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Sempre mais A Voz da Serra, muito mais a voz do povo!
É impossível não se contagiar de alegria com o Light. Da simplicidade do Chaves aos encantos da sensata Fran, a matriarca da Família Dinossauro, os personagens marcam época e a nossa própria vida. Quem de nós não terá corrido com os afazeres ou acelerado o banho das crianças para dar tempo de curtir um filme, um desenho animado? Parabéns pelo tema que traz à luz quem fica sempre por trás dos holofotes. Muitas vezes, não nos damos conta dos dubladores, pois se encaixam tão bem nos personagens que os temos como a encarnação dos protagonistas das tramas. Judson Coelho, expert no assunto, concorda que a dublagem é importante, pois podemos perder muitos detalhes de uma produção, “enquanto nossos olhos se fixam nas letrinhas”.
“A dublagem, de algum modo, nos aproxima dos atores, os insere em nosso imaginário” — com esse entendimento de Judson, a partir de agora teremos muito mais prazer em apreciar essas vozes que dão o máximo de interpretação para traduzir não somente uma história, mas todas as emoções, na mais estreita fidelidade à obra original.
No que tange à Copa do Mundo de Tecnologia, entendemos que os vencedores são os portadores de deficiências motoras, cognitivas e visuais, graças ao aplicativo Livox, desenvolvido pelo pernambucano Carlos Pereira. A inteligência humana está aí para criar e a tecnologia dispõe os recursos. É pena que a exemplo do app Dubsmash, tudo seja muito passageiro como as “novidades relâmpagos lançadas na internet”. Parece que quando nos damos conta de um lançamento, esse já é superado. De qualquer forma é um bom sinal de desenvolvimento. Mas... e as “Marias e Clarices” que Ana Blue tão bem retrata? A verdade é que os sentimentos ficam à mercê da insensibilidade humana e “bombar nas redes sociais” é um veneno ainda sem antídoto.
Em “Cinema”, para os amantes das tragédias, as indicações estão em alta. “Tremei, cinéfilos”! Eu, como gosto de água com açúcar, vou me aconchegar nos arraiás, com as indicações de Chico Figueiredo. Estamos em junho, frio, fogueira e chocolate quente. Esta época é marcada pelos bonitos tapetes de Corpus Christi, que estão se tornando em verdadeiras obras de arte. Água na boca é o que nos deixa o “biscoito amanteigado” que Wanderson Nogueira nos serve na bandeja de sua criação literária. Em “Sociais”, Monara Emerick esbanja alegria pela classificação no 7º Night Mix Arabic Brasil. José Gastim aniversariando! Sua figura simpática lembrou-me o amor de meu pai pela família Gastim. Em “Entrevista”, o vereador Ceará expõe a alma e diz: “Não posso torcer para que a cidade vá mal, que o governo vá mal...”. É torcer pelo bem de Nova Friburgo e nessa torcida o povo friburguense é fiel.
Com a série “Friburgo sem fronteiras” nós vamos conhecer pessoas e lugares. Luana Matsuoka nos apresenta o Japão, ressaltando a boa vontade do povo japonês e outras curiosidades como o assento sanitário “aquecido” e até com “jato d’água morninho”. Que luxo! Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a prefeitura encaminhou um projeto de lei à Câmara pedindo aumento na multa para quem fizer xixi na rua. Longe de ser um paraíso, o Brasil tem grandes desafios a vencer e, entre eles, a violência contra a mulher. “Só em 2014 centenas de casos foram registrados em Nova Friburgo” — é o que confirma a matéria de Karine Knust. É uma página que gostaríamos de arrancar da história, mas que, acima de tudo, precisa ser analisada sob o olhar da indignação de que, em hipótese alguma, esse quadro possa ser “mais comum do que se imagina”.
Em “Impressões”, ouvimos “o grito da natureza” ecoando na indisciplina do comportamento humano. “É hora de dar um basta”! Não que a natureza venha a ser vingativa, mas é preciso cuidar para ter no futuro. Se esgotarmos os recursos, a natureza não poderá fazer os seus milagres. Como nas palavras do Editorial, “deveres e direitos ambientais são muito importantes para serem lembrados somente em determinada época do ano”. Assim... Todo dia é dia de salvar a natureza!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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