Radar — 25/07/2015

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A percepção dos consumidores sobre a situação atual da economia é a pior desde setembro de 2005, ano em que teve início a série da Sondagem do Consumidor, apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, para 82,7% das famílias a situação da economia é ruim. Outros 12,2% disseram que o momento é "normal". Esse é o nível mais baixo da última década. O indicador que mede a percepção sobre a situação atual da economia segue uma tendência de queda desde o ano passado, que se aprofundou em 2015. Depois de uma leve alta em maio, o índice voltou a cair nos últimos dois meses. Só em julho, o recuo foi de 10,8% em relação ao mês anterior. Só 5,1% dos consumidores avaliam que a situação está boa.

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,0% em julho em relação a junho, na série com ajuste sazonal, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta sexta-feira. Com o resultado, o Icom atingiu 89,8 pontos no período, um novo mínimo histórico na série, iniciada em março de 2010. "Não há sinalização de melhora da atividade do setor para os próximos meses nos resultados de julho da Sondagem do Comércio”, avalia o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota oficial.

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Policiais da 27ª DP (Vicente de Carvalho) localizaram, na tarde da última quinta-feira, 23, uma fábrica clandestina de linha chilena. Agentes receberam denúncias de que o espaço funcionava em uma casa, em Irajá. No local, foram apreendidos carretéis de linha chilena, maquinário e substâncias usadas para fazer o produto, como óxido de alumínio em pó e gelatina industrial. O responsável pela fábrica foi autuado por crime ambiental.

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No Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas apresentado na quarta-feira, 22, o governo voltou a elevar suas projeções para o déficit da Previdência Social este ano. Segundo o Ministério do Planejamento, o rombo na Previdência deve ser de R$ 88,9 bilhões em 2015, valor 57% maior que o déficit registrado em 2014.  Antes da revisão das metas de inflação e de superávit fiscal, o governo federal previa que a Previdência teria dívidas da ordem de R$ 72,8 bilhões para 2015. De acordo com o governo, assim como as demais áreas, o INSS também foi afetado pelo encolhimento do mercado de trabalho formal ocasionado pela retração da atividade econômica. Por conta disso, o governo reduziu em R$ 14,7 bilhões sua estimativa de arrecadação com recolhimento de contribuições previdenciárias.

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Está pronto para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado um projeto de lei que torna crime a “carteirada”, prática ainda adotada por alguns agentes públicos para não cumprirem obrigações ou obterem privilégios indevidos. De autoria do senador Romário (PSB-RJ), o PLS 66/15 altera o Código Penal e impõe pena de detenção, de três meses a um ano, e multa para os infratores. A pena é aumentada em um terço se a carteirada for dada por autoridades e familiares de membros dos três poderes e comandantes das Forças Armadas. Ou ainda se a houver ameaça ou constrangimento a agente público no exercício da função ou em razão dela.

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Restaurantes, bares e similares que não fornecerem água filtrada de graça aos clientes que pedirem serão multados. Lei já está em vigor. O valor mínimo da multa é de R$ 542, mas a punição pode ser ampliada em caso de reincidência. A mudança na Lei estadual 2.424/95, que já obrigava os estabelecimentos a oferecer água, mas não estabelecia sanções, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em junho e publicada, como lei, no Diário Oficial do Poder Executivo de quinta-feira, 23.

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Oitenta países devem assinar neste fim de semana a atualização de um acordo comercial para eliminar tarifas de importação de mais de 200 produtos de tecnologia, de videogames a semicondutores. Trata-se da primeira grande negociação para corte de tarifas na OMC (Organização Mundial do Comércio) em 18 anos. O Brasil está fora do tratado internacional de tecnologia da informação (ITA). Entre os signatários, que representam 97% do comércio mundial de produtos de tecnologia da informação, estão Estados Unidos, China, Coreia do Sul e União Europeia.

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Até ao meio dia de sexta-feira, 24, o brasileiro pagou R$ 1 trilhão, 133 bilhões e 180 milhões de impostos, segundo o site Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. Pelas contas, cada cidadão pagou 1.207,91 de impostos de janeiro até esta data.

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