Dos negócios ao amor, a esperança é uma bandeira!

segunda-feira, 01 de junho de 2015

Recém-chegada dos Jogos Florais de Nova Friburgo, tomo um bom banho quente e posso embarcar nas surpresas de viagem. Se eu tivesse que escolher uma canção para o Light, seria ao som de Evinha — “Eu vou voltar aos velhos tempos de mim, vestir de novo o meu casaco marrom...”. Ana Blue me inspirou a contar sobre um casaco de minha avó Mariana. A peça tem, pelo menos, 50 anos e lembro-me de vovó, toda chique, saindo para o cinema Eldorado. O curioso é que o casaco está perfeito e muito atual. “Os brechós são os queridinhos da moda” e facilitam a vida de muita gente. É comum ver tanta peça bonita que as oportunidades de boas aquisições nos instigam a remexer os cabides de um brechó e renovar o guarda-roupa, “sem culpas nem dívidas”.

É bom saber que “a moda hoje possuiu identidade cada vez mais própria e pessoal”, pois livramo-nos das tendências, essas vilãs que descartam as peças de um dia para o outro. As fotos inseridas nas matérias estão convidativas e tem um casaquinho florido no Brechó Cleo & Cecília que é um verdadeiro charme. Dá mesmo vontade de fazer uma reviravolta nos armários e armar uma barraca no portão e fazer circular os pertences. Com “expectativas de bons negócios”, o jornal trouxe mais um alento para abrandar as crises, além de lançar sementes para novos empreendimentos. E se o chique é redimir os gastos, nada melhor do que investir em deliciosas receitas com chuchu. Em “Cinema”, a curiosidade é que o Festival de Cannes já completou 67 anos e trouxe para a fama muitos astros e estrelas da sétima arte. Na “Discopédia”, Lucas Vieira lembra quatro estrelas de primeira grandeza. Mas... Vamos adiante, aguardando a série especial “Friburgo sem Fronteiras”, que entrará em cena no próximo fim de semana.

A série “A Nova Friburgo dos meus sonhos...” tem trazido depoimentos encantadores e otimistas e, entre tantos ilustres, a presença de Jaburu nos alegra, com sinais de pronto restabelecimento em sua saúde. Em “Sociais”, é aniversário de Zuenir Ventura, agora mais um imortal da Academia Brasileira de Letras. Parabéns! A Rua Virgilio Laginestra recebeu o nome de um “democrata convicto”, que se destacou em várias ações na cidade. Dá gosto ler as notícias sobre o recital da Banda-Escola da Euterpe, onde jovens a partir de oito anos de idade se desenvolvem nas artes musicais.

“Leite a CR$ 250 o litro a partir de 1º de junho” — não se assustem, pois não estamos na época do cruzeiro e isso aconteceu “Há 50 Anos”. O passado tem informações relevantes para o presente e isso, queira Deus, acontecerá com a coluna “Radar”, quando, em 2065, os leitores se surpreenderão com o registro de que “o percentual de fumantes, em 2015, caiu 30,7% nos últimos oito anos no país”. O estranhamento poderá ocorrer pelo fato de que, para mais cinquenta anos, o tabagismo poderá ter sido eliminado da civilização. O futuro guarda uma esperança!

Muita coisa em discussão em “bastidores”, não só da política, mas em todos os setores da cidade, como a conclusão das obras às margens do Rio Bengalas, ação que se faz urgente até para a segurança dos transeuntes. E o “Editorial”! Quem diria que ainda chegaríamos ao “Torneio da corrupção” no meio de campo futebolístico mundial, envolvendo até brasileiros? São as contradições humanas que Machado de Assis destaca em sua “Igreja do diabo”. São os contrastes revelados nas “Impressões”, realçados pelo pensamento de Schopenhauer — os extremos da ostentação entre “a miséria e a pobreza da nossa existência”.

Mas nem por isso deixamos de acreditar na existência humana, na vitória do bem, porque enquanto tivermos corações pensantes lutando pela educação, como Marcelo Verly, estimulando o processo educacional; enquanto tivermos os Jogos Florais, as feiras da Gratidão, os clubes do Vinil, o Planetário e tantas iniciativas altruísticas, nós estaremos salvos. Como bem disse Wanderson Nogueira, “tudo o que queremos é o amor”, pois “o amor torna tudo ilimitado”.

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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