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A Voz dos Leitores — 23/06/2015
Estacionamento irregular
Quando tanto se fala em Obras de Mobilidade no Paissandu, gostaria de ressaltar que não adiantará fazer obras em diversos pontos da rotatória enquanto não houver uma atitude da Autran em relação aos carros parados em fila dupla em frente à Padaria Superpão. É um verdadeiro abuso dos motorista parando por vezes em até fila tripla. Tornando o trânsito, além de perigoso, inviável em determinados horários do dia.
Denise Gastim
As relações na minha geração
Eu olho para minha geração e vejo conquistas de gênero e vitórias (ainda em curso) sobre preconceitos graves. Viva o feminismo, os movimentos de orgulho gay e de direitos civis e humanos. Mas, tudo tem o outro lado e nós, na nossa condição humana, temos dificuldade de encontrar equilíbrios. E não poderia ser diferente na maneira como nos relacionamos, ponto central de nossas questões comportamentais que, em tese, avançaram.
Pois bem, há um lado dessa balança que está pesando muito e negativamente. Falo aqui do que chamo de liberdades excessivas e do descompromisso generalizado com o outro.
Peguemos o exemplo das conquistas feministas: que maravilha as mulheres estarem no mercado de trabalho, poderem votar e serem minimamente respeitadas na vida sexual. Mas, a meu redor, vejo muitas meninas bem sucedidas no trabalho, mas que são tristes, sozinhas, inseguras, com dificuldades de encontrar parceiros estáveis e ansiosas diante dos chamados do relógio biológico, que apita: hora de ter um bebê.
Por outro lado, vejo meninos imaturos, muito medrosos, pouco gentis, escravos de seus instintos perdidos e aflorados em meio as tais "liberdades excessivas", e muito longe de corresponderem às necessidades femininas de proteção e segurança.
Salve as referidas conquistas sociais. Mas, em alguns aspectos, talvez estejamos pagando um alto preço por elas: o de uma natureza contrariada. O pior é que estamos tão amarrados em novas molduras de pensamento e de ideais típicos da contemporaneidade que qualquer questionamento corre o risco de ser considerado retrocesso ou conservadorismo.
Pensar em meninas que procuram se preservar, por exemplo, sexualmente, ou talvez ficar em casa, cuidando dos filhos; e em meninos preocupados com a proteção e sustento da família, a essa altura do campeonato, soa quase como panfletagem da direita reacionária ou discurso da bancada religiosa do Congresso Nacional, quando poderia ser considerado apenas uma opção de vida…
Uma mulher deveria poder escolher ficar em casa cuidando dos filhos. Não por repressão, subjugação ou preconceito. Mas porque ela conquistou vários direitos. Inclusive esse.
E homens poderiam corresponder, sendo educados com mais senso de responsabilidade e respeito a essas mulheres, que merecem todo amor e cuidado, porque não são menores ou têm menos valor por não trabalharem fora. Ao contrário, a função que lhes cabe, como mães que cuidam de seus filhos e como esposas que cuidam de seus lares, é linda, digna e fundamental.
E por que não o contrário? O conservadorismo não precisa ser premissa da defesa da instituição familiar, mas talvez o seja da negação de que variações como "donos de casa" (em vez de "donas de casa") ou casais gays podem, igualmente ou mais, construir lares cheios de amor e estabilidade.
Esses cenários nada têm a ver com nossa realidade de desrespeito mútuo generalizado. Tempos em que "ninguém é de ninguém". Argumenta-se "escapulidas" com a desculpa da não-oficialização de um relacionamento, porque vivemos a era em que o descompromisso não é uma exceção, e sim uma prerrogativa.
Há de se considerar ainda as facilidades conquistadas por essa geração. Tudo é mais acessível: a começar por informação e tecnologia. Passando, por que não, por relacionamentos e sexo. Isso seria muito positivo se o desequilíbrio não desse as caras sob o princípio do “Quebrou? Consertar é mais caro que comprar outro. Jogue fora!”.
Em geral, ele está associado ao colapso ambiental. Mas a quantidade de jovens casais amigos que se casaram, e se separaram pouco
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