão friburguense também não se cale. Que dobremos os nossos esforços! As forças que tem interesse nesta privatização são economicamente fortes, mas juntos nós podemos combatê-las. Vamos nos unir e deixar claro para todos aqueles que se sentem donos da nossa cidade: as ruas são das pessoas”, disse Wanderson Nogueira.
O movimento popular “Eu não vendo minha cidade”, organizado pelo parlamentar, já recolheu mais de 10 mil assinaturas de pessoas contrárias a privatização do rotativo nas ruas de Nova Friburgo e em uma petição online.
Em agosto, A VOZ DA SERRA noticiou que o governo municipal pode deixar de arrecadar mais de R$ 28 milhões ao ano se transferir para a iniciativa privada a administração do estacionamento público rotativo. Em um ano crise e queda nas receitas e nos repasses de verbas federais e estaduais, o levantamento feito pelo vereador Professor Pierre mostra que o faturamento do estacionamento será maior do que a arrecadação de alguns impostos municipais. Diante disso, o movimento popular questiona por que a Prefeitura não explora o estacionamento rotativo.
Em nota, a Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) informou que as placas foram removidas “como quaisquer outras que estiverem fora da Lei de Postura do município”. Segundo a Prefeitura, as placas estavam bloqueando a passagem de pedestres nas calçadas da Avenida Alberto Braune.
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