Prática antiga, a penhora é uma das formas mais rápidas e fáceis de se obter dinheiro vivo — e, exatamente por isso, em tempos de crise, muita gente acaba recorrendo a ela para quitar dívidas. Penhorar anéis, relógios e brincos tem sido a solução de muita gente para sair do vermelho.
De acordo com a assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal, as novas contratações de penhor, no primeiro semestre de 2015, representaram um volume de empréstimo de R$ 560,7 milhões — 16,6% maior que o mesmo período de 2014. Além disso, o empréstimo sob penhor chegou ao fim do primeiro semestre de 2015 com R$ 1,75 bilhão de saldo em carteira, um crescimento de 4% considerando o mesmo período do ano passado.
Outro dado que chama bastante atenção refere-se ao número de contratos. São aproximadamente 60 mil novos empréstimos por mês com valor médio de R$1.360,00 cada acordo. A maioria dos clientes é atraída pelas baixas taxas de juro — 1,93% ao mês.
Em Nova Friburgo os números também surpreendem. Somente no ano passado, 750 pessoas procuraram pelo serviço e, a cada mês, 60 novos contratos — com valor médio de R$ 1500 — são efetivados na cidade. Ao todo, segundo a Caixa, com a crise, o setor teve um aumento de 20% na região e clientes como Carla Moura, de 38 anos, são responsáveis pelo crescimento da modalidade. “Nunca tinha penhorado nada, mas as contas apertaram, me lembrei de uma joia de família e resolvi recorrer ao serviço”, afirmou.
Como penhorar
Para solicitar o crédito, o cliente deve levar documento de identidade, CPF, comprovante de residência e o bem a ser penhorado a uma agência. Após avaliação, o cliente pode tomar até 85% do valor avaliado e é possível obter o dinheiro no mesmo dia, com prazo de seis meses para quitar o empréstimo.
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