Leitores — 03/07/2015

quinta-feira, 02 de julho de 2015

Feira Gaúcha (1)

Leio com tristeza no nosso A Voz da Serra (online, pois ainda estou no Rio e chego na nossa terrinha só hoje à noite ) que a Prefeitura indeferiu a Feira Gaúcha. Triste o destino de nossa tão querida Nova Friburgo! Não se pode desfrutar de nada de novo (a não ser o Festival de Inverno.. e ponto!) Moro na Mury-Lumiar e normalmente não saio de casa aos sábados. É o dia que tenho para curtir a natureza e a minha casa. Porém, sairia neste sábado para curtir a Feira do Sul. Como não tem feira, não saio. E também, Sr. Braulio, não vou consumir nada no comércio estabelecido na cidade pois vou ficar em casa. Se fosse à Feira do Sul, depois iríamos almoçar em um excelente restaurante no Centro. E tem mais: vou começar também a fazer “guerrinha” e deixar de consumir no comércio da cidade já que estou, todas as semanas, dois dias inteiros na cidade do Rio de janeiro. Tenho amigos que vivem a mesma rotina semanal que nós e vou também incitá-los a fazer o mesmo. Boicote ao comércio de Friburgo! Será que não enxergam que esta feira também pode incrementar o turismo? Por que, ao invés de fazer guerra, não se unem a eles e usam mais este evento como chamativo turístico? Hoje em dia todos vivem de parcerias, não de exclusão e protecionismo, meus senhores. Tenho certeza que muitas pessoas subiriam a serra para curtir este tão perseguido evento e, como consequência, ocupariam hotéis e consumiriam na cidade. Temos que mudar a mentalidade, crescer, deixar de pensar pequeno! Que venham muitas e muitas feiras, junto com a Fevest, Festival de Inverno, Festival da Truta (que por sinal segue sem nenhum, absolutamente nenhum apoio da Prefeitura, da CDL ou do Sincomércio! ). Onde está o pórtico de entrada da cidade? Finalmente, a Feira do Sul não vende nada a “preço de banana”, nem a preços tão populares assim. Vocês que são contra, já estiveram em alguma delas? Se não houver feira, declaro, de minha parte, boicote ao comércio estabelecido da cidade! Nada contra os comerciantes friburguenses, é claro, mas sim contra a exclusão, a falta de liberdade e à ditadura, pois imposição é sinônimo de ditadura!

A propósito, estivemos na Expo Milano 2015! Maravilha! Pavilhões de 149 países! Isto mesmo: 149 países expondo seus produtos, sua culinária, sua cultura. Que evento maravilhoso! Não foi indeferido pela Prefeitura de Milão! Ao contrário: brigaram por ele! E a cidade estava cheia. E as pessoas estavam na Expo e em toda a cidade, consumindo, curtindo, vivendo livres e felizes. Restaurantes e hotéis cheios. Comércio idem. E sabem do que mais? Vai durar até o fim do mês de outubro! De 1° de maio até 31 de outubro! Seis meses de feira! Mas Milão é Milão, né? Já Nova Friburgo parece que está, infelizmente, fadada a ser pequena, pensar pequeno e andar pra trás. Porque sentirem-se ameaçados por uma feira que dura dez dias, ainda mais sendo de produtos de nossos irmãos gaúchos... Cá prá nós! Cordialmente,

Norma d’Ávila Jannotti Martins

Feira Gaúcha (2)

Amigos do A Voz da Serra, não consigo me omitir diante de certos acontecimentos em nossa cidade. Tenho espírito democrático e respeito as opiniões alheias, mas me espanta muito ouvir pessoas defendendo essas feiras que vêm para Friburgo e levam embora o dinheiro que ganham aqui. Concordo com o presidente do CDL que diz que elas fazem uma concorrência desleal com o comércio da cidade, que é uma das coisas boas que Friburgo tem. E concordo também com a Prefeitura, que exigiu que a tal feira cumprisse o que determina a lei. Por que todo mundo tem que respeitar a lei e as feiras não? Isso aqui não é terra de ninguém, embora às vezes pareça.  No início do ano, reclamei aqui mesmo nesse jornal sobre as barracas horrorosas que a Prefeitura colocou na praça, agora é hora de elogiar. Friburgo precisa defender o que é seu e não aceitar qualquer porcaria que vem de fora como se fosse melhor do que o que é nosso. Agradeço pela publicação da minha carta.

Luciano Tardin

Feira Gaúcha (3)

Sou totalmente contrária às feiras de varejo porque acho que elas não trazem nada de positivo para a cidade. Podem até ter alguns produtos mais baratos, mas de péssima qualidade ou pelo menos de qualidade duvidosa. E ainda chamo atenção para um problema que pouca gente notou sobre essa feira do Sul. Ela só ia ajudar um clube da cidade que está precisando de dinheiro. O clube ia encher os cofrinhos. E a população que comprasse gato por lebre.

Renata dos Santos Ouverney 

CDL responde

Comentando a carta da leitora Karine Bussinger, publicada na edição de 2 de julho, assinalamos que os empresários lojistas de Nova Friburgo não estão fora da realidade e convivem perfeitamente com o comércio online. As compras realizadas pela internet são tendência mundial, já absorvida pelo nosso setor. Embora o centro da discussão não seja este, fazemos questão de ressaltar que os sites confiáveis oferecem ao consumidor garantia de troca, caso o produto adquirido venha a apresentar defeito. Nas compras efetuadas nas feiras de varejo que aconteciam anteriormente na nossa cidade, os consumidores ficavam desprotegidos, sem saber a quem recorrer depois que os eventos terminavam. Agora isso mudou, pois a lei municipal nº 3.508/2006 exige cadastro das empresas participantes junto às nossas entidades e cumprimento de uma série de normas para a segurança dos próprios visitantes das feiras. 

Braulio Rezende, presidente da CDL  e do Sincomércio de Nova Friburgo

 

 

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