Doce de criança para ser um doce adulto...

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Na carona do Caderno Light eu viajei aos bons tempos da cozinha de Vovó Mariana. Ela, que bem sabia fazer “Doce de criança”, dizia sempre: “Não se deve desprezar a ajuda das crianças”. É pura insensatez afastar os pequenos do ambiente culinário, porque da curiosidade infantil pode até emergir um dom para a gastronomia profissional. O Light não só deu receitas para as guloseimas, mas, acima de tudo, trouxe-nos as dicas de como inserir as crianças na cozinha, “desenvolvendo uma atitude muito positiva em relação à comida”. Transformar ingredientes em pratos apetitosos é uma alquimia. Chico Figueiredo é um mago no assunto e recomenda frutas assadas para o inverno. Receitas imperdíveis, muito além da tradicional banana assada.

Antonio Fernando não traz receitas culinárias, mas nos alimenta a alma com suas dicas de cinema, com “filmes de bilhões de dólares”. De “E o vento levou” aos mais atuais, a arte cinematográfica não tem preço quando se trata de um grande espetáculo. Outra coisa que não tem preço é um bom livro e, em “Literatura”, respondo que se Alice tivesse um celular não seria o “país das maravilhas” e acabaria a graça da história com um simples telefonema. As histórias têm que ter esse algo mais, o mesmo que Ana Blue desenha na arquitetura de seus escritos. Vou confessar, em sua homenagem, que na faculdade, por conta de uma situação crônica, escrevi um texto cheio de palavrões e ouvi gente dizendo ter sido este a minha melhor produção literária. (Isso era segredo!)

Ao som de “Marvin”, com Nando Reis, entendemos que “a vida é pra valer” e é nesse espírito que o projeto “Anda Friburgo” não para e já tem programação até o final do ano. A página de Esportes está sempre no pódio das conquistas e os atletas friburguenses fazendo bonito, elevam no nome da cidade. O jiu-jitsu tem lições a nos ensinar: “Sendo um esporte individual, é coletivo, pois sem os companheiros de treinos e a união da equipe nada é possível”. Na vida, tudo é assim — unir forças. Por isso mesmo as comemorações do Dia do Comerciante estão em alta, na valorização do empenho profissional que — unido e fortalecido — desenvolve o comércio da cidade.

Em “Há 50 Anos”, na coluna Retalhos, notícias dos festejos do Dia do Mestre de Bandas de Músicas, ocasião em que a Campesina interpretou “O Guarani”. Curiosamente, a data de 11 de julho foi escolhida para homenagear os regentes por ser o dia do nascimento do compositor Antônio Carlos Gomes. Na coluna “Sociais”, tantos aniversariantes ilustres e Márcio Madeira é felicidade em dobro, exibindo o pequeno Francisco, que é todo encantamento! No “Editorial”, “diferenças e discordâncias” continuam em evidência, tudo em função de que o Brasil não pode “retroceder a conceitos há muito superados”. Para quem espera seu “pedacinho de chão” no Terra Nova desejamos sucesso nos sorteios e que ninguém tenha de “ouvir lágrimas”, pois já basta a tristeza de vê-las rolar, nos suplícios de uma esperança enfraquecida.

Lendo a matéria sobre a abertura de licitação para os relógios digitais públicos é que nos damos conta da complexidade dessas máquinas que permeiam o nosso dia a dia, onde até nos baseamos para ordenar compromissos. Daí a importância de manutenção para garantir a eficiência dos dados. Diferente das mídias sociais, onde “está valendo qualquer coisa”, bastou a publicação de um pedido de oportunidade para Ferreirinha do Amendoim estudar inglês e Massino agradeceu a atenção dada ao chamado, o que significa a credibilidade de um apelo.

Assim é a trajetória de A VOZ DA SERRA, quando o que se publica tem o poder de confiabilidade. Melhor dizendo, é a força da palavra, como bem exemplificado em “Impressões”.  Para ser o arauto de um povo é preciso ter VOZ, tendo a palavra para “comunicar, para externar sentimentos, para educar e fazer história”. A palavra de A VOZ DA SERRA é séria, criteriosa, fundamentada. O escritor Umberto Eco, amante do bom jornalismo, certamente, nos daria nota 10!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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