Impressões — 15/08/2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Linha do tempo

“A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável.”

Kathleen Norris

Fabula

Olimpianos – assim se denominavam os 12 deuses principais, a saber: Júpiter, Marte, Netuno, Plutão, Vulcano, Apolo, Juno, Vesta, Minerva, Ceres, Diana e Vênus.

(Dicionário da Fábula – traduzido por Chompré – com argumentos tirados da história poética – Ed. Garnier – Paris)

Viver verde

Nos sombrios tempos da recessão econômica muitas famílias reduziram o consumo como forma de garantir uma vida mais confortável driblando os sufocos da crise. Invariavelmente as pessoas acabam contentando-se com a redução e descobrem uma maneira “politicamente correta” de poupar e levar um estilo de vida mais equilibrada, sem gastos desnecessários.

Uma farta literatura sobre como viver mais e melhor está à disposição de todos, assim como a imprensa notícia atitudes de pessoas do mundo dos negócios e do entretenimento que adotam posturas racionais evitando o desperdício e combatendo o consumo exagerado. O que nós podemos fazer também? Como se adaptar as dificuldades e adotar um estilo de vida mais condizente com o atual momento? Vamos aprender a ser simples. Tratando-se de pessoas, a simplicidade está relacionada com seres humanos que agem com naturalidade e sem ostentação. As pessoas simples são naturais e espontâneas, rejeitam o protocolo e preferem a informalidade.

John Maeda é professor do laboratório de mídia no MIT (Massachusetts Institute of Technology) e designer gráfico. Em seu livro “As Leis de Simplicidade” ele explora a questão com a equação Simplicidade = Sanidade, e como tentar resolver alguns paradoxos da simplicidade: ter algo simples fácil de usar e que também faça todas as coisas complexas que gostaríamos que fizesse. E revela por que simplicidade é a tendência da era digital. As lições práticas deste “manual” podem ser aplicadas em todos os aspectos da vida. que afetarão diretamente o dia a dia das pessoas.

As 10 leis da simplicidade são:

1. Reduza
O modo mais simples de alcançar a simplicidade é através de uma poderosa redução.
2. Organize
A organização faz com que um sistema de muitos pareça de poucos.
3. Tempo
Economias de tempo são sentidas como simplicidade.
4. Aprenda
O conhecimento torna tudo mais simples.
5. Diferenças
Simplicidade e complexidade necessitam uma da outra.
6. Contexto
O que jaz na periferia da simplicidade é, definitivamente, não periférico.
7. Emoção
Mais emoções é melhor do que menos.
8. Confiança
Confiamos na simplicidade.
9. Falha
Algumas coisas jamais podem ser simples.
10. A primeira. 
Simplicidade tem tudo a ver com subtrair o óbvio e acrescentar o que faz sentido.

Os “simples” bilionários

Empresários que figuram na lista dos mais ricos vivem de maneira frugal. Eles poderiam possuir mansões com dezenas de quartos e empregados, carros luxuosos e iates mas tais hábitos passam longe de suas rotinas. Conheça alguns que vivem sem ostentação.

Tim Cook – Apple

Historicamente um dos executivos mais bem pagos do Vale do Silício. Com uma fortuna de 400 milhões, poderia viver com todo o luxo que pudesse comprar. Mas sua casa, comprada por menos de 2 milhões de dólares, é uma das mais modestas do bairro onde mora, em Cupertino. “Gosto de me lembrar de onde vim, e viver de forma modesta me ajuda a reavivar essa lembrança. Dinheiro não me motiva”, diz.

Jack Ma, fundador do Alibaba

É, hoje, um dos homens mais ricos da China. Fundador do Alibaba, sua fortuna ultrapassa 22,2 bilhões de dólares, segundo a Forbes. Mas o empresário raramente é visto em badalações. Tampouco é conhecido por gastar seu patrimônio em carros e casas luxuosas. Gosta de meditar nas montanhas e jogar poker nas horas livres. Também gosta de ler romances de kung fu.

Pierre Omidyar, fundador e CEO do eBay

Omidyar ficou bilionário quando o eBay estreou na bolsa, em 1998. Constatou que o dinheiro que havia ganhado não provocaria, necessariamente, satisfação. “Eu pulei a fase de ser um rico normal e passei direto para a etapa de ‘ridiculamente rico’. Eu podia comprar não só o carro dos meus sonhos, como todos os carros que estavam na concessionária. E quando você percebe isso, todos aqueles carros, de repente, deixam de ser interessantes e não satisfazem mais nada”, afirma.

David Karp, CEO do Tumblr

Karp fundou o Tumblr quando era adolescente. Hoje, o site vale mais de 1 bilhão de dólares. “Eu não tenho muitos livros, nem muitas roupas. Não vou comprar coisas que não uso para preencher espaço. Me surpreende o fato de tantas pessoas contratarem profissionais para preencher cômodos com objetos que elas sequer vão usar”, diz.

Biz Stone, cofundador de Twitter, Medium e Jelly

Apesar de ter fundado três das principais empresas de tecnologia do Vale do Silício, dirige um Golf, da Volkswagen, e diz que se sentiria constrangido em levar um carro extravagante para sua casa. “Não teria nada a ver comigo”, afirmou. Stone cresceu em uma família com poucos recursos financeiros e vivia endividado no cartão de crédito, segundo seu próprio relato à revista americana. Agora, doa parte de seu dinheiro para a filantropia. “A melhor coisa pra mim sobre ter dinheiro é que ele tirou de mim a ansiedade que tive durante toda a vida, que era justamente a de não ter dinheiro para nada”, afirma.

Jan Koum, fundador do Whatsapp

Koum tem uma fortuna de 6,8 bilhões de dólares, segundo a Forbes. Mas teve uma origem familiar simples. Nasceu em Kiev, na Ucrânia, e se mudou aos Estados Unidos quando tinha 16 anos. Mas os hábitos econômicos persistiram mesmo depois que se tornou bilionário. Quando o Facebook comprou o WhatsApp por 19 bilhões de dólares, Koum pressionou para que o negócio fosse fechado a tempo para que ele não perdesse seu voo para Barcelona, que ele havia comprado com milhas.

Sergey Brin, cofundador do Google

Sergey Brin, um dos fundadores do Google, não gosta de gastar seus 29 bilhões de dólares. “Aprendi a levar uma vida simples com meus pais, que sempre foram humildes. Por isso eu não consigo abandonar hábitos como comparar preços, nunca deixar comida no prato ou esbanjar com coisas que não façam sentido na minha vida”, diz. Brin compra na rede varejista de baixo custo Costco e é um grande filantropo. Só em 2013, doou 219 milhões de dólares.

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