Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 2 revelou novos dados sobre animais de estimação nos lares do país. De acordo com o levantamento, 44,3% dos lares brasileiros — isto é, 28,9 milhões de residências — possuem um cãozinho. Inédita no país, a pesquisa também estimou a população de cachorros e gatos do Brasil: 52,2 milhões de cães e 22 milhões de felinos.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), elaborada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. Para o levantamento foram visitadas 80 mil residências, em 1.600 municípios de todo o país, no segundo semestre de 2013.
O que chamou atenção na pesquisa, no entanto, é a maior quantidade de cachorros do que crianças no Brasil. Isso porque segundo outra análise do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), também realizada em 2013, havia 44,9 milhões de crianças de até 14 anos, ou seja, 7,3 milhões a menos se comparado à população de cachorro.
Apaixonada por animais, a estudante de jornalismo Stefanie Herdy, de 27 anos, faz parte dessa parcela da população que não abre mão da companhia canina. “Não vivo sem os meus cachorros. Desde pequena, gosto de animais e sempre tive bichos de estimação” conta ela. Prestes a completar quatro anos de casada, Stefanie não possui filhos, mas nem por isso a casa é pouco movimentada. “Tenho quatro cachorros, dois machos e duas fêmeas, e cinco gatos. Todos encontrei na rua”, pontuou.
O último animal adotado por Stefanie, há cerca de duas semanas, foi uma cadela. “Eu estava indo para a faculdade e ela estava deitada em frente ao portão da minha casa. Quando voltei, ela ainda estava lá, toda molhada e aparentemente com muita fome. Não aguentei... Abri o portão e deixei ela entrar, arrumei comida, água e ela não foi mais embora”, disse rindo.
Tão importante quanto o amor pelos animais é o apoio que Stefanie recebe do marido, Marcelo Pedretti, de 34 anos. “Ele também gosta muito de animais e, como eu, não pode ver nenhum bicho sofrendo”, disse ela, acrescentando que “não conseguiria me casar com alguém diferente”.
Embora não tenha filhos, o casal não descarta essa possibilidade, mas garante que os bichinhos não deixarão de fazer parte da família. “O desejo é que as futuras crianças cresçam em contato com os animais, ou melhor, os animais tenham a companhia dos pequenos”, conclui Stefanie.
Deixe o seu comentário