Radar — 15/09/2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A taxa média de juros do cartão de crédito chegou a 350,79% ao ano, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgado ontem, 14. Ao mês, a taxa do cartão está em 13,37%, aumento de 0,34 ponto percentual em relação a julho. No cheque especial, a taxa média ficou em 218,17% ao ano (10,14% ao mês), com elevação de 0,04 ponto percentual na comparação com julho. A taxa média geral de juros para pessoa física teve um aumento de 0,08 ponto percentual entre julho e agosto, chegando a 128,78% ao ano — 7,14% ao mês. Além do cartão de crédito  e cheque especial, a pesquisa leva em consideração o crédito para automóveis, o financiamento pessoal em bancos, o crédito em financeiras e os juros do comércio.

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Os países do Mercosul agora podem fazer compra conjunta de remédios estratégicos, depois de acordo assinado por ministros da Saúde na 11ª reunião do Conselho de Ministros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Uruguai. O acordo, firmado na última sexta-feira 11, prevê também a criação de um banco de preços de medicamentos para que os países tenham maior poder de negociação. A medida pretende baratear o custo dos produtos pela compra em escala. Segundo o Ministério da Saúde, os valores cobrados pela indústria farmacêutica variam até cinco vezes dependendo do volume de aquisição do País. A primeira compra pelo acordo, programada para outubro, será de um grupo de medicamentos para o tratamento de hepatite C e de aids.

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Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios. Os resultados mostram que a turbulência econômica está impactando no dia a dia da população. Confira algumas das respostas da população: 44% das pessoas afirmam que alguém de sua família perdeu o emprego nos últimos 12 meses; as famílias do Sudeste foram as que mais sentiram o aumento do desemprego: 46% disseram que algum familiar ficou desempregado. A região Sul, por sua vez, foi a que menos sentiu: 39% tiveram impacto na família. No Nordeste, o percentual foi de 44%, e nas regiões Norte e Centro-Oeste, de 43%.

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48% das pessoas buscaram trabalho extra nos últimos 12 meses. Quanto menor a renda familiar, maior o percentual de profissionais que teve de buscar trabalhos extras para complementar o orçamento doméstico. Das pessoas que vivem com renda familiar de até um salário mínimo, 58% buscaram trabalho adicional. No outro extremo, dos que ganham mais de cinco salários mínimos, 36% foram atrás de uma segunda ocupação.

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62% estão muito preocupados em ficar sem emprego ou de ter que fechar o negócio nos próximos 12 meses. Dos que ganham até um salário mínimo, 67% estão muito preocupados. No outro extremo estão os que têm renda familiar superior a cinco salários mínimos - 54% estão muito preocupados.

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Seis em cada dez pessoas passaram dificuldade para pagar suas contas ou compras a crédito nos últimos 12 meses. Os que mais sentiram a redução no poder de compra foram os moradores das regiões Sudeste e Sul — 65% em ambas as regiões. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o percentual foi de 56%, e no Nordeste, de 51%.

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Mais da metade dos que aumentaram seu endividamento nos últimos 12 meses (53%) afirmou que as dívidas foram assumidas sem planejamento. Para 82%, eles estão mais endividados porque aumentaram as despesas. E 48% consideram difícil ou muito difícil pagar seus empréstimos e financiamentos com a renda atual.

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