A partir de agora teremos mais uma instituição de credibilidade (ICMBio) envolvida
“A partir de agora teremos mais uma instituição de credibilidade (ICMBio) envolvida. Com isso, poderemos dar continuidade a entendimentos e quaisquer esclarecimentos. Este foi mais um passo muito importante e, em breve, com o novo laudo em mãos, esperamos avançar o mais rapidamente possível com o projeto”, observou o arquiteto da Prefeitura, Alexandre Sanglard. A gerente da Fundação Dom João VI, Lilian Barreto, também participou do encontro.
Em maio, um estudo produzido por integrantes do movimento social “Abraço às Árvores – SOS Praça Getúlio Vargas” apontou que a quantidade de árvores que deveriam ser cortadas é muito diferente no laudo produzido a pedido da Prefeitura por técnicos da Universidade Estácio de Sá e no laudo da Technische, empresa contratada pelo Iphan para realizar o estudo técnico. “O laudo do Iphan sugere que 52 árvores sejam cortadas a mais do que o laudo da Estácio. A diferença é de quase 50%. Isso é, cientificamente, muito grave”, disse o arquiteto e ativista Alessandro Rifan durante reunião realizada na Câmara de Vereadores.
O método usado pelos técnicos nos dois primeiros laudos foi o da análise visual, ou seja, o interior das árvores, chamado cerne, não foi avaliado pelos especialistas da Estácio e do Iphan. “Nós consideramos esse método raso. O que nós queremos é um laudo do risco de queda, que seja feita uma radiografia das árvores”, esclareceu Rifan. Diante dos fatos, o superintendente regional do Iphan, Ivo Barreto, se comprometeu a realizar o terceiro laudo.
Alexandre Sanglard, arquiteto
Ativistas não foram convidados para a vistoria A visita dos técnicos do ICMBio e Iphan foi marcada por um protesto de integrantes do grupo “Abraço às Árvores – SOS Praça Getúlio Vargas”. O movimento social não foi comunicado e convidado para acompanhar a visita dos especialistas dos órgãos. Na audiência pública realizada em maio na Câmara, foi acordado que todo o processo seria acompanhado e discutido com a participação de membros do movimento social. Nesta sexta-feira, 3, os ativistas divulgaram uma nota de repúdio.
Os integrantes do grupo, formado por moradores de Friburgo, foram responsável pela mobilização que culminou com a investigação da operação de poda e cortes das árvores da Praça. Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF), em Nova Friburgo, abriu dois inquéritos para investigar o caso e um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi assinado pela Prefeitura. O grupo quer evitar que outras árvores sejam cortadas sem necessidade durante as atividades do projeto de revitalização da Praça. Eles ainda pedem rigor na apuração dos fatos e que os responsáveis respondam pelas irregularidades na operação. Mas, a pauta principal do grupo é que a revitalização mantenha as características originais do projeto do paisagista francês, Auguste François Marie Glaziou — o mesmo que projetou os jardins do Nova Friburgo Country Clube, a Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e o jardim do Museu Imperial, em Petrópolis. A Praça Getúlio Vargas foi tombada como patrimônio histórico pelo Iphan, em 1976, em razão do projeto de Glaziou.
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