Nova Friburgo, dos 197 bem vividos, rumo aos 200 anos!

terça-feira, 19 de maio de 2015

A foto de Regina Lo Bianco, estampada no Caderno Light, é um cartão de visitas ampliado, convidando os leitores para um passeio entre as estações — presente e passado. Do “Nascimento de uma cidade” aos “Mil tons de Friburgo”, uma coisa é certa: nossa cidade é linda! Dos “goitacazes e puris” aos tempos atuais, o rincão friburguense traz enorme bagagem histórica e a valorização da memória é o alicerce do futuro. Em “Entrevista”, na página 3, é como se estivéssemos na sacada do “sobradão” de Carlos Jayme Jaccoud, apreciando um “pedaço da história” dessa ilustre personalidade que tanto nos tem a revelar. O privilégio de ter presenciado tantos episódios e de se manter atual, tendo sido até responsável pela digitalização de atas da Câmara, comprova que viver é uma conexão ilimitada do ontem com o hoje.

É assim que imagino Ana Blue sendo lançada lá para os anos 2075, como um arquivo humano de lembranças do que será, então, uma outra velha Nova Friburgo. Ela bem saberá contar sobre o desfile do salto alto, dos alunos do Professor Messias e já terá, de cor e salteado, o Hino à Bandeira. Vamos preservar essa moça com suas ideias incríveis! Se o passado é um fato consumado, o presente é a fábrica do futuro. Na produção do hoje, colheremos o amanhã. Que as flores, as montanhas e o céu azul nos garantam a energia capaz da inspiração para uma cidade cada vez melhor: como em “Gastronomia”, “recheada de sabores”. Como em “Discopédia”, “inaugurando uma nova geração”. Como em “Cinema”, “do divã à sala dos espetáculos” mais belos. Que estejamos todos confiantes de uma Friburgo vencendo todos os seus desafios.

Entretanto, a festa de aniversário contracena com os transtornos da uma CPI não realizada, com o impasse dos ônibus intermunicipais que, pela foto, já dá para avaliar a problemática situação que a medida trará a quem precisa usar o transporte coletivo. As chegadas e saídas dos passageiros — com bolsas, sacolas e, muitas vezes, com mil problemas na cabeça — serão um verdadeiro caos, uma lamentável necessidade.

O prefeito Rogério Cabral, conversando com Ana Borges, imprime otimismo em seus depoimentos, afirmando que “os friburguenses terão o que festejar ao longo deste ano e do próximo”. Com base nesse otimismo, “cortando gastos” e tomando outras providências, a esperança não pode se perder no coração do povo. Avante, cidade!

Bem se vê a dimensão de Jorginho Abicalil, contanto histórias até de suas vivências com os globais. Interessante é o Toni Ramos, que, além de tantas qualidades profissionais, “ainda vive bem com a mulher”. (Coisa rara hoje em dia!)

Já que perfeição é o que se busca, o Editorial não é um poema, mas é poético em sua introdução; não é um raio-X, mas exibe um panorama dos anseios da cidade; não é uma foto, mas revela o que se espera para a sonhada cidade, na meta de chegar aos 200 anos com muita vitalidade, “gentil, meiga e formosa flor da montanha”.

Em “Sociais”, contemplar Francisco é recarregar a alma de esperanças... É sentir a sublimação do amor... É acreditar no amanhã. Em “Seja bem-vindo, Francisco!” — já temos um verso de sete sílabas, ideal para uma trova. Um verso perfeito como almejamos ser o destino dessa criaturinha linda, recém-chegada ao mundo. Quem esbanja beleza, também, é Rosi Guilland, aniversariando em pleno feriado. E a festa da cidade continua com o concerto dia 23, no Sesc, unindo as bandas Euterpe Friburguense e a sinfônica do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Imperdível!

Nesta histórica edição, a cada página uma paisagem se descortina para o nosso alumbramento. É um exemplar para se arquivar nas casas, bibliotecas, escolas... É um convite para amar Nova Friburgo em sua totalidade. Pois, então, “Coroemos de versos e flores a Princesa dos Órgãos, gentil”... Na pergunta “Qual a data mais apropriada para festejar o Dia de Nova Friburgo?” — Todas! Todas as datas, todos os dias, porque Nova Friburgo merece o melhor de nós, de nossos sonhos e das nossas realizações.

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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