O prêmio Maravilhas Gastronômicas do Estado do Rio de Janeiro chega à 3ª edição, em 2015, com o objetivo de valorizar a cultura do gosto regional. O compromisso é dar visibilidade e mapear a produção gastronômica fluminense de qualidade. Assim, a premiação reconhece quem planta e produz em seu território, lugar de sabor, memória e conhecimento. Este ano, a inspiração vem do gastrônomo Brillat-Savarin, autor do livro A Fisiologia do Gosto, que está completando 190 anos, em 2015. A obra é considerada a certidão de nascimento da gastronomia.
Esta edição apresenta 12 categorias, definidas a partir do contexto sócio-econômico, ambiental, histórico e cultural do estado: Da Água, Da Terra, Cachaças, Cafés, Cervejas, Conservas, Doces e Compotas, Embutidos, Laticínios, Mel, Pastas e Patês, e Queijos. A antiga categoria de Conservas e Patês foi desmembrada em duas, com o intuito de valorizar e distinguir a variedade e características dessas produções. Os patês agora estão agrupados com as pastas. E a crescente fabricação de linguiças e salsichas no estado demandaram a inclusão da categoria de embutidos.
Cervejas, cachaças e cafés são destaques da Região Serrana
A categoria Cervejas tem o objetivo de valorizar a produção de cervejas especiais, que teve início perto da virada do milênio. Em 14 anos, o Estado do Rio vem produzindo cervejas de qualidade com sabores diversos e marcando a tendência de um consumidor mais exigente na qualidade da bebida. Algumas marcas da produção fluminense seguem a lei de pureza alemã Reinheitsgebot (1516), outras seguem escolas de tradição como a belga. As cervejas especiais trazem notas, tons e aromas que as consagram como um produto de excelência gourmet, e passam a ser destaques em cardápios harmonizados.
Já a categoria Cachaças pretende valorizar a produção do destilado com registro no Estado do Rio. A primeira cachaça feita no Brasil data de 1532, portanto, diz muito do nosso país. No século 16 a cana-de-açúcar foi trazida de São Vicente ao litoral Sul Fluminense, na região de Paraty, cidade colonial referência neste produto, que realiza a Festa da Pinga, desde 1982. Outras regiões, como o Médio Paraíba e o Norte Fluminense, também têm tradição em boas marcas. Em alambiques, o Rio de Janeiro e Minas Gerais respondem por 50% da produção total de todo o país (Embrapa). E em 2012, o Estado do Rio decretou: a cachaça é Patrimônio Histórico Cultural.
Em Cafés, destaque para a produção da espécie arábica e especiais. Este produto tem importância econômica e histórica. Do final do século 18 ao final do século 19 consagrou a região do Vale do Paraíba como Vale do Café. Atualmente, cafés especiais estão sendo cultivados em vales da Região Serrana e Noroeste Fluminense.
Dos produtos serranos em disputa, listamos os seguintes:
CERVEJAS
Bohemia Reserva 2012 e Three Monkeys Golden Ale – Petrópolis
Ranz Capineira e Red Ale da Barão Bier – Nova Friburgo
CACHAÇAS
Soledade Ypê – Nova Friburgo
Da Quinta Branca – Carmo
Sinhá Brasil Premium - Sumidouro
CAFÉS
Cantares Premium e Internacional Gourmet - Nova Friburgo
Palmares 100% Arábica – Bom Jardim
Tassinari Cafés Reserva Especial – São José do Vale do Rio Preto
Os vencedores serão eleitos levando-se em consideração o sabor, o contexto social, histórico, econômico e cultural, além do conhecimento dos consultores para cada categoria. A votação popular pela internet vai até outubro. Em dezembro será realizada a cerimônia de premiação. Mais informações pelo site www.projetomaravilhas.com.br.
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