Nova Friburgo é uma festa ao ar livre... no inverno. Para os friorentos, isso é pura contradição, mas a estação mais fria do ano — que oficialmente abre a temporada em nosso país neste domingo, 21 — significa alta temporada emoldurada por belas paisagens em muitas cidades brasileiras. A nossa é uma delas. Em várias partes do planeta, seja no hemisfério norte ou sul, estações de esqui fervilham de turistas do mundo todo.
Nosso município também tem sua alta temporada nesta estação. Alguns distritos, como Lumiar, São Pedro da Serra, Campo do Coelho, Amparo, Mury, entre outros, atraem turistas de todo o país, que vêm desfrutar dos fartos cafés da manhã, se deleitar com um jantar à luz de velas e se deliciar com um prato típico regado a vinho. Ou cerveja. Ou aguardente, nacional ou estrangeira.
Oficialmente, Friburgo possui um “clima tropical de altitude (Cwa de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger), com invernos frescos e secos e verões agradáveis e úmidos. A temperatura média do município é de 19 °C”. No entanto, nos últimos anos as temperaturas mínimas, algumas vezes, têm ficado abaixo de zero, batendo, em algumas madrugadas, as baixíssimas temperaturas registradas nas serras gaúchas e catarinenses. Quando neva por lá, o que vem acontecendo também com mais frequência ultimamente, os turistas festejam. Em Friburgo é comum ocorrerem geadas nas partes mais altas, principalmente no Pico da Caledônia, muito procurado para caminhadas.
Entre os pontos turísticos mais tradicionais recomendamos uma visita à Queijaria Suíça, ao Jardim do Nêgo, com suas magníficas esculturas que brotam dos barrancos de sua propriedade, e ao Museu do Mel, que integra o complexo Apiário Amigos da Terra, tudo na RJ-130, mais conhecida por Tere-Fri.
No setor gastronômico, Friburgo é um show de variedades. Dois sofisticados polos se destacam, com dezenas de restaurantes de cozinha internacional: um polo na entrada cidade, em Mury, e outro próximo do Centro, no Cônego. O turista também vai encontrar uma respeitável produção de cervejas artesanais — que já tem até um clube, a Confraria do Chope — um mercado em franca expansão. Neste conjunto de atrações degustativas, salta aos olhos a arquitetura típica dos Alpes, transportada para nossos hotéis, pousadas, resorts, albergues, refúgios, etc e tal.
Para passear, caminhar, relaxar...
Também não faltam em Friburgo circuitos turísticos, como os de ecoturismo, arte e cultura (Lumiar e São Pedro), além dos apropriados para caminhadas e passeios, como o da Pedra Cão Sentado (símbolo da cidade), Ponte Branca, Caledônia, Três Picos, Parque de Furnas do Catete, entre muitos outros.
Vale a pena também um passeio sem compromisso pelo Centro, para apreciar uma (ainda) bela praça — a Getúlio Vargas — projetada pelo paisagista francês Auguste Glaziou. Antes de entrar na principal avenida da cidade, fica a bem cuidada Praça Marcílio Dias, um entorno chamado Paissandu, considerado o marco inicial da colonização, pois ali ficaram acampados os primeiros imigrantes alemães.
E mais: tem teleférico na Praça do Suspiro, um belo recanto onde se encontram a histórica Capela de Santo Antônio, o Largo dos Trovadores, a Fonte do Suspiro, o Tiro de Guerra, o Teatro Municipal Laercio Ventura, e o Corredor Cultural, construído em homenagem às dez colônias que formaram a população da cidade.
Enfim, o roteiro de sugestões é interminável, impossível listar todas as atrações disponíveis. Mas ainda cabe recomendar: um passeio pelos belos jardins do Nova Friburgo Country Clube e conhecer o Chalé do Barão de Nova Friburgo; em Lumiar, apreciar o Encontro dos Rios; e no Cônego, visitar o Pavilhão das Artes. Para finalizar, uma curiosidade, caso lhe interesse: no Cemitério Luterano — um bonito espaço cercado de árvores e pássaros, numa formação única de natureza e paz — há a sepultura de um cidadão friburguense que morreu em duelo pela disputa de uma bela senhora. Isto tudo e muito mais é Nova Friburgo!
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