Radar — 12/08/2015

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Pela primeira vez desde 2005, as vendas do Dia dos Pais caíram em todo o país, com recuo de 5,1%, segundo do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. O percentual refere-se às vendas no período que antecedeu a data (de 3 a 9 de agosto) comparado com a semana que antecedeu a data no ano passado (de 4 a 10 de agosto). Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o desaquecimento está associado à “crise econômica que o país atravessa, marcada pela alta da inflação, dos juros no crediário, do desemprego e pela queda da confiança dos consumidores”. A baixa movimentação no comércio no Dia dos Pais, este ano, ocorre após uma sequência dez altas seguidas. No ano passado, a elevação já havia sido menos expressiva do que no período anterior, passando de 3,3%, em 2013, para 2,1%, em 2014. O maior volume de vendas ocorreu em 2011, quando elas cresceram 8,8%.

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Pelo décimo mês seguido, as taxas de juros voltaram a aumentar em julho, segundo apuração feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Para pessoas físicas, as seis modalidades de crédito tiveram alta dos custos de empréstimos. Na média, a taxa subiu 1,73%, passando de 6,94% (em junho) para 7,06% (em julho). Ao ano, a taxa subiu de 141,93% para 143,55%.

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A rolagem da dívida do cartão de crédito continua sendo a mais elevada entre as linhas para a pessoa física, com correção de julho de 3,91%. Em junho, o consumidor pagava ao mês 12,54% e passou a pagar 13,03% em média. No ano, a taxa avançou para 334,84%. Apesar de ter a menor oscilação entre as modalidades, o crédito direto ao consumidor (CDC) nos bancos para a compra de automóveis teve a segunda maior alta, de 0,95%, com taxa de 2,12% ao mês e 28,63% ao ano. A segunda maior taxa foi constatada no cheque especial. Os juros subiram na média 0,9%, alcançando 10,1% ao mês e 217,28% ao ano.

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Depois de atingir os maiores valores em 12 anos na última semana, a moeda norte-americana iniciou a semana em baixa. O dólar comercial caiu R$ 0,065 (1,86%) e fechou a segunda feira vendido a R$ 3,443. Foi a maior queda diária desde 8 de julho, quando a cotação diminuiu R$ 0,072. Essa foi a segunda sessão seguida de queda. Na sexta-feira (7), o dólar sofreu redução de 0,83%. A moeda norte-americana acumula alta de 0,53% em agosto e de 29,49% em 2015.

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O Senado aprovou, na semana passada, projeto de autoria do deputado federal Laércio Oliveira (SD-SE), que permite a redução do tempo de espera dos veículos nos pátios dos Detrans antes que sejam colocados em leilão. O texto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. De acordo com Laércio Oliveira, o texto altera o Código de Trânsito Brasileiro para facilitar a doação e a venda de sucatas de veículos abandonadas nos pátios dos Detrans. Com a mudança, será reduzido de 90 para 60 dias o prazo para que os veículos não reclamados sejam avaliados e levados a leilão. O Projeto também estabelece regras para o arremate e define o tempo máximo de seis meses para cobrança de permanência em depósito. Outras mudanças são a exigência, para que o veículo seja liberado, de reparo de componentes ou equipamentos obrigatórios que não estiverem em perfeitas condições. O veículo conservado que não for arrematado depois de dois leilões será leiloado como sucata. Os veículos leiloados como sucata não podem voltar a circular.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou nesta segunda-feira um quadro com propostas legislativas aos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, para melhorar da situação econômica do país. Dentre as propostas estão:

Aperfeiçoamento do marco regulatório das concessões; a regulamentação do ambiente institucional dos trabalhadores terceirizados; reforma da Lei de Licitações; aprovação da Lei de Responsabilidade das Estatais, com vistas à maior transparência e profissionalização dessas empresas; aprovação em segundo turno da PEC 84/2015, que impede o Governo Federal de criar programas que gerem despesas para Estados e Municípios e DF, sem a indicação das respectivas fontes de financiamento; reforma do PIS/Cofins; reforma do ICMS ; Revisão de resolução do Senado que regula o imposto sobre heranças; proposta para reajuste planejado dos servidores dos 3 Poderes; aperfeiçoar o marco jurídico e o modelo de financiamento da saúde; avaliar a proibição de liminares judiciais que determinam o tratamento com procedimentos experimentais onerosos ou não homologados pelo SUS; e avaliar possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS por faixa de renda considerando as faixas de renda do IRPF.

 

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