Radar — 20/08/2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A presidenta Dilma Rousseff apresenta hoje à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, possibilidades de investimentos em infraestrutura no âmbito da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística, lançado em junho, para chamar a atenção de empresas alemãs aos projetos. O plano estima R$ 198 bilhões em investimentos na infraestrutura do país nos próximos anos, em projetos de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Na visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao Brasil e no encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Dilma também apresentou o programa aos líderes e destacou os projetos de infraestrutura, durante as discussões de investimentos. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a Alemanha é o quarto parceiro comercial do Brasil. Em 2014, o comércio entre os dois países chegou a US$ 20,47 bilhões.

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O Brasil está entre os três países mais atraentes para receber investimentos, segundo levantamento feito pela consultoria internacional KPMG. De acordo com a pesquisa, feita com 300 executivos de multinacionais americanas, europeias e asiáticas, o País fica atrás apenas da China e da Índia. Boa parte desses investimentos está vindo para a área de turismo. Dados do Banco Central revelam que os investimentos estrangeiros diretos no setor aumentaram em 76% nos últimos seis anos: passaram de US$ 119 milhões em 2008 para US$ 210 milhões em 2014.

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A arrecadação federal em julho chegou a R$ 104,8 bilhões, uma redução de 3,13% em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado foi o pior para o mês desde 2010. A informação é da Receita Federal. De janeiro a julho, o país arrecadou R$ 712 bilhões, uma redução de 2,91% em relação ao mesmo período de 2014. O número também foi o pior resultado para este período desde 2010. A queda no montante arrecadado, tanto no acumulado do ano quanto no mês, traz descontada a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Novos critérios para classificação de paraísos fiscais foram aprovados na noite de terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Pela proposta, deixará de ser considerado “paraíso fiscal” o país que não for assim identificado, ainda que com uma denominação distinta, por órgão, entidade ou organização independente e internacionalmente reconhecida. Caberá ao Executivo indicar um ou mais órgãos para essa certificação.

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu ontem a simplificação na cobrança do Programa Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) como uma das formas de reduzir o custo das empresas e conduzir o país ao crescimento econômico. De acordo com o ministro, o sistema funciona de forma arcaica. A reforma será uma das próximas propostas que o governo pretende enviar ao Congresso Nacional.

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira, 18, que os deputados devem votar uma proposta de reforma tributária em setembro e concluir a matéria até o fim do ano. “Obviamente que a gente sabe que, quando define isso, vai ter que mexer em alguma coisa. Quando discute reforma tributária, ou a União vai pagar conta, ou São Paulo vai perder dinheiro ou o contribuinte vai arcar com isto”, disse o deputado, ao participar de evento com empresários do Distrito Federal sobre pacto federativo.

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O presidente da Câmara lembrou que o Congresso tentou, várias vezes, votar uma reforma tributária. Uma delas, em 2003, quando a discussão acabou limitada à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), e em 2009, com proposta apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que previa compartilhamento de receitas entre União, estados e municípios e a desoneração da folha de pagamento. “O relatório nunca foi levado ao plenário”, disse.

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