Do frio ao calor das convivências, viver é tolerância mil!

O frio continua dando pano pra manga! Realmente, nada melhor do que curtir o inverno em alta e, entre tantos truques para ludibriar a friagem, ler A VOZ DA SERRA, que é aconchegante e aquece a alma. Na Estação Light, na primeira virada, encontro Tereza Malcher, amiga sensível, que até já me inspirou uma trova. Seja bem-vinda com seus abacates, pois estaremos aqui prontos para degustar suas delícias literárias. Ana Blue é outra que nos serve um banquete de episódios pra ninguém botar defeito. A era do WhatsApp chegou e “de repente, não mais que de repente”, nos damos conta de que delegamos à tecnologia o que deveria ser apenas uma questão de foro íntimo.

Por mais que usemos de artifícios com as baixas temperaturas, acendendo lareiras, tomando um chocolate quente ou que façamos nossa própria “festa de Babette”, há situações inevitáveis de frio intenso. Na hora de colocar a cara na reta, enfrentando os sete graus do amanhecer, haja proteção para o rosto e o Light pensa em tudo, certamente. Em “Cinema”, o aquecimento é mil! “Batatas e mais batatas” em dicas de Chico Figueiredo. ! Em “Discopédia”, a saudosa lembrança do Mamonas Assassinas.

Lembranças em “Há 50 Anos”, no precioso texto na coluna “Retalhos” com referencias ao “Grêmio Estudantil Anchieta”, de onde destaco, entre outras pérolas: “... o estudante deseja criar, realizar promoções de vulto. Ele, porém, não se tornou ainda uma criatura independente: precisa de auxilio dos outros, de seu incentivo. Às vezes consegue; às vezes é friamente negado...”. (Vale a pena reler e aplicar!)

Em “Esportes”, a equipe friburguense deu duro e comemora os bons resultados no Campeonato Brasileiro de Enduro. Em “Observatório”, Wanderson Nogueira filosofando: “Cair é esperado. Voar é que será surpresa”. Que achado poético! “Segundo IBGE, lares brasileiros têm mais animais do que crianças” — ambos são importantes, pois uma casa sem criança ou bichinho de estimação é como um corpo sem alma.  “Eco Arraiá Sesc” — “Nada de fogueiras, balões ou desperdício de recursos”. Vale a pena conferir no próximo fim de semana, com direito a guloseimas do Mesa Brasil Sesc. No alerta sobre uso de fogos de artifício, tomara mesmo é que chegue o tempo da proibição definitiva desses inconvenientes modos de propagar uma comemoração.

A VOZ DA SERRA fez bonito no 43º Congresso da Adjori e Adriana Ventura voltou entusiasmada com a “força dos jornais de interior”, o que para nós é uma certeza com a potência da nossa Voz. Como bem disse o trovador João Batista Vasconcellos: “A VOZ DA SERRA é um gigante em defesa da cidade”! E o 13º Festival de Inverno está recheado de surpresas e, até 12 de julho, a cidade viverá o clima quente das atrações, todas imperdíveis. Parece coisa moderna, mas o nepotismo, conta a história, era uma prática de Napoleão Bonaparte. Que bolinha de neve rondando a sociedade!

Mas que pena! O último desembarque da série “Friburgo sem fronteiras”. A experiência foi maravilhosa não só para os intercambistas, mas para nós, leitores, que conhecemos outras terras com as reportagens. Ficamos na balança: algumas vezes surpresos com os depoimentos maravilhosos, outras vezes perplexos com as comparações. Só não podemos desacreditar de um Brasil melhor, que na visão de Polyana Perroud, “corrompe e não dá suporte para uma vida decente”.            

Talvez sejam as estatísticas sobre a violência que espantam o regresso ao país. Talvez a quantidade de leis disso e daquilo para punir comportamentos que nunca deveriam ter feito parte das sociedades “civilizadas”. Em tempos de aldeia global, ainda somos alertados por uma página inteira de “Impressões”, com as mais diferentes formas de preconceito. Contudo, a esperança não pode se intimidar e o ser humano, como agente transformador, não pode abrir mão de sua natureza gregária. A igualdade se faz com o conjunto de diferenças. Mas... qual diferença? Diferente de quê? De quem? A diversidade de modos de viver é a essência que torna o mundo muito mais apreciável.