A Voz dos Leitores – 05/06/2015

sexta-feira, 05 de junho de 2015

XV Encontro de Automóveis Antigos de Nova Friburgo 

Mais uma vez o público superou os anos anteriores, mais de 25 mil visitantes. Foram arrecadadas mais de duas toneladas de alimentos, que serão doados a instituições de caridade de Nova Friburgo. Os avós, os pais, as crianças não escondiam a satisfação e a corrida pelas fotos. Carros de diversas nacionalidades, anos e marcas estavam brilhando como novos. Os veículos artesanalmente construídos encantaram os admiradores em geral. Várias réplicas se fizeram presentes. Motos, bicicletas e lambretas também chamaram a atenção. Tinha banda ao vivo, cafezinho e chope artesanal da cidade. O mercado de peças antigas, miniaturas em geral, camisas, chaveiros estavam bem localizados na quadra de esportes. O clube muito bonito e com sua área coberta garantiu a segurança dos automóveis expostos. Representantes de diversos clubes de carros antigos foram prestigiar e engrandecer o evento. Aos visitantes, o nosso obrigado, ao jornal A Voz da Serra, obrigado pela cobertura, aos organizadores, parabéns e aos amigos e apaixonados por automóveis antigos, até o ano que vem!

Carlos Henrique Stroligo - Acanf (Associação de Carros Antigos de Nova Friburgo - RJ)

Carta de quem voltou

O bom filho a casa torna. Esses e outros lugares comuns. Mas não tão comuns como o lugar-comunhão onde foi dividida a infância e os sonhos. A adolescência e os desvaneios.

Estar em Friburgo hoje é reconhecer que o Rio pode ser uma cegueira, que nos traga, nos transforma em simples fumaça.

Estar em Friburgo hoje é saber a necessidade de levantar a estima desse povo que foi sacudido por uma onda, mas que nem sempre percebe que sua raiz ficou ali imóvel, sustentada, apesar do tsunami. Âncora mais longínqua que as altitudes.

Estar em Friburgo hoje é ser agradecido. Protegido pelas montanhas com uma sanha de olhar sempre e curiosamente acima e além delas.

Estar em Friburgo hoje é abafar o bafafá e acreditar. Estar em Friburgo hoje é inspirar e respirar. É priorizar o que importa. É cheirar mato. Essência Ubon, banhar-se em leite de cabra. É ter a Superpão, o Grão Café, o Externato Santa Ignez (segundo amor depois da minha família e que virou o amor do meu filho: “Mãe, muito melhor do que a minha escola no Rio. Nem ligo para não ter espaço; as pessoas são tão carinhosas.”, a Catedral torta, o Anchieta, o Parque do Nova Friburgo Country Clube, as cervejas artesanais, a sorveteria Fribourg (outra paixão do meu filho); o bom dia, o olho no olho, o ‘posso te ajudar’, o papo informal, o preço, os amigos de tempos tão distantes e de sempre.

Minha cidade, eu precisava sair, mas com certeza eu precisava voltar. Permita-me ficar.

Maria Fernanda Macedo é friburguense da gema, jornalista, retornando à cidade após 18 anos faz sua retratação pública

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